terça-feira, 29 de setembro de 2020

Questão do Enem 2009.3 comentada - República Velha (imigrantes)

Enem (2009.3) República Velha - imigrantes

O período entre o final do século XIX e o início do século XX foi de intenso fluxo migratório em todo o mundo; no entanto, muitos países passaram a restringir a entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes concorriam com a mão de obra local e prejudicariam o mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande preconceito racial contra os orientais nessa época. Na imprensa, nos meios políticos e nos locais onde se debatia a opinião pública, houve um intenso debate acerca da imigração oriental. Influenciados pela campanha antinipônica e pelas idéias racistas que circulavam no mundo, muitos cafeicultores, políticos e intelectuais brasileiros enxergavam os orientais como “racialmente inferiores” e preferiam trazer trabalhadores brancos e europeus, a fim de “branquear” a população mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do Brasil republicano como um “paraíso inter-racial”.

(Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.bv.sp.gov.br Acesso em: 5 nov. 2008 – com adaptações)

Entre os principais líderes brasileiros, a introdução do imigrante japonês estava longe de ser uma unanimidade. Segundo o texto, essa controvérsia tem origem:

A) no medo de que a miscigenação com os japoneses comprometesse o mercado de trabalho brasileiro.
B) no intenso fluxo migratório de europeus para a América do Norte.
C) no preconceito racial contra os orientais e na preferência por imigrantes brancos e europeus, que possibilitariam o branqueamento da população mestiça.
D) na idéia de que o Brasil, por ser um país republicano, valorizava a miscigenação entre mestiços e japoneses.
E) na ausência de motivos que justificassem a restrição à imigração japonesa.


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A) no medo de que a miscigenação com os japoneses comprometesse o mercado de trabalho brasileiro. Não havia esse pensamento com relação mercado de trabalho, sendo essa alternativa errada.
B) no intenso fluxo migratório de europeus para a América do Norte. O fluxo migratório para a América do Norte não tem relação com o Brasil nesse tema.
C) no preconceito racial contra os orientais e na preferência por imigrantes brancos e europeus, que possibilitariam o branqueamento da população mestiça. Essa alternativa repete justamente o que esta escrito no texto da pergunta, expondo a controvérsia de idéias.
D) na idéia de que o Brasil, por ser um país republicano, valorizava a miscigenação entre mestiços e japoneses. As ideias defendidas por muitas pessoas era de um preconceito contra os japoneses.
E) na ausência de motivos que justificassem a restrição à imigração japonesa. Não era um simples motivo e sim um preconceito bastante presente.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão trás um tema bastante desconhecido, mas é somente interpretar. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Questão do Enem 2016.2 comentada - Redemocratização

Enem (2016.2) Redemocratização

Para além de objetos específicos, muitos movimentos sociais interferem no contexto sócio-político e ultrapassam dimensões imediatas, como foi o caso das mobilizações operárias, ocorridas em 1979 na cidade de São Paulo.

Nesse sentido, ao mesmo tempo em que lutavam por seus direitos, essas mobilizações contribuíram com o(a):

A) elaboração de novas políticas que garantiram a estabilidade econômica do país.
B) instalação de empresas multinacionais no Brasil.
C) legalização dos sindicatos no Brasil.
D) surgimento das políticas governamentais assistencialistas.
E) processo de redemocratização do Brasil.


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A) elaboração de novas políticas que garantiram a estabilidade econômica do país. A estabilidade econômica só viria anos mais tarde.
B) instalação de empresas multinacionais no Brasil. Não forma as cobranças de movimentos sindicais que fizeram com que empresas multinacionais fossem instaladas aqui.
C) legalização dos sindicatos no Brasil. Alternativa errada porque os sindicatos já eram legalizados.
D) surgimento das políticas governamentais assistencialistas. Haviam poucas políticas assistencialistas, não sendo esse movimentos responsáveis pelo seu surgimento.
E) processo de redemocratização do Brasil. A união dos movimentos sociais serviram para cobrar do governo o processo de redemocratização, principalmente na campanha das Diretas Já.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. As questões sobre a redemocratização sempre vão na mesma linha de pensamento. Quem já percebeu matou a charada. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

domingo, 27 de setembro de 2020

Conheça mais à História - O Quarup: uma festa no Xingu

                    O Quarup: uma festa no Xingu

   O quarup (kuarup) é um ritual de culto aos mortos praticado por indígenas de diversas etnias que vivem no Xingu (reserva indígena localizada no norte de Mato Grosso).

      Quarup é uma palavra d língua camaiurá, que vem de kuat (sol) e rup (madeira) e quer dizer “madeira exposta ao sol”. Também é o nome de uma árvore do Xingu. Nesse ritual, os xinguanos repetem um gesto que teria sido praticado por Maivotsinin, o primeiro homem.

       O ritual do quarup é realizado quando more um líder ou uma pessoa importante de uma aldeia do Xingu. Os parentes do morto organizam então uma grande festa em sua homenagem.

         Primeiro, convidam parentes de outros mortos (que também serão homenageados) e membros de outras aldeias para participar do ritual. Passam várias semanas aprontando a festa: constroem uma cena em torno da sepultura dos mortos, preparam a comida e a bebida que serão oferecidas aos convidados e pedem licença à natureza par cortar alguns troncos de quarup. Depois de pintados e enfeitados com penas, colares e cintos de algodão, os troncos são fincados no meio da aldeia. Cada tronco representa um morto. Em torno deles, cantadores e tocadores de maracá (espécie de chocalho indígena) iniciam o ritual.

      Todos têm o corpo pintado de acordo com as tradições de sua etnia. Ao cair da tarde, arma-se uma fogueira próxima ao tronco, e os indígenas passam a noite cantando, dançando e chorando o morto.

    Os membros das aldeias convidadas lutam o huka-huka, que imita o combate entre a onça e os peixes narrado no mito de Maivotsinin. Pintados com óleo de pequi e tinta de jenipapo, os lutadores se enfrentam dois a dois.

      Terminadas as lutas, que podem durar várias horas, cada uma das aldeias visitantes oferece um presente ao anfitrião. O ritual se encerra com o lançamento dos troncos ao rio.

       A função do quarup não é somente religiosa. Por meio dele, as diferentes aldeias do Xingu estreitam seus laços. Durante a festa também podem ocorrer rituais de passagem. Num deles, meninos de até 10 anos têm suas orelhas furadas e recebem outro nome. Em outro, meninas que tiveram a primeira menstruação e passaram um ano ou mais reclusas dentro de casa são apresentadas à aldeia. Depois disso, elas podem se casar.

    A prática do quarup revela que, apesar do contato com o não índio, os indígenas brasileiros preservam sua cultura e mantêm suas tradições.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 64 e 65.

 

Fred Costa

 

sábado, 26 de setembro de 2020

Documentos Históricos - Cultura imaterial

 

Documentos Históricos – Cultura imaterial

          Todos os vestígios utilizados pelos historiadores para conhecer o passado são chamados de fontes históricas ou documentos. Agora, você vai conhecer outra categoria de fonte histórica a chamada cultura imaterial.

      Cultura imaterial é tudo aquilo que é produzido pelas sociedades humanas, mas não tem consistência material. Festas, rituais religiosos, danças, estilos musicais, modos de preparar determinado alimento ou de fazer um artesanato e outras tradições de um povo são considerados cultura imaterial e constituem parte do patrimônio de um povo.

Pintura corporal dos indígenas Wajãpi.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 56 e 57.

 

Fred Costa

 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

O surgimento da democracia

 

História Antiga – Grécia Antiga

 

O Surgimento da democracia

         A civilização grega se desenvolveu na península Balcânica, situada ao sul do continente europeu. Os primeiros habitantes dessa península são conhecidos como pelasgos e se estabeleceram na região ainda no período Neolítico. Aproximadamente a partir de 1700 a. C., os pelasgos viram diversos povos chegar à região onde viviam. Eram os aqueus, eólios, jônios e dórios.

         Da mistura dos pelasgos, aqueus, eólios, jônios e dórios, nasceu um povo com uma mesma língua – o grego. Eles chamavam a região balcânica de Hélade e seus habitantes de helenos. Ao longo dos séculos, depois de se fixarem na península Balcânica, os helenos se espalharam por toda a região em torno do Mediterrâneo.

         A situação era bastante delicada quando Clístenes, político de origem nobre, assumiu o governo de Atenas, em 510 a. C. Disposto a fazer reformas políticas profundas, instaurou a democracia, ampliando a possibilidade de participação nas decisões políticas a todo cidadão ateniense, independentemente de sua renda.

        Porém, só eram considerados cidadãos os indivíduos adultos, do sexo masculino, livres e nascidos em Atenas. Mulheres, escravos e metecos continuaram sem desfrutar de direitos políticos. Numa população de aproximadamente 260 mil habitantes, apenas 40 mil participavam efetivamente das decisões políticas.

      Mas como funcionava a democracia? Em Atenas, a democracia era mantida com três órgãos políticos principais.

  •        A Bulé era formada por 500 membros encarregados de fazer projetos de lei.
  •     A Eclesia era uma assembléia política. Todos os cidadãos com mais de 18 anos podiam participar dela. Sua função era aprovar ou não os projetos encaminhados pela Bulé, além de eleger dez estrategos (responsáveis pela execução das leis). A Assembleia também podia votar a expulsão de cidadãos considerados uma ameaça à democracia, medida conhecida como ostracismo.
  •      As Heliae eram tribunais de justiça formados por cidadãos escolhidos por sorteio; sua função era julgar conflitos e crimes.

      Como os cidadãos participavam diretamente das decisões nas assembléias, essa forma de governo ficou conhecida como democracia direta. Ela é diferente da democracia que conhecemos hoje, chamada representativa, na qual políticos eleitos pelo povo representam a população na tomada de decisões.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015.

 

Fred Costa

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Questão do Enem 2009.2 comentada - Grécia Antiga

 Enem (2009.2) Grécia Antiga

Segundo Aristóteles, na “cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios – esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais –, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.

(VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994)

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania:

A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da polis a participarem da vida cívica.
D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.


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A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. O texto retrata a visão de Aristóteles, o que não condiz com os fatos histórico.
B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. Era uma sociedade hierarquizada, em que os cidadãos eram privilegiados dos demais, além de quem nem todos podiam gozar dos direitos de cidadãos.
C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da polis a participarem da vida cívica. A cidadania não era para todos os habitantes da Grécia Antiga, por isso a alternativa esta errada.
D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. Os cidadãos tinham participação na política e não em tribunais como indica a alternativa.
E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade. O conceito de cidadania não indica que o eram apenas para se dedicarem a política.

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. As questões que envolvem cidadania na Grécia Antiga são fáceis de resolver, porém necessita ter muita atenção e cautela. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Questão do IFG 2015 comentada - Conquista espanhola da América

IFG (2015) Conquista da América

Outubro de 1492: Colombo desembarca em Guanahani. Outubro de 1992: comemorou-se o V Centenário do Descobrimento da América. Congressos, solenidades e exposições foram organizados no mundo inteiro para celebrar o episódio que contribuiu decisivamente para o desencravamento do mundo e para a unificação do planeta. [...] Há quem conteste a efeméride: em especial grupos e movimentos indigenistas, que lembram o genocídio perpetrado pelos europeus na terra descoberta.

A partir do processo de conquista e colonização da América, assinale a alternativa em que o significado do termo ‘descoberta’ valoriza a história dos indígenas.

a) O próprio termo ‘descoberta’ é, hoje em dia, cada vez mais utilizado, em razão do europocentrismo óbvio que a palavra sugere.
b) A rejeição da ‘descoberta’ é evidentemente justa, sobretudo porque a palavra desmerece a antiguidade, a diversidade e a legitimidade cultural dos povos que habitavam o continente.
c) No conjunto de expressões que gravitaram em torno da palavra ‘descoberta’, nunca triunfou a idéia do colonialismo europeu.
d) Falar de ‘descoberta’ significa reconhecer a densidade histórica das culturas que habitavam o continente, em sua multiplicidade e complexidade.
e) A opinião crítica mundial, militante e acadêmica, rejeita hoje a palavra ‘encontro’ em favor do termo ‘descoberta’ de dois mundos, pondo em cena, face ao europeu, o universo cultural indígena.


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a) O próprio termo ‘descoberta’ é, hoje em dia, cada vez mais utilizado, em razão do europocentrismo óbvio que a palavra sugere. Pelo contrário, o termo não está mais em uso e sim criticado.
b) A rejeição da ‘descoberta’ é evidentemente justa, sobretudo porque a palavra desmerece a antiguidade, a diversidade e a legitimidade cultural dos povos que habitavam o continente. Como os europeus descobriram um continente que havia povos habitando e uma história? Por isso se torna errôneo esse termo ‘descoberta’.
c) No conjunto de expressões que gravitaram em torno da palavra ‘descoberta’, nunca triunfou a idéia do colonialismo europeu. Por muito tempo foi defendida as ideias dos colonizadores.
d) Falar de ‘descoberta’ significa reconhecer a densidade histórica das culturas que habitavam o continente, em sua multiplicidade e complexidade. Não. Descoberta é ignorar os povos habitantes da América.
e) A opinião crítica mundial, militante e acadêmica, rejeita hoje a palavra ‘encontro’ em favor do termo ‘descoberta’ de dois mundos, pondo em cena, face ao europeu, o universo cultural indígena. Na verdade ocorre o contrário. A academia reconhece o termo encontro e não descoberta.

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Não é um tema tão difícil por ser explorado de diversas formas na escola e debates hoje em dia. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Questão do Enem 2016.3 comentada - República Velha

Enem (2016.3) República Velha

Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:

- Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade?

O contínuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso:

- Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?

- Pedro Banana! – repetiu raivoso o velho Lima.

E. sentando-se, pensou com tristeza:

- Não dou três anos para que isso seja uma República!

(AZEVEDOS, A. Vidas alheias. Porto Alegre: s, e., 1901 – adaptado)

A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos á instauração da República no Brasil refere-se ao(à):

A) ausência de participação popular no processo de queda da Monarquia.
B) tensão social envolvida no processo de instauração do novo regime.
C) mobilização de setores sociais na restauração do antigo regime.
D) temor dos setores burocráticos com o novo regime.
E) demora na consolidação do novo regime.


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A) ausência de participação popular no processo de queda da Monarquia. Conforme a própria crônica demonstra os sentimentos do personagem como total indiferença sobre a queda da Monarquia.
B) tensão social envolvida no processo de instauração do novo regime. Na crônica não é demonstrado nenhuma tensão social assim como não ocorreu historicamente.
C) mobilização de setores sociais na restauração do antigo regime. Não houve mobilização da sociedade na Proclamação da República.
D) temor dos setores burocráticos com o novo regime. Não se percebe nenhum temor da burocracia com a Proclamação da República.
E) demora na consolidação do novo regime. Não tem nenhum elemento do texto que demonstre o que diz a alternativa.

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. De tão repetitiva que está esse tema acaba que se tornou fácil respondê-la. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Questão comentada do Enem 2009.1 - Redemocratização

Enem (2009.1) Redemocratização

Um aspecto importante derivado da natureza histórica da cidadania é que esta se desenvolveu dentro do fenômeno, também histórico, a que se denomina Estado-nação. Nessa perspectiva, a construção da cidadania na modernidade tem a ver com a relação das pessoas com o Estado e com a nação.         

(CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. In: Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: 2004)

Considerando-se a reflexão acima, um exemplo relacionado a essa perspectiva de construção da cidadania é encontrado:

A) em D. Pedro I, que concedeu amplos direitos sociais aos trabalhadores, posteriormente ampliados por Getúlio Vargas com a criação da Consolidação das leis do Trabalho (CLT).
B) na Independência, que abriu caminho para a democracia e a liberdade, ampliando o direito político de votar aos cidadãos brasileiros, inclusive às mulheres.
C) no fato de os direitos civis terem sido prejudicados pela Constituição de 1988, que desprezou os grandes avanços que, nessa área, havia estabelecido a Constituição anterior.
D) no Código de Defesa do Consumidor, ao pretender reforçar uma tendência que se anunciava na área dos direitos civis desde a primeira constituição republicana.
E) na Constituição de 1988, que, pela primeira vez na história do país, definiu o racismo como crime inafiançável e imprescritível, alargando o alcance dos direitos civis.


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A) em D. Pedro I, que concedeu amplos direitos sociais aos trabalhadores, posteriormente ampliados por Getúlio Vargas com a criação da Consolidação das leis do Trabalho (CLT). Durante o Brasil Império, não houve esses amplos direitos concedidos aos trabalhadores.
B) na Independência, que abriu caminho para a democracia e a liberdade, ampliando o direito político de votar aos cidadãos brasileiros, inclusive às mulheres. No Brasil Império o direito ao voto eram somente para àqueles que tinham renda e somente os homens podiam votar.
C) no fato de os direitos civis terem sido prejudicados pela Constituição de 1988, que desprezou os grandes avanços que, nessa área, havia estabelecido a Constituição anterior. Pelo contrário, houveram grandes avanços aos direitos civis na Constituição de 1988.
D) no Código de Defesa do Consumidor, ao pretender reforçar uma tendência que se anunciava na área dos direitos civis desde a primeira constituição republicana. Durante a Primeira Constituição Republicana de 1891, não haviam avanços aos direitos civis.
E) na Constituição de 1988, que, pela primeira vez na história do país, definiu o racismo como crime inafiançável e imprescritível, alargando o alcance dos direitos civis. Muitas conquistas foram alcançadas com a Constituição de 1988, principalmente as que tratam dos direitos sociais e pelo fim do preconceito racial.

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. É sempre fácil responder as questões sobre redemocratização e cidadania no Brasil. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

domingo, 20 de setembro de 2020

Conheça mais a História - Quando surge o Brasil?

 Quando surge o Brasil?

 Quando os colonizadores portugueses atravessaram o oceano Atlântico em busca de novas terras, em 1500, eles não chegaram a um país chamado Brasil, mas a uma terra sem fronteiras definidas. Inicialmente, eles ocuparam diversas áreas distantes umas das outras, algumas mais ao norte, outras mais a sul do território, sem que houvesse uma unidade entre elas. Foram necessários vários séculos para os contornos do país em que hoje vivemos serem estabelecidos.

        O Brasil que conhecemos hoje só surgiria muito mais tarde, quando as diversas regiões passaram a ser administradas por um único governo. Alguns estados, como o Acre e o Amapá, só passaram a fazer parte do Brasil no século XX.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 59.

 

Fred Costa