Idade Média
As características do feudalismo
A Idade Média é um período histórico
que tem início com a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.). De acordo
com algumas versões historiográficas, esse período abrange cerca de mil anos,
entre os séculos V e XV. Com o passar do tempo, o surgimento do Reino dos
Francos e a sua descentralização política que acompanhou o declínio do Império
Carolíngio contribuiu para a consolidação do feudalismo.
O feudalismo começou a se formar na
época do declínio do Império Romano. Com invasões e ataques dos povos
germânicos, houve uma redução no comércio e nas atividades urbanas, além de um
intenso refúgio de grande parte da população das cidades para o campo, buscando
abrigo junto aos proprietários rurais. Esse processo, chamado de ruralização da
economia, contribuiu para a formação da sociedade feudal, que tinha a agricultura
como base da economia. Embora pudesse ocorrer algumas trocas de produtos entre
diferentes regiões, a maioria daquilo que era produzido destinava-se apenas
consumo dos habitantes do feudo.
Quando os reinos germânicos se
formaram a partir do século V, tornaram-se freqüentes as alianças entre reis e
nobres: o rei doava um feudo a um nobre e prometia protegê-lo em tempos de
guerra. O nobre, por sua vez, jurava obedecer ao rei e guerrear a seu lado. O nobre
que recebia um feudo tornava-se um senhor feudal, e detinha grande poder sobre
as pessoas que viviam em suas terras.
Conforme os senhores feudais
aumentava o tamanho de suas propriedades e reuniam o maior número de servos a
seu serviço, e ficavam cada vez mais poderosos. Esse processo resultou no
enfraquecimento dos reis e possibilitou que os nobres adquirissem maior
autonomia para administrar seus feudos. Eram os senhores feudais que ditavam as
suas regras e leis nesses territórios inclusive fazendo cumprir a justiça
através do seu próprio exército.
A sociedade feudal foi formada a partir
da combinação de tradições germânicas. O colonato, por exemplo, de origem
romana, consistia na obrigação dos trabalhadores rurais em entregar parte de
sua produção e de trabalhar alguns dias da semana nas terras do senhor, isto é,
do proprietário das terras. Durante o feudalismo, essa forma de trabalho
passaria a ser um tributo pago pelos camponeses, passando a ser chamado de
corvéia.
O juramento de fidelidade que os nobres feudais
prestavam entre si, por sua vez, era uma tradição germânica. Essa tradição teve
origem no comitatus, grupos de guerreiros armados formados pelos germânicos em
épocas de guerra. A relação de fidelidade entre senhor feudal e seus subordinados
ficaria sendo entre suseranos e vassalos
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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