terça-feira, 31 de março de 2020

Questão do IFG 2016 comentada - 1 Guerra Mundial

(IFG 2016)

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) encontra-se entre os acontecimentos mais trágicos da história mundial. Arrastou para o conflito as potências econômicas e bélicas da Europa e se desenvolveu tanto no continente europeu como fora dele. Calcula-se em cerca de 10 milhões o número de mortos nesse conflito.


Entre os fatores que colaboraram para a eclosão desse conflito destacam-se

A) a formação de grandes conglomerados econômicos que incitaram os governos ao conflito objetivando o controle econômico do leste europeu.
B) a política americana do Big Stick, que acelerou o conflito entre os países da América Latina e a Europa Ocidental.
C) a descolonização da África e da Ásia que atiçou o interesse das alianças militares e dos grupos econômicos pelo controle dessas regiões.
D) a disputa entre França e Inglaterra pela região da Alsácia-Lorena (grande produtora de carvão mineral) que, à essa época, pertencia à Alemanha.
E) a constituição da política de alianças militares, a exemplo da Tríplice Aliança e da Entente, que colocou em choque as potências européias, assim como a disputa imperialista entre os países europeus.


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A) a formação de grandes conglomerados econômicos que incitaram os governos ao conflito objetivando o controle econômico do leste europeu. Não se pode considerar esta alternativa como um dos motivos para a 1 Guerra Mundial, visto que não houve essa incitação aos governos a ponto de declarar uma guerra.
B) a política americana do Big Stick, que acelerou o conflito entre os países da América Latina e a Europa Ocidental. Não ocorreu envolvimento direto dos países da América Latina com a 1 Guerra Mundial como a alternativa propõe, ainda mais devido ao Big Stick (grande porrete), medida tomada pelos EUA aos países do Caribe em especial.
C) a descolonização da África e da Ásia que atiçou o interesse das alianças militares e dos grupos econômicos pelo controle dessas regiões. A descolonização da África e da Ásia estão cronologicamente após a 1 Guerra Mundial, apesar que a "Colonização" da África e Ásia arrolam-se em um dos motivos para a Guerra.
D) a disputa entre França e Inglaterra pela região da Alsácia-Lorena (grande produtora de carvão mineral) que, à essa época, pertencia à Alemanha. A disputa pela Alsácia-Lorena ocorreu entre França e Alemanha, não como cita a alternativa por países aliados como França e Inglaterra.
E) a constituição da política de alianças militares, a exemplo da Tríplice Aliança e da Entente, que colocou em choque as potências européias, assim como a disputa imperialista entre os países europeus. Justamente as alianças militares formadas antes do início do conflito, motivaram para que os países participassem da "Grande Guerra" como chamada à época.

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. É muito fácil estudar história, porém requer muita leitura e atenção! Espero poder ter ajudá-lo. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.

domingo, 29 de março de 2020

Governo Militar - Boicote ao Militarismo (discurso do deputado Márcio Moreira Alves).


Governo Militar

Boicote ao Militarismo

            No dia 2 de setembro de 1968, durante o pequeno expediente, momento da sessão na Câmara dos Deputados utilizados pelos deputados para fazerem breves comunicados, sobe a tribuna o deputado oposicionista do Movimento Democrático Brasileiro MDB pelo Rio de Janeiro, Márcio Moreira Alves, defendendo um "Boicote ao Militarismo".


            Em 1967 assumia indiretamente o segundo presidente do Governo Militar Costa e Silva, pertencente à ala considerada linha dura do algo comando militar. Paralelamente ao seu governo, diversos setores da sociedade protestavam, destacando-se o movimento estudantil, sendo violentamente repreendido. A primeira greve operária durante o governo militar aumentaram ainda mais os ânimos, prometendo o presidente que “toda ação tem uma reação”, ocorrendo uma intervenção nos sindicatos.

            Os ex-políticos cassados Carlos Lacerda, João Goulart e Juscelino Kubitschek criaram a Frente Ampla, buscando alternativas por mais democracia, sendo ela proibida pelo governo. Na comemoração do dia do trabalhador, o governador de São Paulo é alvo de um ataque violento por algumas pessoas. Já no Rio de Janeiro, são registradas na passeata 100 mil pessoas, contra o governo. Um carro bomba é jogado contra um quartel matando o jovem soldado Mário Kosel Filho.

            A temperatura política estava acima do normal. No dia 30 de agosto vários deputados denunciavam os excessos de violência. Três dias depois, o deputado oposicionista fazia o discurso que entraria para a história.

“Senhor presidente, Senhores deputados. Todos reconhecem, ou dizem reconhecer, que a maioria das Forças Armadas não compactua com a cúpula militarista, que perpetra violências e mantém este país sob regime de opressão. Creio haver chegado, após os acontecimentos de Brasília, o grande momento da união pela democracia. Este é também o momento do boicote. As mães brasileiras já se manifestaram. Todas as classes sociais clamam por esse repúdio à violência.

No entanto, isso não basta. É preciso que se estabeleça, sobretudo por parte das mulheres, como já começou a se estabelecer nesta Casa por parte das mulheres parlamentares da Arena, o boicote ao militarismo. Vem aí o Sete de Setembro. As cúpulas militaristas procuram explorar o sentimento profundo de patriotismo do povo e pedirão aos colégios que desfilem juntos com os algozes dos estudantes. Seria necessário que cada pai e cada mãe se compenetrassem de que a presença de seus filhos nesse desfile é um auxílio aos carrascos que os espancam e metralham nas ruas. Portanto, que cada um boicote esse desfile.

Esse boicote pode passar também às moças, aquelas que dançam com cadetes e namoram jovens oficiais. Seria preciso fazer hoje no Brasil com que as mulheres de 1968 repetissem as paulistas da Guerra dos Emboabas e recusassem a entrada à porta de sua casa aqueles que vilipendiam a Nação. Recusassem a aceitar aqueles que silenciam e, portanto, se acumpliciam.

Discordar em silêncio pouco adianta. Necessário se torna agir contra os que abusam das Forças Armadas falando e agindo em seu nome. Creio senhor presidente, que é possível resolver esta farsa, essa democratura, esse falso entendimento pelo boicote.

Enquanto não se pronunciarem os silenciosos, todo e qualquer contato entre civis e militares deve cessar, porque só assim conseguiremos fazer com que este país volte à democracia. Só assim conseguiremos fazer com que os silenciosos que não compactuam com os desmandos de seus chefes, sigam o magnífico exemplo dos 14 oficiais de Crateús que tiveram a coragem e a hombridade de publicamente se manifestarem contra um ato ilegal e arbitrário de seus superiores”.

            Segundo o próprio deputado, o discurso não passava de uma simples provocação. Porém as conseqüências foram desproporcionais principalmente as medidas tomadas pelo governo militar. Certamente foi um dos motivos para que fosse lamentavelmente decretado pelo Ato Institucional n° 5.

Fred Costa

           


terça-feira, 24 de março de 2020

Questão do Enem 2009.1 comentada - Governo Militar

(ENEM 2009.1)

“Boicote ao militarismo”, propôs o deputado federal Márcio Moreira Alves, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 2 de setembro de 1968, conclamando o povo a reagir contra a ditadura.


O clima vinha tenso desde o ano anterior, com forte repressão ao movimento estudantil e à primeira greve operária do regime militar.

O discurso do deputado foi a ‘gota d’água’. A resposta veio no dia 13 de dezembro com a promulgação do Ato Institucional n° 5 (AI 5).

(Ditadura descarada. In: Revista de História de Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4, n. 39, dez. 2008 – adaptado)

Considerando o contexto histórico e político descrito acima, o AI 5 significou:
A) a restauração da democracia no Brasil na década de 60.
B) o fortalecimento do regime parlamentarista brasileiro durante o ano de 1968.
C) o enfraquecimento do poder central, ao convocar eleições no ano de 1970.
D) o desrespeito à Constituição vigente e aos direitos civis do país a partir de 1968.
E) a responsabilização jurídica dos deputados por seus pronunciamentos a partir de 1968.


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A) a restauração da democracia no Brasil na década de 60. Não esta correta, pois justamente na década de 60 ocorreu o golpe civil-militar, ou seja, uma ruptura na democracia.
B) o fortalecimento do regime parlamentarista brasileiro durante o ano de 1968. Esta errada, pois continuou com o regime presidencialista, sendo que somente em 1963, anos antes, o país passou por uma breve experiência parlamentarista.
C) o enfraquecimento do poder central, ao convocar eleições no ano de 1970. O poder central ao contrário, estava fortalecido, principalmente após as medidas do AI 5.
D) o desrespeito à Constituição vigente e aos direitos civis do país a partir de 1968. A Constituição vigente não previa a supressão dos direitos civis, e o AI 5 apesar de ter força de lei, estava acima de todas as leis, sobrepondo-se da Carta Magna do país.
E) a responsabilização jurídica dos deputados por seus pronunciamentos a partir de 1968. Essa alternativa pode até parecer uma pegadinha, visto que o STF enviou para a Câmara dos deputados se licenciava o deputado para processá-lo, mas o foco do texto da questão é o AI 5 e suas consequências..


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. É muito fácil estudar história, porém requer muita leitura e atenção! Espero poder ter ajudá-lo.