Idade Moderna
Renascimento
O movimento renascentista teve
início na Itália, mas logo se espalhou por outras regiões da Europa. No norte e
centro da Itália, porém, a situação era diferente do restante da Europa. Nessas
regiões, onde o feudalismo não exerceu forte influência, encontravam-se as
regiões mais urbanizadas de toda a Europa. Nessas regiões, as maiores cidades
eram movimentadas pelo comércio, o que gerava um grande fluxo de riquezas. Isso
propiciou o enriquecimento de comerciantes e banqueiros e, também, estimulou as
atividades manufatureiras.
Renascimento é a tradução da palavra
italiana rinascita, que significa “nascer
de novo”. O Renascimento foi um movimento que buscou rever as concepções de
mundo que vigoravam até aquele momento. Esse movimento teve início na Itália,
mas logo se espalhou por diferentes regiões da Europa. Nessa época, o
continente europeu estava passando por grandes transformações sociais,
culturais, religiosas, científicas, econômicas e políticas.
O termo Renascimento foi criado no
século XVI para caracterizar uma época de “renovação” em relação à Idade Média:
“[...] Os filósofos [...] do século XVI
percebiam que viviam em uma nova época, consideravam a época anterior – o período
que passou a ser chamado de Idade Média como um tempo de trevas e obscurantismo
e, para marcarem sua diferença com esse tempo passado, voltaram-se para o
passado mais distante – a Antiguidade. [...] Os próprios intelectuais daquele
tempo chamaram a época em que viviam de Renascimento como se na Idade Média não
tivesse havido qualquer produção cultural importante. [...] (ACKER, Maria
Teresa Vianna Van. Renascimento e
Humanismo: o homem e o mundo europeu do século XIV ao século XVI. São
Paulo: Atual, 1992, p. 6-7)
O Renascimento italiano costuma ser
dividido em três principais períodos: Trecento, Quatrocento e Cinquecento. Durante
o Renascimento, os humanistas se inspiraram nas ideias da Antiguidade clássica
e valorizaram as capacidades do ser humano. Enquanto na Idade Média, o ensino
nas universidades eram voltadas para a Teologia, Direito e Medicina, a partir do
século XIV, no entanto, alguns estudiosos apresentaram novas propostas no
ensino de Filosofia, História, Matemática e Poesia. Dessa forma, os humanistas
humanistas, como esses estudiosos ficaram conhecidos mais tarde, iniciaram uma
profunda reforma educacional.
Os humanistas buscavam inspiração
nos antigos escritores gregos e romanos. Alguns dos principais valores da
Antiguidade clássica foram retomados, como a exaltação das capacidades do
indivíduo e a valorização da liberdade individual. Para melhor interpretar os
textos dos autores antigos, os humanistas também se dedicaram ao estudo das
línguas clássicas: o grego e o latim.
No período medieval, de acordo com o pensamento
religioso, Deus era considerado o centro do Universo (teocentrismo). Os seres
humanos eram considerados pecadores incapazes de pensar livremente. Durante o Renascimento,
no entanto, houve uma valorização das capacidades do ser humano e o
fortalecimento do antropocentrismo. Assim, o ser humano passou a ser
considerado o mais importante referencial não só nas questões humanas, mas
também nas questões universais. Os humanos passaram a ser vistos como seres
dotados de potencial criativo, capazes de produzir novos conhecimentos e de
transformar a realidade.
Referências:
ACKER,
Maria Teresa Vianna Van. Renascimento e
Humanismo: o homem e o mundo europeu do século XIV ao século XVI. São Paulo: Atual, 1992.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa