quarta-feira, 27 de outubro de 2021

As Cruzadas

 Idade Média

As Cruzadas

        No final do século XI, os cristãos da Europa organizaram expedições militares para reconquistar dos turcos a “Terra Santa”. Esse nome foi dado à Palestina, e, mais especificamente, à cidade de Jerusalém, localizada no atual Estado de Israel. Os cristãos nomearam a região dessa forma pois acreditam que foi lá que Jesus Cristo viveu. A cidade de Jerusalém também é sagrada para judeus e muçulmanos.

       O motivo alegado pelo papa Urbano II para convocar a primeira Cruzada, em 1095, era expulsar os turcos que haviam conquistado a Palestina e dificultado as peregrinações dos cristãos aos lugares onde Jesus Cristo viveu.


       Porém, além das questões religiosas, outros fatores impulsionaram as Cruzadas: a população havia aumentado e não existiam oportunidades de trabalho para todos. Assim, enviar essas pessoas para combater no Oriente em nome da fé cristã era também uma maneira de resolver os problemas populacionais da Europa.

     Havia também muitos nobres que não possuíam terras, pois as heranças costumavam ser transmitidas somente aos filhos mais velhos. Muitos desses nobres sem terra acreditavam que poderiam viver aventuras e conquistar riquezas no Oriente e, por isso, apoiaram as Cruzadas. Os comerciantes europeus, por sua vez, apoiaram os cruzados, pois tinham interesse em estabelecer novas relações comerciais com o Oriente.

        Foram realizadas, ao todo, oito Cruzadas. A primeira delas partiu da Europa, em 1096 e chegou a conquistar a cidade de Jerusalém, em 1099. Esse domínio, porém, durou poucos anos. As outras Cruzadas não tiveram grande êxito pela falta de planejamento, por desentendimento entre seus líderes, entre outros motivos.

Apesar de não terem seus objetivos, as Cruzadas tiveram conseqüências marcantes na sociedade feudal europeia. Elas contribuíram, por exemplo, para intensificar as atividades comerciais na Europa. Os europeus passaram a consumir vários produtos orientais, principalmente as especiarias, como cravo, canela, gengibre e pimenta-do-reino. Além disso, a navegação no mar Mediterrâneo, que era controlada pelos árabes, passou a ser realizada também por mercadores europeus. Com o aumento do comércio, as cidades europeias cresceram e muitos comerciantes europeus enriqueceram. Esses fatores contribuíram para enfraquecer o poder dos nobres e desestruturar o sistema feudal.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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