domingo, 7 de novembro de 2021

Conheça mais à História - Os muçulmanos na península Ibérica

 Os muçulmanos na península Ibérica

         A presença dos muçulmanos na península Ibérica deixou profundas marcas na história dos povos da região. Ela remonta, segundo os estudiosos, às conquistas de Tariq Ibn Ziya, em 711. Pouco a pouco, a maioria das lideranças visigodas regionais aceitou a soberania islâmica em troca da preservação de suas terras. A língua árabe se espalhou pela península e se sobrepôs até mesmo ao latim, que era falado desde a dominação romana.

          Os muçulmanos garantiram aos povos locais a preservação de seus bens, de sua liberdade (não seriam escravizados) e de suas crenças, como a cristã. Em contrapartida, as pessoas assumiram o compromisso de pagar uma contribuição territorial, um tipo de impostos em moeda ou em produtos (trigo, cevada, vinagre, mel, azeite, etc.).

            Ao contrário do que acontecia ao norte da península, onde existiam pequenos reinos cristãos apoiados numa economia pastoril-agrícola, os muçulmanos ao sul ergueram uma brilhante cultura urbana, com palácios, jardins e outras construções, em que circulavam califas, sábios, artistas, poetas, soldados e trabalhadores.

         O centro da autoridade muçulmana ficava no palácio, sob o controle do emir ou califa, que exercia o poder absoluto sobre uma população variada, composta de berberes, sírios, godos e judeus.

        Na economia, a influência árabe é percebida na introdução de diversos cultivos agrícolas (como a laranja, o arroz, a cana-de-açúcar e o algodão), no intenso comércio e no desenvolvimento da indústria artesanal têxtil (seda, bordado, linho).

Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 7° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 81.

 

Fred Costa

 

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