sexta-feira, 30 de julho de 2021

A Reforma Protestante

 Idade Moderna – Reforma Religiosa

A Reforma Protestante

        As denúncias sobre comportamentos considerados inadequados ou imorais de membros da Igreja já aconteciam na Baixa Idade Média, especialmente desde o século XIV. Seus autores pretendiam conter os abusos da instituição e torná-la mais próxima dos fiéis. Destacam-se, entre esses precursores, John Wyclif e John Huss, ambos professores universitários.

         Wyclif condenou a venda de indulgências (pagar pelo perdão dos pecados) e defendeu a formação de uma Igreja nacional, em oposição ao poder “universal” de Roma, de onde o papa controlava as ações do clero de toda a Europa. Wyclif também insistiu na autoridade suprema das Sagradas Escrituras, destacando que a opinião da Igreja não substituía a leitura da Bíblia. John Huss retomou essas propostas e, em sua crítica à Igreja de Roma, ressaltou que ninguém poderia representar Cristo ou São Pedro se não os imitasse em seus costumes. Huss acabou morrendo queimado vivo, devido suas ideias indo contra o que defendia a Igreja Católica.

          Outros fatores que incentivaram a insatisfação com a Igreja Católica foram os reis e nobres, que eram grande proprietários de terras. A arrecadação de impostos realizados pela Igreja Católica acabaram desagradando essa parcela da sociedade, aumentando o descontentamento com a igreja. Já a burguesia anda insatisfeita devido suas atividades comerciais serem consideradas pecaminosas já que tinham por objetivo almejar o lucro. A intervenção da fé católica nos negócios fizeram com que grandes comerciantes apoiassem posteriormente os protestantes.

         Algumas questões teológicas também fizeram com que a Igreja entrasse em choque. A teologia que colocava os padres e bispos como sendo os orientadores dos fiéis sobre qual o melhor caminho a ser seguido, principalmente o da salvação, fazia com que aumentasse o poder de influência da Igreja, o que seria diferente pregado pelos reformadores protestantes. Já a corrupção moral que envolveu o clero, como a venda do perdão pelos pecados cometidos, foi o golpe final, permitindo que a sociedade e membros do clero refletissem e agissem para impedir os mal feitos realizados pela Igreja.

         Martinho Lutero, monge e professor universitário, passou a discordar fortemente das práticas realizados pela Igreja. A venda de indulgência foi o grande ápice para que passasse a discordar do clero católico, havendo graves consequências contra ele como um pedido de desculpas, o que não ocorreu pela parte de Lutero, culminando com o fato de ser excomungado (expulso) pela Igreja. Suas ideias permitiram com que uma nova doutrina surgisse, inicialmente com algumas diferenças realizadas pelos padres, mas com novas ideias relacionados principalmente coma salvação do indivíduo que passaria a ser pela fé.

A partir de Martinho Lutero, boa parte da população europeia saiu da influência da Igreja Católica e aderiu ao protestantismo. Outros reformadores acabam surgindo, aderindo as ideias de Lutero como Calvino, criando ou aprimorando os dogmas sempre com os mesmo princípios, diferenciando-se da Igreja Católica nos ritos e questões teológicas. O século XVI mudaria a História religiosa europeia, que influenciou na sociedade e economia.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico, História, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: Scipione, 2016.

 

Fred Costa

 

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