Brasil Colônia
Quando os portugueses chegaram ao
Brasil não encontraram nenhum metal precioso para que pudesse iniciar a
exploração na sua nova colônia. Mas encontrou o pau-brasil que interessou de
início devido a sua utilidade na Europa devido a extração de um pigmento para
tingir tecidos, que tinha um alto valor comercial. A mão de obra utilizada
naquele momento foi dos indígenas.
Foram os indígenas quem cortaram,
transportaram e armazenaram as toras de pau-brasil nas feitorias, deixando-as
prontas para serem embarcadas nos navios. Em troca, eles recebiam objetos e
ferramentas que não conheciam, como facas, foices e machados. Esse sistema de
troca de trabalho por objetos é chamado de “escambo”. Também foram os indígenas
que ensinaram os europeus a sobreviverem em terras brasileiras.
Os portugueses desde que chegaram à
colônia utilizaram-se do trabalho indígena. A necessidade de mão de obra tanto
para o corte do pau-brasil, construção de feitorias e anos mais tarde o cultivo
do açúcar, perceberam a necessidade de escravizar os indígenas. Milhares de
indígenas foram obrigados a realizar tarefas árduas no dia a dia dos canaviais.
A maioria dos indígenas não
aceitaram aceitou a situação de ser escravo:
[...]
Descontentes, queimaram engenhos, acabaram com roças e povoados, obrigando os
portugueses a recuar e fugir.
As
revoltas indígenas destruíram os núcleos fundados pelos donatários do Espírito
Santo, Ilhéus, Porto Seguro, Bahia e ameaçaram seriamente os de Pernambuco e
São Vicente. [...]
Laima Mesgravis;
Carla B. Pinsky. O Brasil que os europeus
encontraram: a natureza, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto,
2000. p. 83.
Preocupados, os donatários, donos
das capitanias hereditárias (primeira forma de organização territorial da
colônia Portuguesa), solicitaram ajuda do rei de Portugal, informando-lhe que,
se não enviasse reforços, as capitanias corriam sério risco de serem destruída.
Reforços com militares foram enviados, assim como os próprios indígenas foram
utilizados para guerrearem entre si, destacando os serviços prestados pelo
potiguar Zorobabé contra os aimorés. Mas fato é que iniciou ainda no século XVI
a chegada de africanos para trabalharem compulsoriamente nos engenhos de
açúcar.
Os padres jesuítas que chegariam ainda no século XVI
na colônia portuguesa logo se posicionaram contra a escravidão dos indígenas. Fizeram
inclusive forte oposição a todos aqueles que utilizavam a mão de obra indígena
escrava. Criaram as chamadas “missões” com o objetivo de catequizar os nativos,
ensinando a língua portuguesa e a religião cristã. Não teve o sucesso esperado,
mas serviu de contraponto contra aqueles que desejavam utilizar-se da mão de
obra nativa.
Referências:
Laima
Mesgravis; Carla B. Pinsky. O Brasil que
os europeus encontraram: a natureza, os índios, os homens brancos. São
Paulo: Contexto, 2000. p. 83.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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