Idade Média
As Cruzadas
No final do século XI, os cristãos
da Europa organizaram expedições militares para reconquistar dos turcos a “Terra
Santa”. Esse nome foi dado à Palestina, e, mais especificamente, à cidade de
Jerusalém, localizada no atual Estado de Israel. Os cristãos nomearam a região dessa
forma pois acreditam que foi lá que Jesus Cristo viveu. A cidade de Jerusalém
também é sagrada para judeus e muçulmanos.
O motivo alegado pelo papa Urbano II
para convocar a primeira Cruzada, em 1095, era expulsar os turcos que haviam
conquistado a Palestina e dificultado as peregrinações dos cristãos aos lugares
onde Jesus Cristo viveu.
Porém, além das questões religiosas, outros fatores impulsionaram as Cruzadas: a população havia aumentado e não existiam oportunidades de trabalho para todos. Assim, enviar essas pessoas para combater no Oriente em nome da fé cristã era também uma maneira de resolver os problemas populacionais da Europa.
Havia também muitos nobres que não
possuíam terras, pois as heranças costumavam ser transmitidas somente aos
filhos mais velhos. Muitos desses nobres sem terra acreditavam que poderiam
viver aventuras e conquistar riquezas no Oriente e, por isso, apoiaram as
Cruzadas. Os comerciantes europeus, por sua vez, apoiaram os cruzados, pois
tinham interesse em estabelecer novas relações comerciais com o Oriente.
Foram realizadas, ao todo, oito
Cruzadas. A primeira delas partiu da Europa, em 1096 e chegou a conquistar a
cidade de Jerusalém, em 1099. Esse domínio, porém, durou poucos anos. As outras
Cruzadas não tiveram grande êxito pela falta de planejamento, por
desentendimento entre seus líderes, entre outros motivos.
Apesar de não terem seus objetivos, as Cruzadas
tiveram conseqüências marcantes na sociedade feudal europeia. Elas contribuíram,
por exemplo, para intensificar as atividades comerciais na Europa. Os europeus
passaram a consumir vários produtos orientais, principalmente as especiarias,
como cravo, canela, gengibre e pimenta-do-reino. Além disso, a navegação no mar
Mediterrâneo, que era controlada pelos árabes, passou a ser realizada também
por mercadores europeus. Com o aumento do comércio, as cidades europeias
cresceram e muitos comerciantes europeus enriqueceram. Esses fatores
contribuíram para enfraquecer o poder dos nobres e desestruturar o sistema
feudal.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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