O sebastianismo
Em 1557, dom Sebastião I sucedeu dom
João III no trono de Portugal. Reinou até 1578, quando morreu em meio a uma
batalha contra os mouros em Alcácer-Quibir (norte da África). Não deixou
descendentes, e o trono foi ocupado por um tio, o velho cardeal dom Henrique,
que morreu em 1580. Morto dom Henrique, a Espanha incorporou Portugal.
A morte de dom Sebastião e de mais
10 mil soldados no mesmo combate deixou marcas profundas na população
portuguesa. Em meio às incertezas da dominação espanhola, difundiu-se
rapidamente a crença na volta do rei. Ressuscitado, ele reorganizaria o reino e
salvaria os portugueses das dificuldades que os assolavam.
O sebastianismo (a crença na volta
de um rei bom capaz de trazer uma vida melhor ao povo sofrido) logo se espalhou
entre os colonos. Mais de três séculos depois, no sertão baiano, essa crença
foi recuperada pelo líder Antônio Conselheiro na formação do arraial de
Canudos. Exemplos do sebastianismo também são encontrados ainda hoje na
literatura de cordel, muito comum no Nordeste do Brasil.
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno.Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 7° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 235.
Fred Costa
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