Brasil Império – Escravidão
O fim do tráfico de escravos
Desde o século XVI em que o Brasil
era colônia de Portugal que havia a chegada de cativos africanos para os mais
diversos trabalhos. Desde o plantio da cana-de-açúcar, além do trabalho nas
minas de ouro e posteriormente no plantio e colheita de café. O trabalho
escravo era utilizado nos mais diferentes ofícios, além dos trabalhos
domésticos e os escravos de ganhos, vendedores de alimentos entre outros
produtos nas cidades.
Foi imprescindível a mão de obra
escrava para o desenvolvimento da colônia portuguesa. Não só pelo que rendiam
trabalhando, mas também pelo comércio envolvendo a metrópole considerando os
impostos pagos. Não era nada barato trazer os escravos da África para o Brasil,
portanto era um negócio bastante lucrativo para aqueles que realizavam essa
tarefa.
Desde a época da independência, governo
brasileiro vinha sofrendo pressões dos ingleses para acabar com o tráfico de
escravos. Porém, tanto o governo imperial quanto as elites agrárias brasileiras
acreditavam que a abolição do tráfico arruinaria a economia nacional, pois ela
estava baseada na mão de obra escrava.
As pressões inglesas, contudo,
aumentaram: em 1845, o Parlamento inglês decretou a Lei Bill Aberdeen, que
permitia à esquadra britânica aprisionar navios que praticassem o tráfico de
escravos. Com essa lei, a Marinha inglesa passou a abordar navios suspeitos de
tráfico de escravos no oceano Atlântico. Essa situação gerou vários conflitos
entre os governos do Brasil e da Inglaterra.
A pressão inglesa pelo fim do tráfico de escravos chegou ao extremo no caso do Incidente de Cormorant, ocorrido em 1850, em Paranaguá, litoral do Paraná. Nessa ocasião, uma embarcação inglesa invadiu a Baía de Paranaguá para capturar navios brasileiros carregados de escravos. Militares brasileiros e moradores inconformados com a invasão atacaram a embarcação inglesa.
Essa situação forçou o governo brasileiro a aprovar, em 1850, a Lei Eusébio de Queiroz, que abolia o tráfico internacional de escravos para o Brasil. essa lei interrompeu o fluxo de escravos da África para cá e criou dificuldades para o fornecimento de mão de obra para as regiões cafeeiras. Alguns advogados que defendiam as causas dos escravos chegaram a ganhar alguns processos já que houveram cativos desembarcados em portos clandestinos, mas o importante dessa lei foi tornar-se o início para o fim da escravidão décadas mais tarde.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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