quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Os Movimentos de Contestação

 Guerra Fria

Os Movimentos de Contestação

            Nas décadas de 1960 e 1970, jovens de classe média urbana de vários países se manifestaram contra a cultura ocidental tradicional. A contracultura foi uma série de movimentos de contestação realizados por grupos de jovens de classe média urbana de países capitalistas, em especial dos EUA, da Inglaterra e da França, que criticavam a cultura ocidental tradicional.

      Esses jovens promoviam manifestações e adotavam atitudes contestadoras, como a organização de comunidades e a luta pela igualdade racial, deixando explícita sua crítica à moral conservadora e também sua simpatia pelos ideais socialistas. Com esse novo modo de vida, eles criticavam o capitalismo, a industrialização em larga escala e a sociedade de consumo. Além disso, discordavam da política imperialista dos EUA e de alguns países europeus, criticavam o militarismo e, em especial, a Guerra do Vietnã.


         A pop art, um movimento artístico de crítica ao consumismo, surgiu em Londres, na Inglaterra, no final da década de 1950. Entretanto, foi na década de 1960, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, que essa tendência artística encontrou terreno fértil para se desenvolver. Os artistas do pop art se valiam da ironia para criticar a sociedade de consumo, pois eles utilizavam os próprios objetos da cultura de massa, como propagandas publicitárias, histórias em quadrinhos e fotografias de artistas, como matéria-prima para a criação de suas obras. Os principais nomes da pop art estadunidense foram Andy Warhol e Roy Lichtenstein.

        Já outro movimento que despontou na década de 1950 foi o beatnik que criticava a moral conservadora estadunidense e propunha o estabelecimento de relações interpessoais mais livres. Esse movimento teve como marco fundador a publicação de Uivo (1956), de Allen Ginsberg. Seus principais expoentes foram o próprio Allen Ginsberg, William Burroughs, Jack Kerouac e John Fante. Esses escritores criticavam o intelectualismo e o racionalismo científico. Eles se vincularam às filosofias orientais e exerceram grande influência sobre os movimentos de contracultura, especialmente o hippie.

Composto em sua maioria por jovens de classe média, o movimento hippie fazia oposição aos valores morais dominantes nas sociedades ocidentais industrializadas. Os hippies criticavam o racismo e apoiavam o Movimento Negro, questionavam o intelectualismo universitário e a educação tradicional de seus países, propondo novas formas de relacionamento entre professores e alunos, a fim de estimular a aquisição criativa e ativa do conhecimento.

Os hippies geralmente se vestiam com roupas coloridas e usavam cabelos compridos, viviam em comunidades e eram adeptos do vegetarianismo. Muitos deles acreditavam que, por meio da utilização de substâncias alucinógenas, expandiriam sua consciência e obteriam maior conhecimento sobre si mesmos. Além disso, defendiam a liberdade sexual e simpatizavam com as filosofias orientais místicas.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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