Brasil República – Era Vargas
A Força Expedicionária Brasileira
Durante o período entre guerras, a
partir da ascensão do nazismo e fascismo, a Europa tinha tudo para mergulhar em
uma nova guerra. No Brasil, que vivia uma ditadura varguista, muitos
integrantes do governo parecia tender para uma aliança com os nazistas que em
1939 iniciava mais uma grande guerra. Novamente mais um período de terror e
mortes assolava o mundo da forma mais cruel do que antes.
Em 1941 com o ataque japonês a base
naval estadunidense de Pearl Harbor, os EUA entrava na Segunda Guerra Mundial. Seu
exército começa a se preparar para enviar soldados ao solo europeu enquanto
combatia os japoneses pelas ilhas do oceano pacífico. Os submarinos alemães
atacavam comboios estadunidenses no oceano atlântico. Diante de todos esses
acontecimentos, principalmente levando em conta as relações comerciais, Getúlio
Vargas resolve apoiar os EUA em sua declaração de guerra contra os países do
Eixo.
Depois que o Brasil se posicionou ao
lado dos Aliados, a partir de fevereiro de 1942, os alemães passaram a realizar
ataques a navios mercantes brasileiros no Atlântico, causando mais de 600
mortes. Houve diversas manifestações populares nas ruas. Milhares de pessoas se
mobilizaram exigindo a entrada do Brasil na guerra. Em agosto de 1942, Getúlio
Vargas declarou guerra às forças do Eixo, como resposta às agressões nazistas.
As forças brasileiras de guerra
enviadas para as frentes de combate na Itália eram compostas por cerca de 25
mil soldados e oficiais, treinados no Brasil e nos EUA. Eles foram enviados
cronistas e jornalistas correspondentes de jornais de todo o país, além de
dezenas de enfermeiras voluntárias que atuaram nos hospitais das bases
estadunidenses na Itália.
Na Europa, os pracinhas encontraram dificuldades,
como o rigoroso inverno, ao qual não estavam acostumados, e a falta de preparo
técnico para a guerra. No entanto, a participação do Brasil na campanha da
Itália teve saldo positivo. Em menos de oito meses de conflito, eles libertaram
várias cidades e fizeram mais de 20 mil prisioneiros, mas também sofreram
baixas, cerca de 500 mortes. As principais batalhas em que lutaram foram na
tomada de Monte Castelo, em fevereiro de 1945, e na conquista da cidade de
Montese, em abril do mesmo ano. Ao fim da guerra, os pracinhas voltaram ao
Brasil e foram recebidos como heróis, com festas e desfiles pelas ruas da
principais cidades brasileiras.
Terminada a guerra, havia um problema no cenário
político brasileiro: como um país que lutou contra o fascismo podia manter o
regime ditatorial de Getúlio Vargas? Essa contradição enfraqueceu ainda mais o
já desgastado Estado Novo. Várias manifestações populares exigiam a deposição
de Vargas e a democratização do país. Por outro lado, havia aqueles que queriam
a manutenção do presidente no poder. Eram os queremistas, como ficaram
conhecidos por empregar o lema “Queremos Getúlio”. No esforço de permanecer no
poder, Getúlio tomou algumas medidas democráticas, como a anistia a presos e
exilados políticos. Porém, em 29 de outubro de 1945, ele foi obrigado a
renunciar. Os militares tomaram o Palácio do Catete e substituíram-no por José
Linhares, ministro do Supremo Tribunal Eleitoral, até que fossem realizadas
novas eleições, em dezembro do mesmo ano.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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