O Massacre soviético na Floresta de Katyn

Idade Contemporânea – Segunda Guerra Mundial

O massacre soviético na Floresta de Katyn

           

    Durante a Segunda Guerra Mundial, os soviéticos realizando um verdadeiro genocídio contra prisioneiros poloneses. Apesar desse evento não ser tanto comentado nos livros didáticos seja por questões ideológicas ou diferentes versões diante dos fatos históricos, aos poucos essa história vem sendo esclarecida. Ao tentar esconder o autor dessas mortes, a investigação histórica proporcionou a busca pela verdade de mais um lamentável episódio da Segunda Guerra Mundial.

       A aliança entre nazistas e soviéticos não demorou para ser descumprida, promovendo uma das mais mortíferas campanhas militares da História. A mal sucedida invasão alemã da URSS fez com que esse exército voltasse sua carga contra os alemães e deixando um grande caminho de destruição por onde passou. Os soviéticos que provaram serem capaz de reescrever a História desta vez não foram bem sucedidos.

          A invasão da Polônia foi o que motivou os países a entrarem em guerra durante a Segunda Guerra Mundial. Os sucessivos avisos da França e Inglaterra à Alemanha fez com que essa invasão ocorresse a declaração de Guerra em 01 de setembro de 1939. Mesmo com a promessa de ajuda inglesa, os poloneses resistiram esperando esse socorro que não chegou.

          Não só os alemães como também os soviéticos aproveitaram-se para invadir esse país, utilizando como desculpa proteger as minorias ucrânias, como se estivessem em missão de paz. Muitos poloneses que se posicionaram contra a invasão principalmente soviética, foram enviados para campos de prisioneiros soviéticos (gulags). Dentre esses prisioneiros encontravam-se 15 mil oficiais reservistas, sendo muitos deles políticos, cientistas, advogados, professores universitários, todos eles considerados pelos soviéticos como uma elite intelectual, logo considerado uma grande ameaça.

         Mesmo presos, os oficiais foram acusados de contrarrevolucionários, o que seria uma ameaça para os soviéticos que também ocupavam o territórios polonês. Cerca de 500 acabaram sendo salvos, sendo muitos por influência estrangeira ou política, já o restante (14.500) foram executados com tiros na nuca e depois enterrados em valas comuns. Na Floresta de Katyn na Rússia, foram encontrados centenas desses corpos, que uma vez descobertos pelos nazistas, utilizaram como propaganda para atacar os soviéticos e conquistar a simpatia dos poloneses.

        Analisando a história desse massacre percebemos a construção da memória histórica. As diferentes narrativas diante de um fato histórico, sendo a sua utilização pelos nazistas ao desejarem obter o apoio polonês, assim como os soviéticos também acusaram os nazistas pelas mortes. A utilização das imagens, exumação dos corpos, provou quem foram os verdadeiros culpados e mais de 60 anos depois houve um reconhecimento de culpa mas nenhum culpado apontado e julgado. A História jamais deverá ser esquecida e servir de reflexão, principalmente das crueldades ocorridas durante os conflitos mundiais.

 

Referências:

SNYDER, Timothy. Terras de sangue. Rio de Janeiro: Record, 2012.

 

Fred Costa