quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Festas Religiosas no Brasil Colonial

 Brasil Colônia

Festas Religiosas no Brasil Colonial

            Desde o século XV, exatamente no ano de 1500 que o Brasil se tornou colônia de Portugal. E como era de costume, a colônia deveria se submeter a língua, cultua e costumes do país colonizador, da Metrópole mais especificamente. E os portugueses que eram muito religiosos, propagador de uma tamanha fé católica, no entanto que os navios que vieram com a frota de Pedro Álvares Cabral traziam em suas velas o desenho de uma cruz.

            Assim, havia um calendário de datas festivas e também políticas, já que não só as datas de comemoração aos santos eram comemoradas, como também datas de nascimentos de reis e príncipes, conforme pode ser observado no século XVII e XVIII. Todos esses eventos eram motivos para que a população se reunisse e comemorasse, seja em nas casas dos mais nobres, nas igrejas e praças das vilas. Mas os momentos festivos mais comemorados eram os religiosos.

            As festas religiosas iniciavam a partir de missas e logo após iniciavam as festividades com comidas e músicas. Outras vezes podem ser observadas novenas, muito comum na colônia, assim como procissões. Era importante esse momento de socialização entre os habitantes da colônia, apesar das disparidades sociais, onde homens e mulheres mostravam suas melhores roupas e esbanjavam seu status social. As irmandades religiosas, organizadoras das festas, faziam questão de todos os seus membros estarem bem vestidos e paramentados, muito bem representados por Debret ao realizar suas pinturas do Brasil Colonial.

         Já nas festas de natal, os mais ricos e poderosos financeiramente da Colônia organizavam bailes em suas casas ou propriedades. Os escravos inclusive eram liberados do trabalho para poderem organizar as suas próprias festas, que faziam em homenagem a cultura africana, cantando suas músicas e expressando a religiosidade africana, como podemos entender com a denominação “sincretismo religioso”. Muitos consideram esses eventos dos cativos como uma válvula de escape para conter suas insatisfações e promoverem revoltas. Essas festas natalinas serviam para reunir família e amigos ou a realização de visitas.

            Apesar das festas religiosas ter o objetivo de comemorar uma data festiva de um determinado santo, bebidas e comidas se misturavam a muita dança e folia, juntando padres, homens, mulheres, crianças, escravos e qualquer um que desejasse participar. O envolvimento dessas festividades eram tamanha que foram observadas por vários viajantes estrangeiros que vieram até a colônia brasileira.

No Brasil Colonial era muito freqüente a mistura de culturas e foi o principal fator de formação da identidade brasileira. As festas religiosas trazidas pelos portugueses tiveram acréscimos dos brasileiros aqui residentes, improvisando com o que tinham além dos africanos com suas danças e maneiras próprias de comemorar. Festas religiosas essas que até os dias de hoje mantém os mesmos processos e formas de comemorações, adaptando –se a realidade, mas mantendo a sua essência.

Referências:

As festas no Brasil Colônia, disponível em: https://historiahoje.com/as-festas-no-brasil-colonia/, acessado em 16 de dezembro de 2021.

 

Fred Costa

 

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