República Velha
Transformações econômicas na República Velha devido a 1ª Guerra Mundial e Quebra da Bolsa de Nova York
Durante o século XIX, período que o Brasil
era Império, inseriu-se ao capitalismo como grande exportador. Principalmente a
partir da metade do século XIX. Com o advento da produção cafeeira, vendia-se
para o mercado consumidor europeu e americano. Porém, era um grande importador
de produtos industrializados, haja vista possuírem poucas indústrias.
Mesmo recebendo uma grande soma de investimentos e
empréstimos estrangeiros, oriundos da Inglaterra, tais recursos não foram
destinados à industrialização do país. Esses capitais foram investidos em
melhorias para o país, como a instalação de estradas de ferro e serviços
públicos como abastecimento de água, rede de esgoto e iluminação pública. Poucas
pessoas foram beneficiadas com essas medidas e a maioria da população continuou
vivendo em situações precárias.
Com a Proclamação da República, a produção cafeeira
cada vez mais aumentava, tornando São Paulo em um grande estado produtor. A política
nacional era comandada por esses agentes, donos de muitas propriedades
produtoras de café, que voltavam seus interesses e ajudas econômicas para o
campo. Essa forma de política fez com que essas elites agrárias permanecessem
no poder por mais de 30 anos no que viria a ser chamada de “Política dos
Governadores” ou “República do Café com Leite”.
Quando ocorre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918),
todas as indústrias dos países europeus envolvidos se voltam para a produção de
armas, munições, fardamentos e suprimentos. O Brasil deixava de importar como
antes vinha ocorrendo, surgindo aí uma grande oportunidade para investir na
indústria nacional. Cabe destacar a vinda dos imigrantes que trabalhariam
nessas fábricas e indústrias, sem uma moderna legislação trabalhista, sofrendo
com intensa jornada de trabalho, baixos salários e locais insalubres.
A sociedade industrial brasileira, que se
fortaleceria na década de 1920, buscaria uma maior participação política. Movimentos
como o tenentismo, se somariam aos comerciantes contra os oligarcas, detentores
do poder.
A Quebra da Bolsa de Nova York (1929) trouxe uma
grande crise econômica para o Brasil. o preço do café que despencava, diminuiu
as exportações, levando muitos agricultores a falência. Mesmo com as medidas
por Vargas, como a queima do café, fazendo subir o seu preço, mostrou a necessidade
de mais investimentos na indústria nacional, iniciada muitos anos antes graças
aos recursos derivados da exportação do café.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIAS, Adriana e GRINBERG, Keila. Vontade
de Saber História, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
SCHNEEBERGER,
Carlos Alberto. Manual Compacto de
História: ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2010.
Fred Costa
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