sábado, 31 de julho de 2021

Documento Histórico - Como eram tratados os escravos na Grécia antiga

 Como eram tratados os escravos na Grécia Antiga

            O escravo na Grécia antiga era uma propriedade de seu dono. Eram seres humanos tratados como um objeto que podia ser comprado, vendido, alugado, doado segundo a vontade de seu senhor.

            Temos abaixo trechos de um tratado de fins do século IV a. C., atribuído ao filósofo grego Aristóteles e que talvez seja obra de um de seus discípulos.

            Ao lidarmos com escravos, não deveríamos permitir que fossem insolentes conosco, nem deixá-los totalmente sem controle. Aqueles cuja posição está mais próxima da dos homens livres deveriam ser tratados com respeito; aqueles que são trabalhadores deveriam receber mais comida.

          Há três coisas: trabalho, punição e comida. O fato de ter comida mas não trabalho e punição torna o escravo insolente, dar-lhe trabalho e punição sem comida é um ato de violência e o debilita. A alternativa é dar-lhe trabalho para fazer e comida suficiente. Não é possível dirigir alguém sem recompensá-lo, e a comida é a recompensa do escravo.

            É essencial que cada escravo tenha uma finalidade claramente definida. É tanto justo e vantajoso oferecer liberdade como um prêmio [...]. também deveríamos deixar que tenham filhos que sirvam como reféns; e, como é de costume nas cidades, não deveríamos comprar escravos das mesmas origens étnicas.

CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho compulsório na antiguidade: ensaio introdutório e coletânea de fontes primárias. Rio de Janeiro: Graal, 2003. p. 120-121.

Referências:

CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho compulsório na antiguidade: ensaio introdutório e coletânea de fontes primárias. Rio de Janeiro: Graal, 2003.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 239.

 

Fred Costa

sexta-feira, 30 de julho de 2021

A Reforma Protestante

 Idade Moderna – Reforma Religiosa

A Reforma Protestante

        As denúncias sobre comportamentos considerados inadequados ou imorais de membros da Igreja já aconteciam na Baixa Idade Média, especialmente desde o século XIV. Seus autores pretendiam conter os abusos da instituição e torná-la mais próxima dos fiéis. Destacam-se, entre esses precursores, John Wyclif e John Huss, ambos professores universitários.

         Wyclif condenou a venda de indulgências (pagar pelo perdão dos pecados) e defendeu a formação de uma Igreja nacional, em oposição ao poder “universal” de Roma, de onde o papa controlava as ações do clero de toda a Europa. Wyclif também insistiu na autoridade suprema das Sagradas Escrituras, destacando que a opinião da Igreja não substituía a leitura da Bíblia. John Huss retomou essas propostas e, em sua crítica à Igreja de Roma, ressaltou que ninguém poderia representar Cristo ou São Pedro se não os imitasse em seus costumes. Huss acabou morrendo queimado vivo, devido suas ideias indo contra o que defendia a Igreja Católica.

          Outros fatores que incentivaram a insatisfação com a Igreja Católica foram os reis e nobres, que eram grande proprietários de terras. A arrecadação de impostos realizados pela Igreja Católica acabaram desagradando essa parcela da sociedade, aumentando o descontentamento com a igreja. Já a burguesia anda insatisfeita devido suas atividades comerciais serem consideradas pecaminosas já que tinham por objetivo almejar o lucro. A intervenção da fé católica nos negócios fizeram com que grandes comerciantes apoiassem posteriormente os protestantes.

         Algumas questões teológicas também fizeram com que a Igreja entrasse em choque. A teologia que colocava os padres e bispos como sendo os orientadores dos fiéis sobre qual o melhor caminho a ser seguido, principalmente o da salvação, fazia com que aumentasse o poder de influência da Igreja, o que seria diferente pregado pelos reformadores protestantes. Já a corrupção moral que envolveu o clero, como a venda do perdão pelos pecados cometidos, foi o golpe final, permitindo que a sociedade e membros do clero refletissem e agissem para impedir os mal feitos realizados pela Igreja.

         Martinho Lutero, monge e professor universitário, passou a discordar fortemente das práticas realizados pela Igreja. A venda de indulgência foi o grande ápice para que passasse a discordar do clero católico, havendo graves consequências contra ele como um pedido de desculpas, o que não ocorreu pela parte de Lutero, culminando com o fato de ser excomungado (expulso) pela Igreja. Suas ideias permitiram com que uma nova doutrina surgisse, inicialmente com algumas diferenças realizadas pelos padres, mas com novas ideias relacionados principalmente coma salvação do indivíduo que passaria a ser pela fé.

A partir de Martinho Lutero, boa parte da população europeia saiu da influência da Igreja Católica e aderiu ao protestantismo. Outros reformadores acabam surgindo, aderindo as ideias de Lutero como Calvino, criando ou aprimorando os dogmas sempre com os mesmo princípios, diferenciando-se da Igreja Católica nos ritos e questões teológicas. O século XVI mudaria a História religiosa europeia, que influenciou na sociedade e economia.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico, História, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: Scipione, 2016.

 

Fred Costa

 

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Questão do IFG 2018 comentada - Reforma Protestante

IFG (2018) Reforma Protestante

A liberdade do cristão (De Libertate Christiana) é o título de uma das obras de Martinho Lutero, datada do ano 1520. Leia os trechos desta obra a seguir:

“[...] Obras boas e justas jamais fazem um homem bom e justo, mas um homem bom e justo faz boas obras [...] Obras más não fazem um homem mau, mas um homem mau faz más obras [...]

[...] aquele que não tem fé não pode tirar proveito de nenhuma boa obra para se justificar e assegurar sua salvação. Em contrapartida, não é nenhuma de suas obras más que o tornam mau nem o condena, mas sua falta de fé que torna a pessoa e a árvore má e que faz obras más e malditas. Por isso, para se tornar justo ou mau, não se começa pelas obras, mas pela fé [...]”

Disponível em: http://teologia-vida.blogspot.com.br/2007/12/liberdade-do-cristo-de. Acesso em: 3 fev. 2015.

Na concepção de Lutero presente nos trechos acima, a salvação do homem é alcançada

a) pela obtenção do perdão, como a compra de indulgência.
b) por algumas pessoas que já possuem a salvação garantida: estas recebem sinais, como a justiça.
c) por meio de ações sociais e justas, como a caridade.
d) por meio da fé.


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a) pela obtenção do perdão, como a compra de indulgência. Era exatamente o contrário, não seria pagando que obteria perdão pelo pecado.
b) por algumas pessoas que já possuem a salvação garantida: estas recebem sinais, como a justiça. Não existia para Martinho Lutero salvação garantida, e sim pela fé.
c) por meio de ações sociais e justas, como a caridade. Não era prática do Martinho Lutero a prática da caridade.
d) por meio da fé. Martino Lutero defendia que a Salvação seria pela fé, e não vendendo indulgências (perdão pelo pecado).

Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Muito fácil essa questão, tanto por ser bastante explorada em sala de aula, como por sempre ser abordada nas séries seguintes. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários. 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Questão do Enem 2009.2 comentada - Totalitarismo.

Enem (2009.2) Totalitarismo

A primeira metade do século XX foi marcada por conflitos e processos que a inscreveram como um dos mais violentos períodos da história humana.

Entre os principais fatores que estiveram na origem dos conflitos ocorridos durante a primeira metade do século XX estão:

A) a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e do totalitarismo.
B) o enfraquecimento do império britânico, a Grande Depressão e a corrida nuclear.
C) o declínio britânico, o fracasso da Liga das Nações e a Revolução Cubana.
D) a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o expansionismo soviético.
E) a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a unificação da Alemanha.


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A) a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e do totalitarismo. Após a Primeira Guerra Mundial ocorre a crise das colônias europeias na África e Ásia devido ao enfraquecimento dos países na guerra, e os movimentos nacionalistas que levariam Itália e Alemanha ao totalitarismo.
B) o enfraquecimento do império britânico, a Grande Depressão e a corrida nuclear. O último item dessa alternativa, corrida nuclear, ocorreu após a segunda metade do século XX.
C) o declínio britânico, o fracasso da Liga das Nações e a Revolução Cubana. O último item dessa alternativa, Revolução Cubana, ocorreu após a segunda metade do século XX.
D) a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o expansionismo soviético. O segundo item dessa alternativa, terceiro-mundismo, ocorreu após a segunda metade do século XX.
E) a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a unificação da Alemanha. O último item dessa alternativa, unificação da Alemanha, ocorreu após a segunda metade do século XIX.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão foge bastante do padrão do ENEM ao cobrar do estudante uma ordem cronológica dos fatos, relacionando a primeira metade do século XX. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários. 

terça-feira, 27 de julho de 2021

Questão do IFG 2009 comentada - Independência das 13 Colônias Inglesas

IFG (2009) Independência das 13 Colônias Inglesas

A Independência das Treze Colônias Inglesas na América e a Inconfidência Mineira estão ligadas pelos ideais da Revolução Francesa. A Independência dos EUA em relação à Inglaterra influenciou o percurso da Revolução Francesa que influenciou o movimento dos inconfidentes, que queriam libertar-se do jugo da Coroa Portuguesa.

Sobre esses dois movimentos, assinale a alternativa correta.

a) Configuraram-se como uma primeira tentativa de instalação de um regime socialista anticolonial, o que contrariava seriamente os interesses dos comerciantes.
b) Destacaram-se pela defesa da escravidão, manutenção da monocultura e instalação de um governo que representasse todos os segmentos da sociedade.
c) Foram influenciados pelos filósofos iluministas, que buscaram a emancipação política e ideológica do homem, libertando-o das antigas tradições absolutistas dos séculos anteriores.
d) Consolidaram o latifúndio, que ficou a cargo das elites religiosas.
e) Embora tenham adotado os ideais iluministas, mantiveram o interesse pela manutenção do Estado Absolutista, por não possuírem um modelo ideal de Estado pautado nas novas idéias.


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a) Configuraram-se como uma primeira tentativa de instalação de um regime socialista anticolonial, o que contrariava seriamente os interesses dos comerciantes. Naquele período ainda não havia sido desenvolvida as ideias socialistas.
b) Destacaram-se pela defesa da escravidão, manutenção da monocultura e instalação de um governo que representasse todos os segmentos da sociedade. Os ideais defendidos pelos iluministas como liberdade, representava o sentimento contra a escravidão, apesar de não ter sido colocado em prática.
c) Foram influenciados pelos filósofos iluministas, que buscaram a emancipação política e ideológica do homem, libertando-o das antigas tradições absolutistas dos séculos anteriores. Foi o Iluminismo que influenciou os movimentos de independência e contra o absolutismo.
d) Consolidaram o latifúndio, que ficou a cargo das elites religiosas. Não havia nos ideais iluministas nada que defendiam o latifúndio, principalmente a cargo das elites religiosas.
e) Embora tenham adotado os ideais iluministas, mantiveram o interesse pela manutenção do Estado Absolutista, por não possuírem um modelo ideal de Estado pautado nas novas idéias. Os ideais iluministas eram totalmente contra o Estado Absolutista, sendo que os dois não combinam.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão é fácil, pois o iluminista é um tema bastante abordado pelos professores e de fácil entendimento. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários. 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

A popularidade e impopularidade do Conde D´Eu, esposo da princesa Isabel

 Brasil Império – II Reinado

A popularidade e impopularidade do Conde D´Eu esposo da princesa Isabel

        Conforme o tempo ia passando no II Reinado durante o Brasil Império e as doenças que acometiam o Imperador D. Pedro II, boa parte da sociedade passou a se preocupar com o futuro. A sucessão do Imperador passou a ser o tema nas rodas de conversas, debates políticos e na imprensa. Como os filhos homens faleceram na infância, e a sua filha mais velha, a princesa Isabel era casada com um francês fizeram com que a desconfiança aumentasse.

         O Gastão de Órleans (conde D´Eu), casado com a princesa Isabel era considerado uma pessoa nada agradável. Muitas caricaturas na mídia faziam referência e ele como alguém que tratava as pessoas mal, assim como corriam as notícias que os seus subordinados não gostavam dele. Logo após o seu casamento, participou da Guerra do Paraguai liderando o desfecho final desse conflito, compartilhando das críticas feitas ao imperador por prolongar uma guerra já vencida.

          Sua participação na Guerra do Paraguai, mesmo não sendo sua intenção participar desse conflito, de início pode até ser elogiada. Demitiu muitos oficiais brasileiros acusado de saquearem cidades e casas paraguaias que haviam sido dominadas pelos brasileiros. Segundo o próprio Taunay o conde era um grande estrategista além de ser corajoso. Percebemos um conflito nas narrativas a favor e contra o Conde D´Eu, quando retornou da guerra, foi recebido como um herói no Rio de Janeiro.

          O fato de ser neto de Luís Filipe I da França, fez com que ao se casar com a princesa Isabel, renunciasse aos seus direitos de ser sucessor do trono francês. Comenta-se que tentou participar das decisões do Império, aconselhando o Imperador, apesar que D. Pedro II não gostava de tratar sobre esses assuntos com sua filha e o genro. Fatos como esse causou desavença sendo preciso a intervenção da princesa Isabel agir para amenizar a situação entre ambos. Afastado da política imperial, resolveu agir em outro ramo como grande incentivador da arte e educação brasileira.

            Muitos elogios são direcionados ao Conde D´Eu, inclusive por republicanos que derrubariam o Império brasileiro. O fato de um republicano adepto do positivismo ter educado os seus filhos demonstra que não levava em conta a ideologia se o mérito fosse de alguém inteligente e capaz de poder educar os seus filhos. Visitou diversas províncias do Império, como o Sul, Nordeste e Norte, sendo recebido em Manaus por diversos deputados provinciais, liderando uma comitiva que instalou o Museu Botânico do Amazonas.

            Muito da impopularidade atribuída ao Conde D´Eu deve-se aos republicanos que precisavam de alguém para atacar. O desgaste da Guerra do Paraguai causado ao Império e por ter permanecido até o final foi o início desses ataques. Seu sotaque francês, fazia com que fosse tratado como um estrangeiro na corte, criando para si diversas calúnias e difamações. Um antigo casarão que sua propriedade e com o tempo acabou virando um cortiço, que possuía uma grande cabeça de porco, até hoje é lembrada por diversos historiadores e contribuem para manter essa imagem impopular de alguém que tanto contribuiu com a princesa Isabel em suas ações a favor do abolicionismo.

Referências:

DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

 

Fred Costa

 

domingo, 25 de julho de 2021

Documento Histórico - As eleições na Grécia Antiga, segundo Plutarco

 As eleições na Grécia Antiga, segundo Plutarco

            Plutarco (46 d. C. - 120 d. C.) foi um importante filósofo grego. Leia um trecho a seguir em que ele descreve como eram feitas as eleições numa cidade da Grécia antiga.

         Quanto ao Conselho dos Anciões, foi o próprio Licurgo que, como eu já disse, nomeou os primeiros membros, e estes foram os associados de sua empresa.

            Para o futuro, o membro falecido deveria [...] ter por sucessor o cidadão de mais alto valor entre os homens idosos de mais de sessenta anos. [...]

            A escolha se fazia da seguinte maneira: reunia-se a Assembleia, designavam-se os homens que se recolheriam em uma casa vizinha. Eles não podiam ver, nem serem vistos. Somente o clamor da Assembleia chegava a seus ouvidos. Era através de gritos, neste caso, como tudo o mais, que eles julgavam os concorrentes. Estes não eram introduzidos todos juntos, mas, após o sorteio, um de cada vez atravessava em silêncio a Assembleia. Os membros do júri, fechados, tinham pranchetas, onde inscreviam para cada concorrente a amplitude do clamor. Eles ignoravam de quem estava se tratando, sabendo somente que se tratava do primeiro, do segundo, do terceiro e assim por diante. Aquele que tivesse recebido as aclamações mais prolongadas e mais calorosas, eles o proclamavam eleito.

PLUTARCO. Vidas paralelas. Tomo I, Licurgo, parágrafo XXVI.

Referências:

PLUTARCO. Vidas paralelas. Tomo I, Licurgo, parágrafo XXVI.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 227.

 

Fred Costa

sábado, 24 de julho de 2021

Conheça mais à História - As mulheres de Atenas

 As mulheres de Atenas

      As atenienses não podiam participar da vida política. Como era comum em toda a Grécia, elas estavam inicialmente subordinada ao país, e depois, aos maridos. O casamento, praticamente obrigatório, era organizado pelos pais dos noivos. Geralmente, a mulher se casava aos 14 anos, e o homem, aos 30. A jovem era desligada de sua família e entregue ao futuro marido. O casamento era concretizado com a condução da mulher à nova residência num cortejo com cantos religiosos.

     O casamento tinha como objetivo a geração de filhos, especialmente do sexo masculino, para assegurar a descendência e garantir a manutenção dos bens familiares. Em caso de esterilidade, que se acreditava ser apenas da mulher, o casamento podia ser anulado.

      Embora dependentes dos maridos e excluídas do exercício político, as mulheres desempenhavam um importante papel nos ritos da comunidade. A religiosidade tinham muita importância na pólis e era nesse campo que as mulheres encontravam seu espaço de força e reconhecimento na sociedade ateniense.

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 221.

 

Fred Costa

domingo, 18 de julho de 2021

Documentos Históricos - A Odisseia de Ulisses

 A Odisseia de Ulisses

         O trecho abaixo é parte da obra Odisseia, atribuída ao poeta grego Homero. Telêmaco, o personagem citado abaixo era filho de Ulisses, herói que havia lutado na Guerra de Troia e que os deuses impediam de retornar à sua casa, na ilha de Ítaca.

         Ao raiar da Aurora, de dedos rosados, Telêmaco vestiu-se, calçou suas sandálias e pendurou sua espada no ombro.

         Mandou que os arautos avisassem a população de que todos os habitantes da ilha deveriam se dirigir à ágora. E, levando seus cães, encaminhou-os à praça, onde a população estava reunida.

         Ele vinha tão bonito e tão imponente que lhe deram a cadeira de Ulisses, que fazia o papel de um verdadeiro trono.

      Telêmaco então dirigiu-se à assembléia, dizendo que precisava de ajuda de todos os habitantes de Ítaca.

           - De fato – disse ele – uma dupla desgraça abateu-se sobre mim. Perdi meu pai, que outrora foi rei desta ilha e vejo minha casa sendo ameaçada de ruína. Alguns pretendentes à mão de minha mãe, em lugar de falar com o pai dela, de cobri-la de presentes, como é hábito, meteram-se na minha casa já faz muito tempo e estão consumindo nossos rebanhos e nosso vinho de tal maneira, que botam em perigo meu próprio futuro. Sou muito jovem para acabar com isso, peço portanto aos habitantes da ilha que percebam minha aflição e me ajudem.

         Todos se penalizaram com a situação, menos, é claro, os causadores dos problemas de Telêmaco.

            Antínoo, que era um dos mais ousados pretendentes, reagiu violentamente!

         - Como se atreve a falar conosco dessa forma? A culpa pelo que está acontecendo não é nossa. É de sua própria mãe, que não resolve de uma vez com qual de nós vai se casar e fica dando uma porção de desculpas. [...] O que você tem que fazer, já que sua mãe está viúva, é devolvê-la ao pai, e ela que resolva com quem vai se casar.

ROCHA, Ruth. Ruth Rocha conta a Odisséia. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. p. 18-19.

Referências:

ROCHA, Ruth. Ruth Rocha conta a Odisséia. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 198-199.

 

Fred Costa

sábado, 17 de julho de 2021

Conheça mais à História - O cavalo de Troia

 O cavalo de Troia

         Troia ficava na Ásia Menor, no mar Egeu. A Ilíada conta que a cidade tinha muralhas instransponíveis e um exército que anulava as investidas gregas. Escavações arqueológicas indicam, porém, que não existiu apenas uma Troia, mas nove. Cada cidade foi construída sobre os escombros da anterior. É Troia II que corresponde ao período em que se passa a Ilíada. Contudo, ainda não existem provas definitivas de que uma guerra entre gregos e troianos realmente tenha ocorrido no século XII a. C.

            Segundo o texto de Homero, os gregos criaram uma estratégia criativa para furar as defesas da cidade: após seguidos ataques, deixaram um gigantesco cavalo de madeira na frente dos portões de Troia. Dentro dele, alguns soldados gregos escondidos.

            Os troianos levaram o cavalo para dentro da cidade e iniciaram grandes comemorações por mais uma vitória. À noite, os soldados que estavam escondidos saíram do cavalo, mataram as sentinelas e abriram os portões. O exército grego entrou e arrasou a cidade. O cavalo e a queda de Troia originaram a expressão “presente de grego”, no sentido de presente que traz aborrecimento a quem o recebe. Você conhecia essa expressão?

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 210.

 

Fred Costa

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Questão do Enem 2016.2 comentada - Brasil Império (fim da monarquia)

Enem (2016.2) Fim do Império

“Precauções que aconselhamos à Sua Alteza, o Sr. Conde D´Eu, quando tiver de visitar escolas. Se Sua Alteza imitasse o seu augusto sogro, Dom Pedro II, não teria nunca ocasião de contestar fatos históricos”. 

(AGOSTINI. A. Revista Ilustrada, n. 309. 29 jul. 1882)

 Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por:

A) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real.
B) atividades intensas realizadas pelo Conde D´Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico.
C) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu genro.
D) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político.
E) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde D´Eu assumisse o governo.


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A) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real. Não havia esses debates conforme indicado pela alternativa e sim um desgaste da Monarquia diante da pressão republicana.
B) atividades intensas realizadas pelo Conde D´Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico. A participação do Conde D´Eu se tornou frequente em uma série de eventos mas não é esse o intuito da charge.
C) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu genro. Não houveram essas revoltas populares nas escolas conforme é indicado na alternativa.
D) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político. As críticas da Imprensa em cima do Conde D`Eu, genro de D. Pedro II se dava pelo fato dele suceder o Imperador brasileiro após sua morte e o fato dele ser impopular.
E) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde D´Eu assumisse o governo. Mesmo com a velhice de D. Pedro II e sua falta de tato para a política, não houve essa articulação para que o Conde D´Eu assumisse o governo.


Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão é bastante difícil de resolvê-la, levando em conta que não é um assunto abordado nos livros didáticos e apenas em uma seleta literatura sobre a monarquia imperial. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.