Guerra Fria
A Crise dos Mísseis
Após a Segunda Guerra Mundial, a tensão
entre os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética (URSS), as duas maiores
potências na época, intensificou-se, assumindo um caráter de disputa ideológica
por áreas de influência. Esse período, comumente chamado de Guerra Fria,
ocorreu entre os anos de 1945 e 1989. Alguns conflitos e ameaças ocorrerão
nesse período, principalmente incentivados pelos países fortemente bélicos e
ideológicos.
A guerra de propaganda entre as duas
ideologias sempre se fez presente em todo o período da Guerra Fria. Tanto o
capitalismo quanto o socialismo tentavam mostrar que o seu país vivia uma
prosperidade econômica assim como mostravam o bem-estar da população feliz e
usufruindo dos avanços tecnológicos. Mas essas ideias precisavam ser exportadas
para outros países e continentes, tanto o capitalismo presente em boa parte da
Europa, como a implantação do socialismo em Cuba.
Em 1959 foi organizado um levante
militar revolucionário em Cuba afim de derrubar o presidente Fulgêncio Batista,
aliado dos EUA. Várias pessoas insatisfeitas com o governo, reuniram-se em uma
região montanhosa do país conhecida por Sierra Maestra, organizando uma tomada
do poder aliada com vários rebeldes e adesões de diversos camponeses. Com o
apoio da população cubana, no mesmo ano tomaram o poder, instalando um regime
socialista no país.
Prejudicados pelas mudanças
promovidas pelos revolucionários, proprietários rurais e dons de usinas de Cuba
buscaram apoio dos EUA e passaram a incentivar boicotes contra o novo governo. Em
1962, o governo estadunidense e o de outros países da América decretaram um
bloqueio econômico a Cuba, sob a alegação de que o regime revolucionário cubano
interferia na ordem de outros países americanos.
Por causa do bloqueio econômico
liderado pelos EUA e Cuba, o presidente da ilha, Fidel Castro, intensificou as
relações comerciais e diplomáticas com a URSS. Para os soviéticos, a
localização de Cuba era estratégica, graças à sua proximidade com os EUA. Assim,
no início da década de 1960, o governo soviético instalou uma base de
lançamento de mísseis nucleares em Cuba e, em troca, forneceu armamentos ao
exército cubano. Tremendo um ataque nuclear, os EUA reagiram mobilizando forças
militares em torno de Cuba, o que gerou um clima de guerra iminente.
A crise foi superada com um acordo em que a URSS se
comprometia a retirar os mísseis desde que os EUA não invadissem a ilha. Esse episódio
foi o momento mais tenso da Guerra Fria, pois as duas potências estiveram à
beira de um conflito armado. Porta-aviões americanos teriam sido enviados para
a Europa e posições estratégicas próximas a URSS para formar um contra-ataque
caso os soviéticos tomassem alguma iniciativa o que acabou não sendo preciso, mas
o medo perdurou em que imaginava ocorrer o conflito entre as duas potências
nucleares mundiais.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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