sexta-feira, 31 de julho de 2020

A Revolução de 1930


República Velha – Revolução de 1930


A Revolução de 1930

      A Revolução de 1930 é considerada uma transição da República Velha para a Era Vargas. Deixava-se de lado um período em que as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais se revezaram no poder dominando o processo político e defendendo os seus interesses econômicos (para saber mais clique aqui). A sociedade também passou por transformações, haja vista que vários setores da sociedade passaram a ocupar espaços que não haviam tido antes.

     Todo esse processo de transformação iniciou na sucessão presidencial de 1929, ocorrendo um desentendimento político entre as oligarquias paulista e mineira. Os mineiros esperavam a indicação de seu governador, Antônio Marcos, porém o presidente Washington Luís indicou Júlio Prestes, governador de São Paulo, como candidato oficial. Diante dessa situação, a oligarquia política de Minas Gerais aliou-se à do Rio Grande do Sul e à da Paraíba, formando a Aliança Liberal. Essa aliança lançou a candidatura oposicionista do rio-grandense Getúlio Vargas, para presidente, e do paraibano João Pessoa, para vice-presidente.


   Esse grupo oposicionista recebeu o apoio de militares remanescentes do movimento tenentista, além de conseguir a simpatia de setores populares urbanos. Em São Paulo, a Aliança Liberal se fortaleceu com o apoio do Partido Democrático, que tinha sido criado em 1926. Um racha político muito grande foi criado nessas eleições, levando a rupturas antes não vistas.

    Apesar da boa campanha da Aliança Liberal, o governo, que detinha o controle da máquina eleitoral, garantiu que Júlio Prestes vencesse as eleições. A vitória do candidato oficial, porém, veio acompanhada de protestos. Os militares oposicionistas começaram a planejar um golpe contra o governo, mas os líderes da Aliança Liberal não queriam recorrer às armas. Em julho de 1930, no entanto, João Pessoa foi assassinado, e esse crime foi utilizado politicamente pelos líderes da Aliança Liberal, causando grande indignação popular e servindo de justificativa para o golpe de Estado.

     As tropas rebeldes começaram a se movimentarem em 3 de outubro. No dia 23 do mesmo mês os rebeldes já ocupavam a capital federal. Houve luta em alguns pontos do país, como em Minas Gerais, no Pará e no Rio Grande do Sul. Esperava-se resistência maior em São Paulo, o que não ocorreu por causa da superioridade dos revoltosos.


      A Revolução de 1930, como foi denominada pelos seus idealizadores, saiu vitoriosa. O presidente Washington Luís foi deposto e em 3 de novembro, Getúlio Vargas assumiu a presidência do Governo Provisório. A Constituição seria anulada pelo novo presidente, iniciando transformações sociais, políticas e econômicas, iniciando o que convém se chamar: Era Vargas.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015.


Fred Costa


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Questão do IFG 2016 comentada - República Velha

IFG (2016) República Velha

O evento que ficou conhecido como Revolução de 1930 foi avaliado como de tamanha importância que o considerado marco da transição na história política brasileira. Com a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência, teve início a Era Vargas (1930-1945) e chegou ao fim a República Velha (1889-1930).

Podem ser consideradas características do período conhecido como República Velha 91889-1930):

a) o sufrágio universal, a política de favorecimento da indústria e os currais eleitorais.
b) o voto de cabresto, a política do café com leite e a política dos governadores.
c) o regime militar, o voto secreto e a adesão ao liberalismo econômico.
d) o acelerado processo de industrialização, a política dos governadores e a política de cooperação entre Brasil e EUA.
e) a política de valorização do café, o incentivo à imigração de africanos e asiáticos e a ampliação da politização dos trabalhadores rurais.


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a) o sufrágio universal, a política de favorecimento da indústria e os currais eleitorais. Não havia sufrágio universal porque as mulheres não podiam votar, assim como era pequeno esse favorecimento às indústrias
b) o voto de cabresto, a política do café com leite e a política dos governadores. É a única opção que reflete o clientelismo nas eleições e a característica política do café com leite.
c) o regime militar, o voto secreto e a adesão ao liberalismo econômico. Não havia nesse período regime militar muito menos voto secreto. Dificilmente adesão ao liberalismo econômico.
d) o acelerado processo de industrialização, a política dos governadores e a política de cooperação entre Brasil e EUA. Não havia um acelerado processo de industrialização já que a economia era agrária principalmente. Já a cooperação entre Brasil e EUA ocorreria somente anos mais tarde.
e) a política de valorização do café, o incentivo à imigração de africanos e asiáticos e a ampliação da politização dos trabalhadores rurais. É incorreto afirmar o incentivo à imigração de africanos ainda mais ampliação da politização dos trabalhadores rurais.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Sempre quando se cobra as questões referente a República Velha e até mesmo Revolução de 1930, são temas fáceis de tão explorados tanto em sala de aula como em outros canais sobre o assunto. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Brasil. Ame-o ou deixe-o


Governo Militar


Brasil, Ame-o ou Deixe-o

  Na década de 1960, o Brasil passou por uma fervorosa crise política. Houve presidente que renunciou com menos de 1 ano no poder, outro que inicialmente teve os seus poderes esvaziados para depois ser entregue novamente devido a uma consulta popular. Todos esses fatos culminou com um golpe civil militar em 31 de março de 1964.

     Passados os anos com os militares no poder, várias ondas de violência assolaram o país. Os parlamentares do Congresso Nacional não aceitavam a forma como os militares vinha conduzindo o país, intervenções em jornais e contra os próprios políticos que usavam a tribuna para criticar o governo (esse assunto já foi tratado nesse blog, clique aqui para saber mais). No dia 13 de dezembro de 1968, entrava em vigor o Ato Institucional número 5 (AI 5), instaurando a censura no país além do fechamento do Congresso Nacional e outras séries de cassações de direitos civis e políticos.


      Diante de tantos fatos negativos, o os presidentes militares resolveram insuflar uma campanha ufanista, de amor e exaltação à pátria. Milhões de cruzeiros foram gastos com propaganda no intuito de melhorar a imagem do governo junto à população. Ao mesmo tempo em que proibia a circulação de informações e idéias consideradas impatrióticas, o governo divulgava massivamente a sua própria ideologia por meio da propaganda nos meios de comunicação e de instituições educacionais.

   Lemas como “Brasil, Ame-o ou deixe-o” ou “Ninguém mais segura este país” buscavam transmitir ideais nacionalistas e desenvolvimentistas, valorizando o país e promovendo uma imagem positiva do governo militar. No campo econômico o governo estava indo muito bem, com o alto crescimento do PIB, e bastante divulgado nas propagandas como “é preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo” (a economia durante o governo militar já foi ressaltada nesse blog, clique aqui).

      Nas escolas, a partir de 1969, o ensino de Educação Moral e Cívica se tornou obrigatória em todos os níveis. Nessa disciplina os alunos aprendiam conceitos e valores alinhados à ideologia do regime militar. Nas salas de aula, através dessa disciplina os alunos aprendiam a exaltação da pátria, aos símbolos nacionais e o despertar do sentimento em que ser brasileiro era um orgulho para todos. Apesar de tudo, o sistema de governo vigiava todas as atividades, sejam elas educacionais, culturais e comunicações. Tudo que desagradava ao governo militar era censurado. Não era admitido críticas, nem que fosse uma oposição pacífica.


       Mesmo que transparecesse que o Governo Militar seria bonzinho com aqueles que eram contra a sua política, como muitos assim o defenderam, não passou de uma propaganda e mostrar para a população que havia uma democracia. Toda e qualquer crítica não era aceita. Muitos tiveram que fugir para não ser interrogados e por vezes torturados por serem acusados de ligação com grupos terroristas e etc. O jornalista Vladmir Herzog, que teria falsamente se suicidado, uma morte forjada pelo governo militar, era um exemplo do que poderia acontecer contra aqueles que discordavam publicamente do governo e exerciam publicamente a sua liberdade de expressão.

Referências:

Ame-o ou deixe-o, disponível em https://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2002/eleicoes/historia-1969.shtml, acessado em 20 de julho de 2020.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.


Fred Costa


terça-feira, 28 de julho de 2020

Questão do Enem 2014.3 comentada - Governo Militar

Enem (2014.3) Governo Militar


Na Charge, Ziraldo ironiza um lema adotado pelo governo Médici (1969-1974), denunciando que:

A) os exilados foram expulsos porque não tinham amor a pátria.
B) o caminho para os movimentos de oposição era a fuga do país.
C) o amor a pátria era um sentimento desprezado pelo regime militar.
D) a propaganda governamental ocultava a postura autoritária do regime.
E) a passividade do povo brasileiro era prejudicial ao desenvolvimento da nação.


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A) os exilados foram expulsos porque não tinham amor a pátria. Várias pessoas tinham amor a pátria, mas não concordavam com o governo e sem poder criticá-lo sequer, tiveram que abandonar o país.
B) o caminho para os movimentos de oposição era a fuga do país. Os movimentos de oposição fugiram do país, evitando serem interrogados ou até torturados se fossem relacionados a grupos terroristas.
C) o amor a pátria era um sentimento desprezado pelo regime militar. Pelo contrário, o governo militar valorizava e fazia propaganda do ufanismo, amor a pátria.
D) a propaganda governamental ocultava a postura autoritária do regime. Mesmo que a propaganda dizia “Brasil: Ame-o ou Deixe-o”, havia autoritarismo e ausência democrática em contraponto ao que o governo pregava.
E) a passividade do povo brasileiro era prejudicial ao desenvolvimento da nação. O povo brasileiro não permaneceu passivo, mas de certa forma foi manipulado e enganado pelo governo militar através da propaganda até que a crise econômica fizeram perceber os seus erros.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. É necessário muita cautela ao analisar a charge, principalmente pelas suas ironias e as alternativas podem levá-lo ao erro, principalmente se desconhecer os fatos históricos. Com muita atenção e leitura, acertaria facilmente essa questão, assim como outra desse período. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

A incorporação do Acre ao Brasil


República Velha – Fronteiras


A incorporação do Acre ao Brasil

  O Brasil tornou-se uma República em 1889 permanecendo o seu território como antes era no Império. Algumas questões fronteiriças não estavam muito bem resolvidas tanto no norte como no sul e oeste. As questões diplomáticas que envolvem outros países precisam ser resolvidas com muito diálogo e acordo, precisando de muita diplomacia por parte dos governos e de quem negocia.

     José Maria da Silva Paranhos Júnior (1845-1912), conhecido por Barão de Rio Branco, título nobiliárquico recebido em 1888. Atualmente é o patrono da diplomacia brasileira, sendo uma das pessoas mais importantes e respeitadas do país. Graças a sua inteligência como advogado e conhecimento do país até porque era geógrafo e historiador, conseguiu fazer acordos resolvendo fronteiras e anexando territórios como o Acre.


  A atuação do Barão de Rio Branco na política externa foi imprescindível. Após ter resolvido uma longa disputa com a Argentina, sobre delimitação fronteiriça com o oeste catarinense, fato conhecido como Questão de Palmas, tendo o Brasil a causa ganha, provou o seu valor como diplomata. Em 1900 também foi convocado para solucionar outra questão envolvendo a fronteira norte, envolvendo o Amapá e a Guiana Francesa, sendo o resultado favorável ao Brasil.

      No governo do presidente Rodrigues Alves (1848-1919), Rio Branco foi nomeado para o posto máximo da diplomacia brasileira, quando o país passava por um impasse com a Bolívia na fronteira noroeste. A área, então pertencente à Bolívia, era ocupada por seringueiros brasileiros desde os anos de 1880, fato que havia dado origem a seguidos conflitos. Essa atividade econômica envolvendo as seringueiras na extração da borracha, apesar de ser insalubre para os trabalhadores, rendia muitos lucros para aqueles que exportavam a borracha.

   A região foi arrendada para uma empresa estadunidense Bolivian Syndicate, e assim pudesse explorar a atividade econômica da borracha. Porém, a grande maioria dos trabalhadores eram brasileiros, iniciando os conflitos entre brasileiros liderado por Plácido de Castro contra a empresa estadunidense e o governo boliviano. Forças de segurança da Bolívia tentaram expulsar os brasileiros, gerando embates e mortes entre os envolvidos acirrando os ânimos e uma crise diplomática.


   O barão de Rio Branco promoveu um intenso diálogo com o governo boliviano. Em 1903, foi o assinado o Tratado de Petrópolis com a Bolívia, colocando um fim no conflito e o território do Acre passaria a pertencer ao Brasil, mediante compensação financeira (o Brasil se comprometeria a pagar 2 milhões de libras esterlinas) para compensar o fim do contrato com a empresa estadunidense Bolivian Syndicate, a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré permitindo que a Bolívia comercializasse tendo acesso ao Rio Amazonas e ceder alguns territórios a Bolívia. Anos depois teria que fazer outro acordo diplomático com o Peru, para garantir o território do Acre que fazia fronteira com esse país.

Referências:

Texto do Tratado de Petrópolis, disponível em: http://www.newmarc.com.br/drws/tratado.pdf, acessado em 25 de julho de 2020.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015.


Fred Costa


domingo, 26 de julho de 2020

Questão do Enem 2011.2 comentada - República Velha (fronteiras)

Enem (2011.2) República Velha (fronteiras)

Antes de tomar posse no seu cargo, ainda na Europa, Rio Branco agira no sentido de afastar o perigo imediato do Bolivian Syndicate, emresa estadunidense, e propusera a compra do território do Acre. Recusada essa idéia, propôs o Governo brasileiro a troca de territórios e ofereceu compensação, como a de favorecer, por uma estrada de ferro, o tráfego comercial pelo rio Madeira, entendendo-se diretamente com o Bolivian Syndicate.
(RODRIGUES, J. H.; SEITENFUS, R. Uma História Diplomática do Brasil: 1531 – 1945. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995 - adaptado)

A estratégia de entendimento direto do Brasil com a empresa Bolivian Syndicate, que havia arrendado o Acre junto ao governo boliviano, explica-se pela:

A) consolidação das guerras de conquista.
B) negociação com seringueiros organizados.
C) implementação da indústria da borracha.
D) proteção à população indígena.
E) preocupação com intervenção imperialista.


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A) consolidação das guerras de conquista. As Guerras de Conquistas pode ser associada àquelas ocorridas na península Ibérica, não tendo nenhuma relação com o Brasil.
B) negociação com seringueiros organizados. Apesar do nome da empresa estadunidense Syndicate, no texto não há nenhuma indicação sobre os seringueiros, assim como não foi esse o motivo das ações de Rio Branco.
C) implementação da indústria da borracha. Mesmo que a borracha era a atividade econômica que ocorria naquele local, não havia interesse nem houve implementação da indústria da borracha.
D) proteção à população indígena. Não havia nenhum interesse, nem o texto indica, proteção ao indígena, assim como as instituições brasileiras de proteção ao indígena caminhava a passos lentos.
E) preocupação com intervenção imperialista. Os interesses e a presença de uma empresa estadunidense na fronteira brasileira, fez com que o governo brasileiro se aproveitasse da presença dos trabalhadores brasileiros e a atividade econômica da borracha.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão não é difícil, sendo necessário atenção ao texto da pergunta. É um tema pouco explorado em sala de aula, e somente com muito estudo e leitura consegue-se saber o ocorrido. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

sábado, 25 de julho de 2020

Revolução Constitucionalista de 1932


Era Vargas – Governo Provisório


Revolução Constitucionalista de 1932

       Getúlio Vargas chegou ao poder através de um de um golpe, expulsando a Velha Política do poder, onde cafeicultores paulistas e produtores de leite mineiros se revezaram no poder por longos anos (esse assunto já foi tratado nesse blog, para saber mais clique aqui). Esse período ficou marcado e conhecido por República do Café com leite ou Política dos Governadores.

       Após assumir o governo, Getúlio Vargas anulou a Constituição federa, já que mesmo perdendo a eleição, tomou o poder com o apoio dos militares. Com isso, teve início em São Paulo, um movimento exigindo a elaboração de uma nova Constituição para o país. Cabe ressaltar que o candidato vencedor das eleições de 1930 foi Júlio Prestes (1882-1946), representando o estado de São Paulo.


    Quando assumiu a presidência do país, lhe entregue por uma junta militar após a Revolução de 1930, Vargas iniciou um processo de centralização política, suspendendo a Constituição de 1891, fechando o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas estaduais e as Câmaras Municipais. Assim, ele passou a controlar os poderes Executivo e Legislativo, governando por meio de decretos-leis. Com exceção de Minas Gerais, todos os governadores foram substituídos por interventores federais, a maioria militares tenentistas. Para o estado de São Paulo foi nomeado interventor o Pernambucano João Alberto Lins de Barros, gerando muita insatisfação entre os paulistas. Em 1932, decretou um Novo Código Eleitoral (já foi tratado esse assunto no blog, clique aqui para conferir), que estabelecia o voto secreto e o voto feminino.

     As relações entre Governo Provisório e os políticos paulistas estavam tensas, pois estes não aceitavam os interventores indicados por Vargas. As forças oligárquicas destituídas do poder se reorganizaram, formando a Frente Única Paulista (FUP), que reunia as principais lideranças políticas do estado. Essa união se deu em torno da campanha constitucionalista, que reivindicava a elaboração de uma nova Constituição. O Partido Republicano Paulista (PRP) com o apoio do Partido Democrático (PD) somaram forças também para a nomeação de um civil paulista para ser interventor do estado.

       Várias manifestações foram realizadas pela FUP, a favor da elaboração de uma nova Constituição e contra o intervencionismo federal. Em uma delas, em maio de 1932, quatro estudantes foram mortos: Martins Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes, MMDC, transformaram-se em símbolo da luta dos paulistas pela constituição.

   Em 9 de julho de 1932, após vários meses de agitação política e manifestações de apoio popular, teve início o movimento revoltosos. Liderados por militares como Isidoro Dias Lopes, o movimento partiu para o ataque. A indústria paulista rapidamente se adaptou à produção de armamentos, surpreendendo o Governo Provisório. Apesar de mais bem equipada do que as tropas federais, a força pública paulista não pode resistir à campanha de Vargas, que reuniu forças de todo o Brasil.


     Mais de 200 mil homens alistaram-se nas forças constitucionalistas de São Paulo, incluindo voluntários de outros estados, como Rio de Janeiro, Paraná e Pará. As mulheres participaram costurando bandeiras e uniformes para os combatentes e servindo como enfermeiras. O governo federal contou com a ajuda de batalhões de estados aliados e impôs uma série de derrotas aos constitucionalistas até a sua rendição em setembro. Após três meses de luta, os paulistas foram derrotados, porém atingiram seu principal objetivo: a convocação de eleições para uma Assembleia Constituinte.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015.


Fred Costa


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Questão do Enem 2012.1 comentada - Era Vargas (Revolução Constitucionalista)

Enem (2012.1) Era Vargas – Revolução Constitucionalista

Elaborado pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado pretendia mobilizar a população paulista contra o governo federal.


Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica, associando o processo revolucionário.

A) à experiência francesa, expressa no chamado à luta contra a ditadura.
B) aos ideais republicanos, indicados no destaque à bandeira paulista.
C) ao protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira.
D) ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro plano.
E) ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz.


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A) à experiência francesa, expressa no chamado à luta contra a ditadura. Não se identifica na imagem nenhuma experiência francesa, já que o bandeirante é brasileiro.
B) aos ideais republicanos, indicados no destaque à bandeira paulista. A bandeira paulista pertence a um estado, sendo que o ideal para os ideais republicanos deveria ser a bandeira nacional.
C) ao protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira. O militar que segura a bandeira, representa o soldado constitucionalista em segundo plano olhando para o bandeirante em primeiro plano, segurando Getúlio Vargas.
D) ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro plano. O bandeirante da imagem, era o símbolo dos paulistas, muitas vezes considerado herói quando adentraram o território colonial no aprisionamento de indígenas ou reconhecimento do território, foi utilizado como propaganda inspiradora dos paulistas.
E) ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz. Getúlio Vargas, apesar de ser pequeno na imagem, era a figura principal e detentora do poder desde a Revolução de 1930 em que tomou o poder da República dos Governadores.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Além de ser um assunto bastante explorado em sala de aula, é cobrado sempre nas edições do Enem. Sem falar que em todas as questões que se pede para interpretar imagens, tudo se torna mais fácil. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.