Missões Guaraníticas
Os jesuítas fundaram diversas
missões (ou reduções) nas regiões que hoje compreendem os estados brasileiros
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de parte
dos territórios da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. Algumas delas contavam
com mais de 10 mil indígenas e, reunidas, somavam aproximadamente 300 mil
pessoas no início do século XVIII.
Nas aldeias missionárias, os
jesuítas mantinham certos elementos da cultura indígena, como a propriedade
coletiva (da terra, do gado e de outros produtos), a língua (guarani) e alguns
costumes que não “ameaçavam” a fé cristã. Por outro lado, os sacerdotes
eliminavam a autoridade do cacique e do pajé, além de impor uma disciplina repleta
de punições aos “pecados”, incluindo castigos corporais. Isso rompia as
tradições dos indígenas e impedia a preservação de seu modo de vida.
As reduções ou missões guaraníticas
chegavam a desenvolver a produção e o comércio de erva-mate, tabaco, madeira e
até mesmo de armas, como canhões. Muitas vezes, formavam exércitos utilizados
pela metrópole para impor a ordem e a vontade da Coroa.
Nas terras do atual Rio Grande do
Sul, na margem esquerda do rio Uruguai, existia um grupo de instalações
jesuíticas, denominado “Sete Povos das Missões”, construídas por ordens da
Espanha para demarcar a posse de seu território.
No século XVIII, um tratado entre
Portugal e Espanha dividiu as regiões. Aquelas ao sul do rio da Prata ficariam
sob domínio espanhol, e as situadas ao norte, sob domínio dos portugueses. Os indígenas
se opuseram à medida e foram violentamente atacados pelas tropas lusas, que,
para tomar posse de seus territórios, ali deixaram milhares de mortos.
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno.Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 7° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 249.
Fred Costa
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