República Velha – Imigrantes
A República investe na imigração
No início da República, ocorreu no
Brasil a chamada “grande imigração”. Nesse período muitos estrangeiros deixaram
seus países de origem e vieram se estabelecer no Brasil. desde a época da
proibição do tráfico de escravos africanos, em 1850, diversos grupos da elite
brasileira compartilhavam a idéia de que era necessário trazer imigrantes para
o Brasil, a fim de substituir a mão de obra escrava. Com a abolição da
escravidão, em 1888, grande parte da elite brasileira aderiu a essa idéia.
O governo republicano deu grande
incentivo à imigração para o Brasil, investindo no subsídio (ajuda em dinheiro,
fornecida pelo Estado) da viagem das famílias de imigrantes. Os principais
grupos que vieram para o Brasil nesse período foram os de origem italiana,
portuguesa, espanhola, alemã, japonesa, libanesa e síria. Cada um desses grupos
de imigrantes possuía sua própria cultura e ao se integrarem à sociedade
brasileira, deram uma grande contribuição para a diversidade cultural presente
em nosso país.
Muitos imigrantes que vieram para o
Brasil durante a Primeira Republicana foram trabalhar nos cafezais. O tipo de
contrato estabelecido entre imigrantes e os grandes proprietários era o colonato. De acordo com esse tipo de
contrato, todos os integrantes da família, incluindo homens, mulheres e
crianças, deveriam trabalhar na lavoura de café. Em troca, cada família recebia
uma parte do café colhido e uma pequena remuneração.
Os imigrantes moravam em pequenas
casas localizadas nas sedes das fazendas. De acordo com o colonato, eles podiam
utilizar pequenos lotes de terras, onde cultivavam cereais e legumes para sua
subsistência, vendendo o excedente de sua produção. Geralmente os imigrantes
eram proibidos de se retirar das fazendas em que trabalhavam sem a autorização
do proprietário.
Nas indústrias, a maioria dos operários eram imigrantes. Uma grande parte do operariado era composta por mulheres e crianças, que ganhavam um salário inferior ao que se pagava aos homens. Os operários trabalhavam de 10 a 14 horas por dia, geralmente em locais insalubres. Além da indústria, muitos integrantes passaram também a trabalhar no comércio, que crescia bastante nas cidades, principalmente naquelas onde os portos e as ferrovias estavam sendo modernizados.
A maioria dos imigrantes que vieram para o Brasil no início da República era de origem europeia. Nessa época, estava ocorrendo um aumento populacional em toda a Europa. Muitos trabalhadores do campo estavam sem trabalho e foram para as cidades, onde também não havia empregos para todos nas fábricas e na prestação de serviços. Além disso, em muitas regiões da Europa, a população sofria com os malefícios provocados por guerras. Para os europeus pobres, o Brasil era visto como um país onde era possível conseguir trabalho e melhorar de vida.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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