Guerra Fria
Os Movimentos de Contestação
Nas décadas de 1960 e 1970, jovens
de classe média urbana de vários países se manifestaram contra a cultura
ocidental tradicional. A contracultura foi uma série de movimentos de
contestação realizados por grupos de jovens de classe média urbana de países
capitalistas, em especial dos EUA, da Inglaterra e da França, que criticavam a
cultura ocidental tradicional.
Esses jovens promoviam manifestações
e adotavam atitudes contestadoras, como a organização de comunidades e a luta
pela igualdade racial, deixando explícita sua crítica à moral conservadora e
também sua simpatia pelos ideais socialistas. Com esse novo modo de vida, eles
criticavam o capitalismo, a industrialização em larga escala e a sociedade de
consumo. Além disso, discordavam da política imperialista dos EUA e de alguns
países europeus, criticavam o militarismo e, em especial, a Guerra do Vietnã.
A pop art, um movimento artístico de crítica ao consumismo, surgiu em Londres, na Inglaterra, no final da década de 1950. Entretanto, foi na década de 1960, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, que essa tendência artística encontrou terreno fértil para se desenvolver. Os artistas do pop art se valiam da ironia para criticar a sociedade de consumo, pois eles utilizavam os próprios objetos da cultura de massa, como propagandas publicitárias, histórias em quadrinhos e fotografias de artistas, como matéria-prima para a criação de suas obras. Os principais nomes da pop art estadunidense foram Andy Warhol e Roy Lichtenstein.
Já outro movimento que despontou na
década de 1950 foi o beatnik que criticava a moral conservadora estadunidense e
propunha o estabelecimento de relações interpessoais mais livres. Esse movimento
teve como marco fundador a publicação de Uivo
(1956), de Allen Ginsberg. Seus principais expoentes foram o próprio Allen
Ginsberg, William Burroughs, Jack Kerouac e John Fante. Esses escritores
criticavam o intelectualismo e o racionalismo científico. Eles se vincularam às
filosofias orientais e exerceram grande influência sobre os movimentos de
contracultura, especialmente o hippie.
Composto em sua maioria por jovens de classe média,
o movimento hippie fazia oposição aos
valores morais dominantes nas sociedades ocidentais industrializadas. Os hippies criticavam o racismo e apoiavam
o Movimento Negro, questionavam o intelectualismo universitário e a educação
tradicional de seus países, propondo novas formas de relacionamento entre
professores e alunos, a fim de estimular a aquisição criativa e ativa do
conhecimento.
Os hippies geralmente se vestiam com roupas
coloridas e usavam cabelos compridos, viviam em comunidades e eram adeptos do
vegetarianismo. Muitos deles acreditavam que, por meio da utilização de
substâncias alucinógenas, expandiriam sua consciência e obteriam maior
conhecimento sobre si mesmos. Além disso, defendiam a liberdade sexual e
simpatizavam com as filosofias orientais místicas.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário