Suseranos e vassalos
Durante a Idade Média européia, as
relações de poder entre o rei, os senhores feudais e seus servos constituíam
laços individuais de proteção e de obrigação mútuas. Tais relações remontavam
às tradições tribais dos “bárbaros”, estabelecidas entre o guerreiro que dava
terra e proteção e aquele que prestava serviços e devia fidelidade.
Na ordem feudal, aqueles que
ofereciam proteção geralmente possuíam um exército à disposição, e eram
chamados suseranos ou Senhores. O principal
suserano de um reino era o próprio rei. Abaixo do rei vinham os Grandes
Senhores (duques, condes), abaixo destes estavam os Senhores com feudos menores
e, mais abaixo, os simples Cavaleiros. Os vassalos,
por sua vez, eram aqueles que juravam lealdade, oferecendo serviços militares,
entre outras tarefas.
Quase sempre os suseranos eram proprietários de uma
vasta área e distribuíam terras e cargos a seus vassalos em troca de um
juramento de fidelidade. Dentro de seu feudo, o vassalo passava a ser também um
suserano, distribuindo proteção e posses a parceiros que, por sua vez, se
transformavam em seus vassalos. Criava-se, assim, uma extensa cadeia de
obrigações e de lealdade entre Senhores, buscando garantir unidade e poder ao
grupo social.
O acordo entre as partes chamava-se contrato vassálico, raramente feito por
escrito. Em geral, ele era confirmado numa cerimônia em que o futuro vassalo
prestava homenagemn ao suserano e
depois fazia o juramento de fidelidade.
O suserano, por sua vez, fazia a investidura,
ou seja, entregava ao vassalo um punhado de terra ou outro objeto para
simbolizar a concessão do feudo.
Referências:
VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 7° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 20.
Fred Costa
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