O keynesianismo e o Welfare State
As ideias de Keynes, inovadoras para
a época, acabaram por remodelar o capitalismo. Sua adoção aconteceu primeiro
nos Estados Unidos e, posteriormente, nos diversos países da Europa e da América
Latina.
Após a Segunda Guerra Mundial, o
keynesianismo somou-se a medidas de proteção social e deu origem, em países capitalistas
desenvolvidos, ao chamado Welfare State, ou Estado de Bem-Estar Social. Este
procurava oferecer condições mínimas de vida a todos os cidadãos,
garantindo-lhes renda, saúde, segurança e educação.
De um lado, o keynesianismo era uma
composição ao modelo de Estado liberal, que defendia a mínima intervenção
estatal na economia. De outro, se opunha ao Estado comunista, que controlava
toda a economia e abolia a propriedade privada.
De forma geral, o intervencionismo
keynesiano teve predomínio internacional até o final dos anos 1970. Na década
seguinte, por causa das novas crises do capitalismo, a doutrina liberal voltou
a ganhar espaço. O neoliberalismo, como é chamado, tem prevalecido desde
então em vários países do mundo. Propõe a liberdade de mercado e uma drástica
redução das ações do Estado na economia (o chamado Estado mínimo). Diante das
mais recentes crises do capitalismo, como as que ocorreram em 2008-2009 e
2011-2012, voltou-se a debater se o Estado deve ou não intervir na economia. Segundo
os neoliberais, o único modo de conter os efeitos da crise é diminuir os gastos
dos programas de bem-estar social. Contrários a isso, os críticos ao neoliberalismo
defendem que é preciso que os governos adotem práticas intervencionistas, transferindo
renda para a população ou para empresas privadas (por meio de isenções
tributárias ou empréstimos de dinheiro público). Com isso, garantem-se postos
de trabalho e salários, essenciais para estimular o consumo e manter os níveis
de produção.
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 9° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 106.
Fred Costa
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