sábado, 17 de outubro de 2020

Documentos Históricos - Trecho do diário de bordo de Cristóvão Colombo.

 Documentos Históricos – Trecho do diário de bordo de Cristóvão Colombo.

          Abaixo tem um trecho do diário de bordo de Cristóvão Colombo. O documento foi escrito a bordo do navio que o conduziu à América, em 1492, e narra seu primeiro contato com a população local. É interessante notar como Colombo descreve os habitantes da América, o contato dos europeus com os americanos foi amistoso. Ao final, os seis indígenas que Colombo afirma levar até a Espanha com o intuito de “aprender a falar” demonstra o seu pensamento ao tratar os indígenas como inferiores.

          Os índios vinham nadando até as barcas do navio onde estávamos. E nos traziam papagaios e fio de algodão em novelos e muitas outras coisas mais, e trocavam-nas conosco por outras coisas que lhes dávamos [...]. Me pareceu que era gente muito pobre. Andavam todos nus como sua mãe os pariu,e também as mulheres. [...]E todos os que eu vi eram mancebos (moço, rapaz), não vi nenhum de idade de mais de 30 anos.

          Muitos benfeitos, de corpos muito charmosos e aparências muito boas; os cabelos grossos quase como sedas de cauda de cavalos, e curtos [...]. Eles não trazem armas nem as conhecem, pois lhes mostrei espadas e eles as tomaram pelo fio e se cortavam com ignorância. Não tinham nenhum ferro. [...] E creio que rapidamente se fariam cristãos, pois me pareceu que não tinham nenhuma seita. [...] levarei daqui, na época de minha partida, seis deles a Vossa Alteza, para que aprendam a falar. (12 out. 1492)

COLÓN, Cristóbal. Diário. In: Livro de La primera navegación y descubrimiento de las Índias. Madrid: Biblioteca Americana Vetustissima, 1962. p. 9-10.


Referências:

COLÓN, Cristóbal. Diário. In: Livro de La primera navegación y descubrimiento de las Índias. Madrid: Biblioteca Americana Vetustissima, 1962. p. 9-10.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 6° ano. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015. p. 95.

 

Fred Costa

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário