segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O Bota-abaixo nas reformas do Rio de Janeiro.

 República Velha

 

O Bota-abaixo nas reformas do Rio de Janeiro

      Na passagem do século XIX para o XX ocorreram várias reformas que mudaram a paisagem da capital federal (Rio de Janeiro). Como a cidade ainda possuía características urbanas da época colonial, apesar da riqueza proporcionada pela cafeicultura e fábricas, havia a necessidade de modernizá-la arquitetonicamente. Esse projeto denominado de “regeneração” da cidade, que além de reformas urbanas e sanitárias, buscava a mudança nos costumes das pessoas.

        A capital brasileira ficava localizada entre o litoral e a serra do Mar, em um terreno cheio de morros e lagoas, além disso, sua geografia não favorecia o desenvolvimento do centro urbano. As ruas da cidade eram sujas e estreitas quase não havia saneamento básico. Doenças como varíola, malária, febre amarela e peste bubônica

      Antigos edifícios, transformados em cortiços no centro da cidade, eram habitados por milhares de família pobres, vivendo em situações precárias e sem condições mínimas de higiene. O porto da cidade não tinha estrutura para receber navios de grande porte, prejudicando a circulação de mercadorias entre a capital e outras regiões do Brasil e do mundo.

    

      Durante as reformas urbanas comandadas pelo prefeito Pereira Passos, muitos prédios antigos foram demolidos e milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Este período da história do Rio de Janeiro ficou conhecido como Bota-abaixo. Um exemplo foi a construção da avenida Central, iniciada em 1904. Ela foi projetada  com o objetivo de melhorar o tráfego de pessoas e veículos e de embelezar o centro da cidade.

      Toda arquitetura ao longo da avenida Central foi refeita. Cerca de 640 prédios com fachadas em estilo colonial foram demolidos e substituídos por edifícios em estilo neoclássico, semelhante aos de Paris. As mudanças radicais surpreenderam os cariocas. O escritor Lima Barreto, ao falar de um país fictício chamado “República dos Estados Unidos da Bruzundanga”, fez uma sátira ao que acontecia no Rio de Janeiro naquele momento:

      [...] E eis a Bruzundanga, tomando dinheiro empretado para pôr as velhas casas de sua capital abaixo. De uma hora para outra, a antiga cidade desapareceu e outra surgiu como se fosse obtida por uma mutação de teatro. Havia mesmo na cousa muito de cenografia. Lima Barreto. Os Bruzundangas. In: Margarida de Souza Nevez; Alda Heizer. A ordem é o progresso: o Brasil de 1870 a 1910. 5 ed. São Paulo: Atual, 1991. p. 50.


      Além de uma capital “moderna”, as elites brasileiras desejavam que a população fosse “civilizada”, comportando-se de acordo com os padrões europeus. Por isso, vários costumes e tradições considerados pertubadores da ordem, como a serenata e o jogo de capoeira, foram duramente reprimidos durante a Primeira República. Tais eventos culminou com a Revolta da Vacina, onde populares enfrentaram forças policiais se negando a vacinação obrigatória.

Referências:

Lima Barreto. Os Bruzundangas. In: Margarida de Souza Nevez; Alda Heizer. A ordem é o progresso: o Brasil de 1870 a 1910. 5 ed. São Paulo: Atual, 1991. p. 50.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Questão do Enem 2013.2 comentada - República Velha - Reforma urbanística no Rio de Janeiro

Enem (2013.2) República Velha – reforma urbanística no Rio de Janeiro

No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu, de fato, uma intervenção que alterou profundamente sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um terremoto nas condições de vida da população.

(BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro. O Brasil republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 08.)

O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida na capital da República, na qual a ação governamental e seu resultado social encontram-se na:

A) Cobrança de impostos – ocupação da periferia.
B) Destruição de cortiços – revolta da população.
C) Criação do transporte de massa – ampliação das favelas.
D) Construção de hospitais públicos – insatisfação da elite urbana.
E) Edificação de novas moradias – concentração de trabalhadores.


PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE




PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE


A) Cobrança de impostos – ocupação da periferia. Pode-se considerar um ato que ocorreu, mas não se refere ao comando da pergunta.
B) Destruição de cortiços – revolta da população. Para revitalizar a cidade e algumas avenidas, causando um alvoroço e revolta entre os moradores que tiveram suas casas destruídas.
C) Criação do transporte de massa – ampliação das favelas. O transporte de massa poderia ser o bondinho, mas não foi necessário essa ampla reforma urbana como sugere.
D) Construção de hospitais públicos – insatisfação da elite urbana. Não há nenhuma referência ao período que sugere construções de hospitais como motivo para uma ampla reforma urbana.
E) Edificação de novas moradias – concentração de trabalhadores. Houve o contrário, destruição das moradias.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Esse assunto é explicado quando se estuda a República Velha. Não é difícil, assim como faz parte da leitura obrigatória o livro "O Cortiço"do autor Aluísio de Azevedo. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Conheça mais a História - Os fósseis

 Os fósseis

            A palavra fóssil quer dizer “tirado da terra”. Chama-se fóssil qualquer vestígio de planta ou animal que foi preservado até os dias atuais, como ossos, dentes, contornos, pegadas, etc.

            E como se deu essa preservação? Ao morrer, a planta ou animal foi sendo recoberto por várias camadas de sedimentos (material sólido que se desprende das rochas e se deposita sobre o solo). Com o tempo, esses sedimentos se petrificaram (viraram pedra), permitindo a conservação de restos orgânicos e de contornos da planta ou animal.

            Há também fósseis que se conservaram no gelo e em outras matérias da natureza, como resinas e solos. Para dar um fóssil (descobrir a sua idade), os arqueólogos e paleontólogos contam com diversos métodos.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 26.

 

Fred Costa

 

sábado, 22 de agosto de 2020

Questão do IFG 2017 comentada - Governo Militar

IFG (2017) Governo Militar

Leia os textos 1 e 2 e assinale a alternativa correta:

 TEXTO 1

Jornal Última Hora, 1968. Disponível em: <hhtp://www.museuvirtualbrasil.com.br/museu_brasilia/modules/brttimeline/index.php?pid=17&ano-1968>. Acesso em: 21 nov. 2016.

TEXTO 2

Ziraldo. Aí, o AI-5. 1964-1984: 20 Anos de prontidão. Rio de Janeiro: Record. 1984.

a) No texto 1 fica claro que o objetivo central do AI-5 era assegurar a segurança nacional e promover uma reforma política que tinha como centro a alteração da composição do Congresso Nacional.
b) O texto 2 apresenta uma perspectiva distorcida do AI-5, pois tal instrumento jurídico procurou, na verdade, evitar a ampliação dos aparatos de censura, perseguição e controle político do governo dos militares.
c) Os textos são completamente contraditórios, pois apresentam informações errôneas, já que, com amplo apoio da população e atuação do Congresso Nacional, a medida foi prontamente extinta.
d) O texto 1 positiva as determinações do AI-5 como se o mesmo fosse necessário para a manutenção de uma “revolução” que resguardaria a democracia brasileira. Já o texto 2 mostra que o AI-5 ampliava os poderes de coerção dos agentes públicos defensores da ditadura civil-militar.
e) A “Revolução” de que trata o texto 1 refere-se aos avanços na política trabalhista e agrária do período, já que a intervenção dos militares teve como objetivo garantir as “Reformas de Bases” anteriormente defendidas pelo presidente João Goulart.


PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE




PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE


a) No texto 1 fica claro que o objetivo central do AI-5 era assegurar a segurança nacional e promover uma reforma política que tinha como centro a alteração da composição do Congresso Nacional. No texto 1 não tem nenhum elemento que dispõe sobre assegurar a segurança nacional, assim como uma reforma política.
b) O texto 2 apresenta uma perspectiva distorcida do AI-5, pois tal instrumento jurídico procurou, na verdade, evitar a ampliação dos aparatos de censura, perseguição e controle político do governo dos militares. O AI-5 na verdade implantou a censura no Brasil e aumentou o controle político.
c) Os textos são completamente contraditórios, pois apresentam informações errôneas, já que, com amplo apoio da população e atuação do Congresso Nacional, a medida foi prontamente extinta. Os textos se complementam e as medidas não foram prontamente extinta como se afirma.
d) O texto 1 positiva as determinações do AI-5 como se o mesmo fosse necessário para a manutenção de uma “revolução” que resguardaria a democracia brasileira. Já o texto 2 mostra que o AI-5 ampliava os poderes de coerção dos agentes públicos defensores da ditadura civil-militar. O AI-5 tinha por objetivo manter o controle do governo militar sobre a população restringindo os seus direitos assim como aumentando a repreensão.
e) A “Revolução” de que trata o texto 1 refere-se aos avanços na política trabalhista e agrária do período, já que a intervenção dos militares teve como objetivo garantir as “Reformas de Bases” anteriormente defendidas pelo presidente João Goulart. A Revolução conforme o texto 1 refere-se a tomada do poder pelos militares.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Todas as questões referente ao Governo Militar, independente da banca não são difíceis. É um tema bastante explorado e explicado em sala de aula, além de ter amplas notícias e reportagens que abordam esse assunto. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Os modelos republicanos brasileiro

 Brasil República

 

Os modelos republicanos brasileiro

   Ao longo do século XIX, durante o período imperial, o Brasil se integrou ao capitalismo mundial, que se difundia pelo mundo impulsionado pela industrialização europeia. Nesse período o Brasil recebeu grandes investimentos e empréstimos estrangeiros provenientes sobretudo da Inglaterra, que detinha o monopólio sobre as atividades produtivas brasileiras e sua exportação. Nessa época destacou-se o cultivo do café, atividade voltada para exportação que gerava muitas riquezas e que provocou transformações sociais e políticas no Brasil.

     Nessa época, a província cafeeira de São Paulo tornou-se a mais rica do Império. Apesar de seu poder econômico, continuava com pouca economia em relação ao governo central. Com isso, os políticos paulistas, em sua maioria. Membros das elites rurais, passaram a reivindicar maior autonomia para administrar a província.

    Além da oligarquia cafeeira, os militares também estavam descontentes com o regime monárquico. A Guerra do Paraguai piorou a situação econômica do Brasil, levando o governo a contrair empréstimos, aumentando a dívida externa e também a cobrança de impostos. O Exército Brasileiro saiu do conflito fortalecido, e os militares, decididos a participar da política do país. Oficiais de alta patente passaram a criticar abertamente o imperador, acusando-o de negligência em relação ao Exército e de interferências indevidas em questões militares.

  A partir da década de 1870, os grupos republicanos começaram a crescer, principalmente em São Paulo. Em 1888, com a abolição da escravidão, a Monarquia perdeu o apoio das elites agrárias escravistas, que se sentiram prejudicadas e passaram a apoiar o Movimento Republicano. Diante disso, setores do Exército se aliaram aos republicanos paulistas e deram um golpe de Estado, derrubando a Monarquia e proclamando a República em 15 de novembro de 1889.

    No período inicial da República, o país foi governado por dois presidentes militares: Deodoro da Fonseca e, depois, Floriano Peixoto. Esses militares tinham como objetivo principal garantir a consolidação do regime republicano enfrentando grupos políticos descontentes com o fim da Monarquia. Além disso, eles se empenharam em promover uma maior centralização do poder, entrando em confronto com grupos regionais que desejavam maior autonomia em relação ao governo federal.

       Em 1894 foi eleito o primeiro presidente civil do Brasil, o paulista Prudente de Morais. Isso se deu graças aos partidos republicanos de cada estado e à possibilidade de autonomia proporcionada pelo federalismo. Assim, os latifundiários. Via partidos republicanos, obtiveram o controle político e econômico do país. Os presidentes procuraram fazer alianças com as elites regionais, implantando a chamada política dos governadores. Esse arranjo político, idealizado pelo presidente Campos Salles, consistia no compromisso de a presidência apoiar os governos dos estados e dos governadores de apoiarem a presidência (para saber mais clique aqui).

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Questão do Enem 2009.3 comentada - Brasil República

Enem (2009.3) Brasil República

O fato é que a transição do Império para a República, proclamada em 1889, constituiu a primeira grande mudança de regime político ocorrida desde a Independência. Republicanistas “puros”, como Silva Jardim, defendiam uma mudança de regime que tivesse como resultado maior participação da população na vida política nacional. Mas, vitoriosos, os republicanos conservadores, como Campos Sales, mantiveram o modelo de exclusão política e sociocultural sob nova fachada. Ao “parlamentarismo sem povo” do Segundo Reinado sucedeu uma República praticamente “sem povo”, ou seja, sem cidadania democrática. 

(LOPES, Adriana, MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: interpretação. São Paulo: SENAC, 2008)

Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando o processo histórico de implantação e de consolidação da República no Brasil, é correto inferir que:

A) a História do Brasil, em geral, se faz por mudanças bruscas e radicais, que transformam integralmente a fisionomia social e política do país.
B) a facilidade para a derrubada do regime monárquico explica-se pelo vigoroso apoio popular às teses republicanas e pelo prestígio pessoal de D. Pedro II.
C) o presidencialismo republicano assegurou a expansão da democracia brasileira ampliando o nível de participação política da sociedade na Primeira República (até 1930).
D) o movimento republicano apresentava divisões ideológicas e defendia distintos projetos de República com a intenção de implantá-los no Brasil.
E) o republicano Silva Jardim lutava por um regime político essencialmente oligárquico, que foi adotado no Brasil ao longo da Primeira República (até 1930).


PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE




PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE


A) a História do Brasil, em geral, se faz por mudanças bruscas e radicais, que transformam integralmente a fisionomia social e política do país. A implantação da República foi implantada sem revoluções e radicalismos, assim como outros eventos.
B) a facilidade para a derrubada do regime monárquico explica-se pelo vigoroso apoio popular às teses republicanas e pelo prestígio pessoal de D. Pedro II. Não havia apoio popular das camadas populares a favor da queda da monarquia.
C) o presidencialismo republicano assegurou a expansão da democracia brasileira ampliando o nível de participação política da sociedade na Primeira República (até 1930). Durante a República Velha, a democracia não foi ampliada, e os oligarcas dominaram a vida política.
D) o movimento republicano apresentava divisões ideológicas e defendia distintos projetos de República com a intenção de implantá-los no Brasil. O movimento republicano, surgido na década de 1870 ainda no Brasil Império, haviam diversas ideologias para a implantação da República no Brasil.
E) o republicano Silva Jardim lutava por um regime político essencialmente oligárquico, que foi adotado no Brasil ao longo da Primeira República (até 1930). Pelo que indica o texto da pergunta, Silva Jardim defendia a participação popular e contra  os oligarcas.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão do Enem é fácil, no seu texto explica muita coisa, ajudando a respondê-la. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Questão do Enem 2010.1 comentada - Populismo

 Enem (2010.1) Populismo

Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuição da oferta de empregos e a desvalorização dos salários provocados pela inflação levaram a uma intensa mobilização política popular, marcada por sucessivas grevistas de várias categorias profissionais, o que aprofundou as tensões sociais. Dessa vez, as classes trabalhadoras se recusaram a pagar o pato pelas “sobras” do modelo econômico juscelinista.

(MENDONÇA, S. R. A Industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 – adaptado)

Segundo o texto os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram principalmente:

A) da manipulação política empreendida pelo governo João Goulart.
B) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.
C) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.
D) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves.
E) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista.


PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE




PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE


A) da manipulação política empreendida pelo governo João Goulart. Logo no início do seu governo, João Goulart não tinha força suficiente para manipular as classes trabalhadoras.
B) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista. A economia desenvolvimentista durante o governo JK, ao pegar empréstimos estrangeiros com altos juros, culminou com o aumento da inflação, diminuindo o poder de compra, desvalorizando salários e por fim aumentou o desemprego, gerando insatisfação da classe trabalhadora.
C) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas. Os sindicatos mesmo com os trabalhadores sob a sua influência, havia outros fatores econômicos que geraram a insatisfação da classe.
D) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves. A classe dominante manteve-se forte, principalmente com o apoio de diversas parcelas da economia como da Igreja e Forças Armadas.
E) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista. Várias reformas foram tentadas ser implementadas pelos sindicatos, contando com o apoio do João Goulart, antes do golpe civil-militar.

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão do Enem é fácil de resolver. Esse período deixa claro a crise econômica que assolou o país devido as medidas econômicas. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho

 Era Vargas – Estado Novo

 

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

       A partir da década de 1930, o Brasil passou 15 anos sendo governo por Getúlio Vargas (1882-1954). Após assumir o poder através de um golpe (para saber mais clique aqui), governo por três períodos, sendo que cada um possuíssem características próprias, mas tendo em comum a vontade de se manter no poder. Vargas conseguiu chegar ao poder com um golpe de estado e permanecer por mais tempo aplicando outro golpe de estado.

       Durante o período do Estado Novo, em que foi implantando uma ditadura no Brasil, sendo Getúlio Vargas o detentor de todo poder. Houve fatos violentos como perseguição a opositores além do amplo uso da propaganda ideológica (esse assunto já foi abordado no blog, clique aqui) e controle da classe trabalhadora além dos sindicatos (para saber mais clique aqui). A propaganda governamental apresentava Getúlio Vargas como um grande líder, popularmente conhecido por “pai dos pobres”, devido a várias medidas tomadas em seu governo.

   Durante o Estado Novo, o governo adotou medidas importantes que amenizaram a situação dos trabalhadores, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considerada uma das grandes realizações. Criada em 1943, garantiu direitos como salário mínimo, férias remuneradas, jornada de trabalho de oito horas diárias, pagamento de horas extras e descanso semanal remunerado, além de leis específicas para mulheres e jovens trabalhadores.

    Outros pontos que também podem ser destacados são: registro do trabalhador (carteira de trabalho), medicina do trabalho, contratos individuais de trabalho, organização sindical (apesar que no governo Vargas os sindicatos estavam ligados diretamente ao governo), convenções coletivas, fiscalização e justiça do trabalho e processo trabalhista.

     Embora a CLT tenha sido resultado de uma luta operária de várias décadas, o Estado Novo apresentou-a como um benefício oferecido aos trabalhadores, aumentando ainda mais o prestígio do presidente Vargas. Por causa dessas práticas, Vargas conquistou o apoio das massas, como ficou conhecido por “protetor dos trabalhadores”.

      Muitas críticas foram feitas pelo ônus da criação da CLT. Alguns afirmam que não passou de juntar várias leis criadas antes mesmo de Vargas chegar ao poder, sendo algumas da década de 1920. Outros comparam o seu texto como uma inspiração da Carta Del Lavoro do governo fascista de Benito Mussolini, já que era um ditador, aliado de Hitler na Segunda Guerra Mundial. Em alguns aspectos o governo Vargas se assemelha aos Fascistas e Nazistas, mas a pressão dos trabalhadores brasileiros levaram a essa grande conquista.

Referências:

A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, disponível em http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm, acessada em 16 de agosto de 2020.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Questão comentada do Enem 2011.2 - Era Vargas (trabalho)

Enem (2011.2) Era Vargas (trabalho)

De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942)

De que maneira as políticas e as mudanças jurídico institucionais implementadas pelo governo de Getúlio Vargas nas décadas de 1930-1940 responderam às lutas e às reivindicações dos trabalhadores?

A)  A Justiça do Trabalho passou a arbitrar os conflitos entre capital e trabalho e, sistematicamente, a apurar e punir os casos de trabalho escravo e infantil no interior do país.
B) A Consolidação das Leis to Trabalho (CLT) suprimiu o arbítrio oficial dos empresários e fazendeiros sobre as atividades políticas de operários e camponeses.
C) A criação do Ministério do Trabalho garantiu ao operariado urbano e aos trabalhadores rurais liberdade e autonomia para organizar suas atividades sindicais.
D) A legislação e as instituições criadas atendiam às reivindicações dos trabalhadores urbanos, mas dentro de estruturas jurídicas e sindicais tuteladas e corporativistas.
E) A legislação do trabalho e previdência passou a impedir que imigrantes substituíssem brasileiros natos no serviço público, na indústria, no comércio e na agricultura. 


PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE




PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE 
PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE PENSE



A) A Justiça do Trabalho passou a arbitrar os conflitos entre capital e trabalho e, sistematicamente, a apurar e punir os casos de trabalho escravo e infantil no interior do país. Não podemos considerar a Justiça do Trabalho arbitrando conflito entre o capital e trabalho, assim como não percebemos essa competência em punir trabalho escravo e infantil.
B) A Consolidação das Leis to Trabalho (CLT) suprimiu o arbítrio oficial dos empresários e fazendeiros sobre as atividades políticas de operários e camponeses.  A CLT não atuou contra empresários e fazendeiros como sugere a alternativa.
C) A criação do Ministério do Trabalho garantiu ao operariado urbano e aos trabalhadores rurais liberdade e autonomia para organizar suas atividades sindicais. Duranta o Estado Novo principalmente, os sindicatos eram controlados pelo governo.
D) A legislação e as instituições criadas atendiam às reivindicações dos trabalhadores urbanos, mas dentro de estruturas jurídicas e sindicais tuteladas e corporativistas. Foram por causa das reivindicações dos trabalhadores e o apoio do governo a esses setores que forçaram a criarem leis que regulamentassem o trabalho, porém tanto a justiça quanto o sindicato eram controlado pelo governo.
E) A legislação do trabalho e previdência passou a impedir que imigrantes substituíssem brasileiros natos no serviço público, na indústria, no comércio e na agricultura. Não havia nenhuma lei que impedisse imigrantes de substituir trabalhadores brasileiros.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão do Enem é difícil de resolver, até mesmo por se tratar de uma tema só que são as legislações trabalhistas. Eliminando as alternativas sem relação com o texto da questão e conhecimento histórico será possível resolvê-la. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.