terça-feira, 7 de dezembro de 2021

A Força Expedicionária Brasileira

 Brasil República – Era Vargas

A Força Expedicionária Brasileira

            Durante o período entre guerras, a partir da ascensão do nazismo e fascismo, a Europa tinha tudo para mergulhar em uma nova guerra. No Brasil, que vivia uma ditadura varguista, muitos integrantes do governo parecia tender para uma aliança com os nazistas que em 1939 iniciava mais uma grande guerra. Novamente mais um período de terror e mortes assolava o mundo da forma mais cruel do que antes.

            Em 1941 com o ataque japonês a base naval estadunidense de Pearl Harbor, os EUA entrava na Segunda Guerra Mundial. Seu exército começa a se preparar para enviar soldados ao solo europeu enquanto combatia os japoneses pelas ilhas do oceano pacífico. Os submarinos alemães atacavam comboios estadunidenses no oceano atlântico. Diante de todos esses acontecimentos, principalmente levando em conta as relações comerciais, Getúlio Vargas resolve apoiar os EUA em sua declaração de guerra contra os países do Eixo.

         Depois que o Brasil se posicionou ao lado dos Aliados, a partir de fevereiro de 1942, os alemães passaram a realizar ataques a navios mercantes brasileiros no Atlântico, causando mais de 600 mortes. Houve diversas manifestações populares nas ruas. Milhares de pessoas se mobilizaram exigindo a entrada do Brasil na guerra. Em agosto de 1942, Getúlio Vargas declarou guerra às forças do Eixo, como resposta às agressões nazistas.

            As forças brasileiras de guerra enviadas para as frentes de combate na Itália eram compostas por cerca de 25 mil soldados e oficiais, treinados no Brasil e nos EUA. Eles foram enviados cronistas e jornalistas correspondentes de jornais de todo o país, além de dezenas de enfermeiras voluntárias que atuaram nos hospitais das bases estadunidenses na Itália.

Na Europa, os pracinhas encontraram dificuldades, como o rigoroso inverno, ao qual não estavam acostumados, e a falta de preparo técnico para a guerra. No entanto, a participação do Brasil na campanha da Itália teve saldo positivo. Em menos de oito meses de conflito, eles libertaram várias cidades e fizeram mais de 20 mil prisioneiros, mas também sofreram baixas, cerca de 500 mortes. As principais batalhas em que lutaram foram na tomada de Monte Castelo, em fevereiro de 1945, e na conquista da cidade de Montese, em abril do mesmo ano. Ao fim da guerra, os pracinhas voltaram ao Brasil e foram recebidos como heróis, com festas e desfiles pelas ruas da principais cidades brasileiras.

Terminada a guerra, havia um problema no cenário político brasileiro: como um país que lutou contra o fascismo podia manter o regime ditatorial de Getúlio Vargas? Essa contradição enfraqueceu ainda mais o já desgastado Estado Novo. Várias manifestações populares exigiam a deposição de Vargas e a democratização do país. Por outro lado, havia aqueles que queriam a manutenção do presidente no poder. Eram os queremistas, como ficaram conhecidos por empregar o lema “Queremos Getúlio”. No esforço de permanecer no poder, Getúlio tomou algumas medidas democráticas, como a anistia a presos e exilados políticos. Porém, em 29 de outubro de 1945, ele foi obrigado a renunciar. Os militares tomaram o Palácio do Catete e substituíram-no por José Linhares, ministro do Supremo Tribunal Eleitoral, até que fossem realizadas novas eleições, em dezembro do mesmo ano.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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