segunda-feira, 3 de maio de 2021

Neocolonialismo – origens e características

 Idade Contemporânea

Neocolonialismo – origens e características

     Nas últimas décadas do século XIX, as potências europeias iniciaram uma nova forma de Imperialismo. O imperialismo foi um processo iniciado nas últimas décadas do século XIX, que se caracterizou pela expansão das potências capitalistas europeias, como França e Inglaterra, sobre os territórios da África, da Ásia e da Oceania.

Na origem desse processo, do qual mais tarde também participaram os Estados Unidos e o Japão, estavam as modificações no mundo capitalista criadas pela Revolução Industrial, que entrara em outra fase na segunda metade do século XIX. Essa nova fase da Revolução Industrial foi marcada pela expansão da industrialização iniciada na Inglaterra, para outros países europeus, como a Bélgica, a França e a Alemanha.

         Nessa época, a indústria europeia também, recebeu melhorias técnicas, como a energia elétrica, os motores movidos a óleo diesel e a gasolina, o uso do aço e outros avanços nas áreas da química e da mecânica. Com isso, houve um grande crescimento da produção industrial, que acabou gerando crises de superprodução no início da década de 1870, ou seja, os mercados consumidores europeus já não absorviam o que as suas indústrias produziam. A saída para a crise europeia, no entender de muitos políticos e empresários europeus, era tomar posse de territórios coloniais, pois as colônias poderiam fornecer matérias-primas para a indústria europeia e ainda adquirir os produtos industrializados que estavam acumulados na Europa.

            No início do século XIX, a presença europeia no continente africano se limitava a algumas regiões litorâneas. Isso aconteceria, principalmente, porque os povos africanos não permitiam o avanço dos estrangeiros no interior de seu território. Nessa época, o tráfico, de escravos era uma importante fonte de renda para muitos africanos. A suspensão desse comércio, ocorrido em meados do século XIX por pressão dos ingleses, enfraqueceu os Estados africanos mais poderosos, diminuindo assim sua capacidade de resistência frente à invasão europeia.

         Além disso, no final do século XIX, os europeus se viram em condições de superioridade militar suficientes para expandir seu domínios para o interior do continente africano. A princípio, os europeus se limitaram a consolidar áreas de influência, por meio de alianças e tratados com chefes africanos, visando à formação de protetorados. Apenas em um segundo momento, eles se lançaram à conquista militar, principalmente, principalmente quando seus interesses foram contrariados por chefes africanos.

Argélia, África do Sul e Egito foram um dos países invadidos pelas potências europeias e tiveram que ceder a esses países. Mesmo com uma resistência organizada não foi possível expulsar os europeus, já que possuíam armas e poder, tendo o sistema e apoio dos governos abafando todo e qualquer movimento. A exploração da mão de obra barata permitiu que esses países enriquecessem enquanto os países africanos se afundassem cada vez mais na desigualdade social e pobreza. Países civilizados, com uma raça civilizada impediram outros povos de evoluírem.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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