domingo, 26 de abril de 2020

Era Vargas - Estado Novo e a Queima das bandeiras estaduais


Era Vargas – Estado Novo


Estado Novo e a Queima das bandeiras estaduais

       A Era Vargas compreende o período de 1930 até 1945. Getúlio Vargas foi responsável por derrubar a Política dos Governadores ou República do Café com Leite, após intensas narrativas durante as eleições de 1930. Após assumir o poder, continuou por um período turbulento de intervencionismo até o período Constitucional a partir de 1934.

         O segundo período da Era Vargas, Constitucional, sucedeu 4 anos de governo Provisório. O país parecia voltar a normalidade, sob uma nova constituição com várias conquistas principalmente para os trabalhadores. Porém, o mandato do presidente tinha data para terminar, mas um falso plano em que judeus comunistas queriam tomar o poder (Plano Cohen) justificou um golpe de Estado praticado pelo Getúlio Vargas com poderes ditatoriais.


O estado Novo, anunciado em 10 de Novembro de 1937, buscou-se um “Estado forte e centralizado”, o que se mostrou uma ditadura. A Constituição de 1937, no seu artigo 2° dizia: “A bandeira, o hino, o escudo e as armas nacionais são de uso obrigatório em todo o País. Não haverá outras bandeiras, hinos, escudos e armas. A lei regulará o uso dos símbolos nacionais”. O evento conhecido como “queima das bandeiras estaduais”, foi uma cerimônia realizada na Praça Roosevelt no Rio de Janeiro no dia 27 de Novembro de 1937, pelo então presidente do Brasil.

A solenidade cívica de comemoração da festa da bandeira. As bandeiras dos estados foram cremadas. Várias personalidades, ministros e o corpo diplomático estavam presentes. Após a missa campal, Getúlio Vargas, hasteou a bandeira do Brasil ao mesmo tempo em que 22 mastros eram hasteados com o pavilhão nacional. Em uma pira, as bandeiras estaduais foram cremadas.


O ministro da Justiça, Francisco Campos, discursou após a queima das bandeiras: “Bandeira do Brasil, és hoje a única hasteada. Hasteada a esta hora em todo o território nacional, única e só, não há lugar no coração dos brasileiros para outras flâmulas, outras bandeiras, outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do Brasil e decretaram desta vez com determinação de não sentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo, que o Brasil é uma só pátria e que não há lugar para outro pensamento do Brasil, nem espaço e devoção para outra bandeira que não seja esta, hoje hasteada por entre as bênçãos da Igreja e a continência das espadas e a veneração do povo e os cantos da juventude. Tu és a única, porque só há um Brasil – em torno de ti se refaz de novo a unidade do Brasil, a unidade de pensamento e de ação, a unidade que se conquista pela vontade e pelo coração, a unidade que somente pode reinar quando se instaura pelas decisões históricas, por entre as discórdias e as inimizades públicas, uma só ordem moral e política, a ordem soberana, feita de força e de ideal, a ordem de um único pensamento e de uma só autoridade, o pensamento e a autoridade do Brasil”.


Considerando a escalada autoritária do Varguismo adotando práticas políticas que continham os interesses regionais foi uma das características do Estado Novo. Esse período ditatorial culminou com grande exaltação ao civismo, principalmente em torno do líder Getúlio Vargas. Este que tinha como inspiração Adolf Hitler, expoente do nazismo.

Referências:

Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de Novembro de 1937.

Enem – Geografia e História. São Paulo: Edicase, 2019.

Estado Novo - Cremação da bandeiras estaduais, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=bVWeFulc7pI, acessado em 26 de Abril de 2020.

InfoEscola, disponível em https://www.infoescola.com/historia/queima-das-bandeiras-estaduais/, acessado em 25 de Abril de 2020.



Fred Costa

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