Idade Contemporânea
As Origens da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial foi um
conflito em precedentes na história. A quantidade de pessoas mobilizadas e a
utilização de armas com poder destrutivo nunca antes visto, levaram os
especialistas em história militar a chamar o conflito de “guerra total”. De acordo
com alguns estudiosos, várias motivações da Segunda Guerra Mundial tiveram
origem após a Primeira Guerra Mundial. Isso porque as cláusulas estabelecidas
pelo Tratado de Versalhes, em 1919, não solucionaram os fatores que motivaram
aquele conflito e lançaram as sementes para a Segunda Guerra Mundial.
Diante das atrocidades ocorridas na Primeira Guerra Mundial, os governos de muitos países, como França, Inglaterra e Estados Unidos (EUA), adotaram uma diplomacia baseada na chamada política de “apaziguamento”. Segundo essa proposta, os governantes desses países buscariam manter a paz entre as nações por meio da diplomacia. Eles sabiam que a paz era importante para reerguer a economia dos países europeus, arrasada pela guerra. No entanto, cada nação adotou uma atitude diferente.
Os governantes da França afirmavam que era necessário respeitar o Tratado de Versalhes. Para alguns grupos políticos ingleses, entretanto, era preciso rever alguns pontos do tratado, devido ao excesso de cláusulas punitivas impostas à Alemanha. Já os governantes dos EUA, que havia sem recusado a assinar o Tratado de Versalhes, preferiam adotar uma política não só pacifista, mas também isolacionista, procurando não interferir nas questões envolvendo países europeus, conforme era defendido pela opinião pública estadunidense.
De acordo com o Tratado de
Versalhes, a Alemanha foi considerada a principal responsável pela Primeira
Guerra Mundial. Além de pagar altas indenizações e perder suas colônias na
África, os alemães foram proibidos de possuir marinha de guerra e força aérea
e, também, tiveram seu exército limitado a cem mil homens. Além disso, com a
criação da Tchecoslováquia e da Polônia, a Alemanha perdeu boa parte de seu
território e mais de três milhões de habitantes. Essas imposições, reconhecidamente
humilhantes até por inimigos declarados da Alemanha, como os soviéticos,
geraram um sentimento de revanche nos alemães, que encontraram na figura de
Adolf Hitler um líder para canalizar esse sentimento.
Desde que chegaram ao poder, em
1933, os nazistas iniciaram um governo autoritário, centralizando o poder do
Estado nas mãos do ditador Adolf Hitler. Eles adotaram medidas xenófobas,
criando leis de exclusão para estrangeiros, particularmente o que eram judeus. Em
seus discursos embasavam seu nacionalismo extremado no pangermanismo, que é a idéia
de que todos os povos de origem germânica deveriam se unir em uma única nação,
a Grande Alemanha, chamada pelos nazistas de Terceiro Reich. Com isso, eles
buscavam estimular nos alemães a idéia de que deveriam participar dos projetos
expansionistas de invasão de territórios estrangeiros habitados por povos
germânicos.
Para fortalecer o poder do Estado e controlar os
movimentos operários, o governo alemão realizou grandes investimentos nos
setores produtivos do país. O desemprego foi praticamente eliminado com a
disponibilização de postos de trabalho em grandes obras públicas. O poderio
industrial alemão foi recuperado, destacando-se a produção de artefatos bélicos
para equipar as forças armadas, então em franca expansão, o que garantiu o
apoio dos industriais ao regime nazista.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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