Os muçulmanos na península Ibérica
A presença dos muçulmanos na
península Ibérica deixou profundas marcas na história dos povos da região. Ela remonta,
segundo os estudiosos, às conquistas de Tariq Ibn Ziya, em 711. Pouco a pouco,
a maioria das lideranças visigodas regionais aceitou a soberania islâmica em
troca da preservação de suas terras. A língua árabe se espalhou pela península
e se sobrepôs até mesmo ao latim, que era falado desde a dominação romana.
Os muçulmanos garantiram aos povos
locais a preservação de seus bens, de sua liberdade (não seriam escravizados) e
de suas crenças, como a cristã. Em contrapartida, as pessoas assumiram o
compromisso de pagar uma contribuição territorial, um tipo de impostos em moeda
ou em produtos (trigo, cevada, vinagre, mel, azeite, etc.).
Ao contrário do que acontecia ao
norte da península, onde existiam pequenos reinos cristãos apoiados numa
economia pastoril-agrícola, os muçulmanos ao sul ergueram uma brilhante cultura
urbana, com palácios, jardins e outras construções, em que circulavam califas,
sábios, artistas, poetas, soldados e trabalhadores.
O centro da autoridade muçulmana
ficava no palácio, sob o controle do emir ou califa, que exercia o poder
absoluto sobre uma população variada, composta de berberes, sírios, godos e
judeus.
Na economia, a influência árabe é
percebida na introdução de diversos cultivos agrícolas (como a laranja, o
arroz, a cana-de-açúcar e o algodão), no intenso comércio e no desenvolvimento
da indústria artesanal têxtil (seda, bordado, linho).
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 7° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 81.
Fred Costa
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