Brasil Colônia –
Escravidão (religiosidade)
A Cristianização dos Escravos na Colônia
Os africanos que vieram para o
Brasil trabalharem nas lavouras servindo como mão-de-obra, além de serem
obrigados a trabalharem, também deveriam ser devotos do catolicismo. Muitos
historiadores já contavam que ao embarcarem nos navios negreiros já recebiam um
nome bíblico. Mesmo assim não deixaram de praticar a sua cultura e
religiosidade.
A prática do calundu (crença no sobrenatural,
adivinhações e curandeirismo), foram um dos primeiros cultos africanos em
terras brasileiras. Não só os africanos como também diversos membros da
sociedade, incluindo homens brancos. O curandeirismo usando ervas, mostrou-se
eficiente na ausência de médicos.
Para facilitar na cristianização dos escravos,
pensaram em maneiras de que houvesse identificação com a religião cristã. Os
santos negros cumpriram o seu papel na necessidade dessa devoção. Foi grande a
aceitação dos escravos pelos santos: São Benedito, Santo Antônio de Categeró ou
Noto, Santo Elesbão e Santa Efigênia.
A história de vida desses santos foram contadas como
se fosse uma doutrina a serem seguidas. As virtudes praticadas em vida, assim
como obediência a religião católica servia a um ideal de vida. Santo Antônio de
Noto abdicou do islamismo para se tornar cristão.
Várias irmandades religiosas negras foram criadas.
Permitia-se que aumentassem a quantidade de devotos escravos. Mesmo a
discriminação contra os negros e a construção de igrejas somente para os
escravos, os padres cumpriram o seu papel ao ensinar a religião cristã,
realizar casamentos e batizados.
Mesmo com o esforço da Igreja Católica pela
disseminação do cristianismo não impediu que práticas religiosas como o
Candomblé ocorresse. O culto aos orixás (deuses da natureza) foram realizados
assim como uma forma de resistência que foi o sincretismo (forma de enganar os
senhores de engenho, trocando o culto aos santos católicos pelos orixás). Após
o fim da escravidão a mistura das tradições africanas, indígenas e católicas,
culminando com o surgimento no Brasil da Umbanda.
Referências:
OLIVEIRA;
A. J. Negra Devoção. Revista de
História da Biblioteca Nacional, n° 20, maio 2007.
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo:
Scipione, 2015.
Fred Costa
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