Idade Moderna – Reforma Religiosa
A Reforma Protestante
As denúncias sobre comportamentos
considerados inadequados ou imorais de membros da Igreja já aconteciam na Baixa
Idade Média, especialmente desde o século XIV. Seus autores pretendiam conter
os abusos da instituição e torná-la mais próxima dos fiéis. Destacam-se, entre
esses precursores, John Wyclif e John Huss, ambos professores universitários.
Wyclif condenou a venda de
indulgências (pagar pelo perdão dos pecados) e defendeu a formação de uma
Igreja nacional, em oposição ao poder “universal” de Roma, de onde o papa
controlava as ações do clero de toda a Europa. Wyclif também insistiu na
autoridade suprema das Sagradas Escrituras, destacando que a opinião da Igreja
não substituía a leitura da Bíblia. John Huss retomou essas propostas e, em sua
crítica à Igreja de Roma, ressaltou que ninguém poderia representar Cristo ou
São Pedro se não os imitasse em seus costumes. Huss acabou morrendo queimado
vivo, devido suas ideias indo contra o que defendia a Igreja Católica.
Outros fatores que incentivaram a
insatisfação com a Igreja Católica foram os reis e nobres, que eram grande
proprietários de terras. A arrecadação de impostos realizados pela Igreja
Católica acabaram desagradando essa parcela da sociedade, aumentando o
descontentamento com a igreja. Já a burguesia anda insatisfeita devido suas
atividades comerciais serem consideradas pecaminosas já que tinham por objetivo
almejar o lucro. A intervenção da fé católica nos negócios fizeram com que
grandes comerciantes apoiassem posteriormente os protestantes.
Algumas questões teológicas também
fizeram com que a Igreja entrasse em choque. A teologia que colocava os padres
e bispos como sendo os orientadores dos fiéis sobre qual o melhor caminho a ser
seguido, principalmente o da salvação, fazia com que aumentasse o poder de
influência da Igreja, o que seria diferente pregado pelos reformadores
protestantes. Já a corrupção moral que envolveu o clero, como a venda do perdão
pelos pecados cometidos, foi o golpe final, permitindo que a sociedade e
membros do clero refletissem e agissem para impedir os mal feitos realizados
pela Igreja.
Martinho Lutero, monge e professor
universitário, passou a discordar fortemente das práticas realizados pela
Igreja. A venda de indulgência foi o grande ápice para que passasse a discordar
do clero católico, havendo graves consequências contra ele como um pedido de
desculpas, o que não ocorreu pela parte de Lutero, culminando com o fato de ser
excomungado (expulso) pela Igreja. Suas ideias permitiram com que uma nova
doutrina surgisse, inicialmente com algumas diferenças realizadas pelos padres,
mas com novas ideias relacionados principalmente coma salvação do indivíduo que
passaria a ser pela fé.
A partir de Martinho Lutero, boa parte da população
europeia saiu da influência da Igreja Católica e aderiu ao protestantismo.
Outros reformadores acabam surgindo, aderindo as ideias de Lutero como Calvino,
criando ou aprimorando os dogmas sempre com os mesmo princípios,
diferenciando-se da Igreja Católica nos ritos e questões teológicas. O século
XVI mudaria a História religiosa europeia, que influenciou na sociedade e
economia.
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
Mosaico, História, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: Scipione, 2016.
Fred Costa
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