Uma revolta dos judeus
O episódio a seguir trata de uma
revolta dos judeus contra os romanos e foi relatado pelo historiador judeu Flávio
Josefo, na obra As guerras dos judeus.
Leia o fragmento a seguir.
Manahem,
filho de Judas da Galileia, o grande sofista que desde o tempo de Cirênio
censurava os judeus – que, em vez de obedecer a Deus, eram tão covardes que
reconheciam o domínio dos romanos – com o auxílio de algumas pessoas ilustres,
tomou à força Massada, onde estava o arsenal de Herodes e, depois de ter armado
um grande número de homens, que nada tinham a perder, e ladrões, que se uniram
a eles, dos quais se servia como de guardas, voltou a Jerusalém, fazendo-se
rei, tornou-se chefe da revolta e ordenou que continuassem o cerco do palácio.
[...]
Os revoltosos ocuparam logo todos os lugares abandonados pelos romanos, mataram
os que lá encontraram, saquearam tudo e incendiaram Estratopedom [...].
No
dia seguinte, o grão-sacrificador, que se tinha escondido no esgoto do palácio,
foi preso e morto pelos revoltosos com Ezequias, seu irmão; depois, eles
sitiaram as torres, a fim de que nenhum dos romanos pudesse escapar.
A
morte desse grão-sacrificador e tantos lugares fortificados conquistados
tornaram Manahem tão orgulhoso e tão insolente que, julgando não haver ninguém
melhor do que ele, para governar, tornou-se um tirano intolerável. Eleazar e
alguns outros [...] resolveram em seguida abolir essa nova dominação e foram ao
templo onde Manahem, vestido como rei, acompanhado de vários soldados, tinha
entrado com grande pompa para adorar a Deus. Atiraram-se sobre ele, tomando
pedras para matá-lo, julgando que sua morte restituiria a calma a cidade [...]
JOSEFO, Flávio. História
dos hebreus: obra completa. 4 ed.
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2000. p.204-206 e 572-573.
Referências:
JOSEFO,
Flávio. História dos hebreus: obra completa. 4 ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das
Assembleias de Deus, 2000.
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo:
Scipione, 2015. p. 165.
Fred Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário