sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Os modelos republicanos brasileiro

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Os modelos republicanos brasileiro

   Ao longo do século XIX, durante o período imperial, o Brasil se integrou ao capitalismo mundial, que se difundia pelo mundo impulsionado pela industrialização europeia. Nesse período o Brasil recebeu grandes investimentos e empréstimos estrangeiros provenientes sobretudo da Inglaterra, que detinha o monopólio sobre as atividades produtivas brasileiras e sua exportação. Nessa época destacou-se o cultivo do café, atividade voltada para exportação que gerava muitas riquezas e que provocou transformações sociais e políticas no Brasil.

     Nessa época, a província cafeeira de São Paulo tornou-se a mais rica do Império. Apesar de seu poder econômico, continuava com pouca economia em relação ao governo central. Com isso, os políticos paulistas, em sua maioria. Membros das elites rurais, passaram a reivindicar maior autonomia para administrar a província.

    Além da oligarquia cafeeira, os militares também estavam descontentes com o regime monárquico. A Guerra do Paraguai piorou a situação econômica do Brasil, levando o governo a contrair empréstimos, aumentando a dívida externa e também a cobrança de impostos. O Exército Brasileiro saiu do conflito fortalecido, e os militares, decididos a participar da política do país. Oficiais de alta patente passaram a criticar abertamente o imperador, acusando-o de negligência em relação ao Exército e de interferências indevidas em questões militares.

  A partir da década de 1870, os grupos republicanos começaram a crescer, principalmente em São Paulo. Em 1888, com a abolição da escravidão, a Monarquia perdeu o apoio das elites agrárias escravistas, que se sentiram prejudicadas e passaram a apoiar o Movimento Republicano. Diante disso, setores do Exército se aliaram aos republicanos paulistas e deram um golpe de Estado, derrubando a Monarquia e proclamando a República em 15 de novembro de 1889.

    No período inicial da República, o país foi governado por dois presidentes militares: Deodoro da Fonseca e, depois, Floriano Peixoto. Esses militares tinham como objetivo principal garantir a consolidação do regime republicano enfrentando grupos políticos descontentes com o fim da Monarquia. Além disso, eles se empenharam em promover uma maior centralização do poder, entrando em confronto com grupos regionais que desejavam maior autonomia em relação ao governo federal.

       Em 1894 foi eleito o primeiro presidente civil do Brasil, o paulista Prudente de Morais. Isso se deu graças aos partidos republicanos de cada estado e à possibilidade de autonomia proporcionada pelo federalismo. Assim, os latifundiários. Via partidos republicanos, obtiveram o controle político e econômico do país. Os presidentes procuraram fazer alianças com as elites regionais, implantando a chamada política dos governadores. Esse arranjo político, idealizado pelo presidente Campos Salles, consistia no compromisso de a presidência apoiar os governos dos estados e dos governadores de apoiarem a presidência (para saber mais clique aqui).

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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