quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Quem foi Giordano Bruno?

 Quem foi Giordano Bruno?

            O padre, filósofo, místico, poeta, autor de peças de teatro, Giordano Bruno nasceu em 1548, na cidade de Nola, localizada na Itália. Era filho único dos nobres Giovanni Bruno e Fraulissa Savolino, que o batizaram como Filippo Bruno. A família considerou que tinha vocação religiosa e, por isso, foi encaminhado a um convento na cidade de Nápoles. Bruno tinha 13 anos e passou a estudar Humanidades, Lógica e Dialética.

            Pagava com a vida pela ousadia de ter desafiado a Igreja e discordado das ideias então vigentes, entre as quais a de que a Terra era o centro do universo. É provável, dizem, que o temperamento inquieto e contestador de Giordano Bruno o tivesse levado por si só à fogueira, mas ter lido Erasmo ajudou a marcá-lo como herege. Na verdade, desde cedo ele mostrou tendências heterodoxas. Ainda noviço, ele atraiu atenção pela originalidade de seus pontos de vista e por suas exposições críticas das doutrinas teológicas então aceitas.

 

Vida religiosa e conturbada

            Assim, não é de estranhar que tenha chamado a atenção da Inquisição desde que começou a se tornar conhecido. Apesar de Bruno, que trocou o nome Filippo por Giordano aos 15 anos, quando entrou para a Ordem Dominicana, ter sempre estado ligado à religião, nunca foi aceito pelos religiosos.

            Em 1575, três anos depois de ter sido ordenado padre, o futuro condenado concluiu o curso de teologia no Convento Dominicano de San Dominica de Maggiori, em Nápoles, o mesmo em que havia estudado e lecionado Santo Tomás de Aquino. Foi o início do seu calvário.

Bruno conhecia e apoiava a teoria de Copérnico, o heliocentrismo, que dizia ser o Sol o centro do universo. Mas foi além.

            “Ele pregava que o Universo era infinito, sem centro, e repleto de mundos habitados, como o nosso”, explica Langhi, que desenvolve pesquisas, projetos e publicações na área de Educação em Astronomia.

            “Ele disse o seguinte na obra Acerca do Infinito, do Universo e dos Mundos: que haja nesse espaço inúmeros corpos como nossa Terra e outras terras, nosso Sol e outros sóis, todos os quais executam revoluções nesse espaço infinito”. Em 1591, cometeu aquele que seria, certamente, seu maior erro. Quinze anos depois de deixar sua terra natal, resolveu retornar à Itália a convite de um nobre veneziano, Giovanni Mocenigo, que o alojou em sua casa em troca de aulas de memorização, outra especialidade dele.

            No entanto, Mocenigo traiu Bruno, entregando-o à Inquisição veneziana. Dessa vez, Bruno resolveu se retratar e argumentou que suas ideias eram filosofia e não teologia – portanto, não questionavam o poder da Igreja. Ele deveria ser solto, mas a Inquisição romana resolver exigir extraditá-lo.

Assim, em 27 de janeiro de 1593, ele tornou-se prisioneiro do Santo Ofício, de onde só saiu para a fogueira.

            Há 422 anos, em 17 de fevereiro de 1600, uma quinta-feira ensolarada, Roma presenciou um espetáculo dantesco. Centenas de pessoas lotaram o Campo dei Fiori (Campo das Flores), uma praça no centro da cidade, para assistir à morte na fogueira de Giordano Bruno, por ordem da Santa Inquisição.

 

Referência:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-43081130.amp#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16558967349313&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com

 

Laisa da Costa Oliveira, estudante do 2º ano Ensino Médio da Escola Militar


Tiradentes, Rondonópolis – MT.


 

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