Brasil Império
A Culinária no Brasil Império
O Brasil, desde o início da sua
colonização em 1500, teve uma grande contribuição de diversos povos em seu
território, formando a cultura brasileira mais tarde. Os indígenas que já
viviam no território e a chegada dos portugueses e africanos mais tarde aumentaram
ainda mais o mix de culturas que percebemos atualmente. Mas muito antes, no período
Imperial de nossa História já era bastante evidente principalmente na culinária
essa mistura de experiências e tradições dos mais diversos povos.
A culinária é apreciada por todas as
pessoas e classes sociais. Cada povo e cultura tem as suas especificidades e
preferências por comidas e ingredientes, sem falar nos temperos que produz aquele
gostinho especial. A família Imperial brasileira sabia o que era de melhor com relação
as receitas e os pratos mais deliciosos que se podia imaginar.
Os portugueses tinham o hábito de
comer muito bem, o que é demonstrado pela figura de D. João VI, muitas vezes
representado por um rei comilão, mas que soube se servir de cozinheiras
talentosas. Vários produtos chegavam ao Rio de Janeiro permitindo um requinte
na cozinha daqueles que tinham melhores condições financeiras e pudessem
comprar produtos importados como conservas, doces, frutos processados,
salsichas, presuntos, manteiga, queijo, chá e temperos. Poderia ter um alto
custo adquirir tais produtos, o que não impediu que aqueles sem condições
financeiras pudessem obter algo similar produzido no Império.
A canja de galinha, defendida por
muitos como uma receita trazida pelos portugueses da China quando estiveram por
lá, era bastante apreciada pelo Imperador D. Pedro II, defensor de que era
ótima para espantar doenças. Os estrangeiros que aqui passavam não admiravam
uma receita composta por “arroz com galinha”. Uma receita tão popular
atualmente não era popular e sim considerada sofisticada.
Já outra receita presente no livro
de receitas da família imperial era o “pudim de tapioca”. A tapioca é o
principal alimento dos indígenas brasileiros, extraída das suas plantações de
mandioca. Até fazer a farinha de tapioca é bastante trabalhoso mas que fazia
todos elogiarem essa receita servida para aqueles participavam de algum
banquete realizado pela família imperial. A mistura de pão de canela, ovos e
manteiga, combinado com o tempo certo de cozimento e logo após banho Maria fazia
com que fosse considerada a melhor das sobremesas.
As práticas culinárias é uma das melhores maneiras
de se reconhecer a identidade de um povo. No Brasil isso não foi diferente,
tendo suas receitas algo único, criado ou modificado podendo contar a nossa
história de todos que participaram desse processo, podendo citar a feijoada,
mistura de portugueses senhores de engenho com os africanos escravizados. O livro
de receitas utilizada pelas cozinheiras do Império além de contar a nossa
História, nos ensina sobre cultura, ingredientes além de cozinhar e comer o que
havia de mais gostoso.
Referências:
Canja
do Imperador: A influência de D. Pedro II na gastronomia brasileira. Disponível
em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-gastronomia-brasileira.phtml,
acessado em 16 de Novembro de 2020.
Fred Costa
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