As representações do Imperador romano Nero
Leia atentamente o texto abaixo.
É
difícil imaginar um personagem histórico mais insultado do que o imperador
romano Nero (37 d. C. – 68 d. C.). O clichê popular de que ele tocava [lira]
enquanto Roma pegava fogo – incêndio que teria causado por ele, o que não é
verdade – está tão entranhado que é a primeira coisa que se espera ver nessa
minissérie. Que apesar de não ficção, algo romantizada, não deixa de resgatar
um pouco a memória do sujeito.
A
enxurrada de filmes e séries de TV passadas na Rima antiga não poderia deixar
de lado esse personagem tão conhecido. Por isso deve ser uma surpresa para
muitos ver um Nero jovem e tentando ser um bom administrador, em vez da
caricatura de praxe de um glutão, sibarita (pessoa dada aos prazeres físicos) e
louco. [...] Quase tudo que sabemos dele vem de historiadores hostis que
pertencem à classe senatorial romana, com quem ele vivia às turras.
Nero
vem na lista, depois de Calígula, dos imperadores cruéis e amalucados. Por isso
outra, surpresa é ver que ele opunha à morte de gladiadores.
A
série coloca muita ênfase no relacionamento de Nero com uma ex-escrava, Cláudia
Acte. Não se sabe muito dela, o que deixou o roteirista mais livre.
Esse
amor algo romântico soa um tanto anacrônico (que está em desacordo com os usos
e costumes de uma época), mas é inegável que incrementou bem o enredo.
BONALUME NETO, R. Ficção resgata a memória de Nero.
Folha de São Paulo, 18 set. 2006. Ilustrada.
Referências:
BONALUME NETO, R. Ficção resgata a memória de Nero. Folha de São Paulo, 18 set. 2006. Ilustrada.
VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 275.
Fred Costa
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