segunda-feira, 16 de novembro de 2020

A Culinária no Brasil Império.

 Brasil Império

A Culinária no Brasil Império

            O Brasil, desde o início da sua colonização em 1500, teve uma grande contribuição de diversos povos em seu território, formando a cultura brasileira mais tarde. Os indígenas que já viviam no território e a chegada dos portugueses e africanos mais tarde aumentaram ainda mais o mix de culturas que percebemos atualmente. Mas muito antes, no período Imperial de nossa História já era bastante evidente principalmente na culinária essa mistura de experiências e tradições dos mais diversos povos.

          A culinária é apreciada por todas as pessoas e classes sociais. Cada povo e cultura tem as suas especificidades e preferências por comidas e ingredientes, sem falar nos temperos que produz aquele gostinho especial. A família Imperial brasileira sabia o que era de melhor com relação as receitas e os pratos mais deliciosos que se podia imaginar.

           Os portugueses tinham o hábito de comer muito bem, o que é demonstrado pela figura de D. João VI, muitas vezes representado por um rei comilão, mas que soube se servir de cozinheiras talentosas. Vários produtos chegavam ao Rio de Janeiro permitindo um requinte na cozinha daqueles que tinham melhores condições financeiras e pudessem comprar produtos importados como conservas, doces, frutos processados, salsichas, presuntos, manteiga, queijo, chá e temperos. Poderia ter um alto custo adquirir tais produtos, o que não impediu que aqueles sem condições financeiras pudessem obter algo similar produzido no Império.

           A canja de galinha, defendida por muitos como uma receita trazida pelos portugueses da China quando estiveram por lá, era bastante apreciada pelo Imperador D. Pedro II, defensor de que era ótima para espantar doenças. Os estrangeiros que aqui passavam não admiravam uma receita composta por “arroz com galinha”. Uma receita tão popular atualmente não era popular e sim considerada sofisticada.

          Já outra receita presente no livro de receitas da família imperial era o “pudim de tapioca”. A tapioca é o principal alimento dos indígenas brasileiros, extraída das suas plantações de mandioca. Até fazer a farinha de tapioca é bastante trabalhoso mas que fazia todos elogiarem essa receita servida para aqueles participavam de algum banquete realizado pela família imperial. A mistura de pão de canela, ovos e manteiga, combinado com o tempo certo de cozimento e logo após banho Maria fazia com que fosse considerada a melhor das sobremesas.

As práticas culinárias é uma das melhores maneiras de se reconhecer a identidade de um povo. No Brasil isso não foi diferente, tendo suas receitas algo único, criado ou modificado podendo contar a nossa história de todos que participaram desse processo, podendo citar a feijoada, mistura de portugueses senhores de engenho com os africanos escravizados. O livro de receitas utilizada pelas cozinheiras do Império além de contar a nossa História, nos ensina sobre cultura, ingredientes além de cozinhar e comer o que havia de mais gostoso.

Referências:

Canja do Imperador: A influência de D. Pedro II na gastronomia brasileira. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-gastronomia-brasileira.phtml, acessado em 16 de Novembro de 2020.

 

Fred Costa

 

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