Idade Moderna
O iluminismo
Com a formação dos Estados
Nacionais, vários pensadores passaram a defender o Rei com diversas teorias.
Muitas delas chegavam a dizer que o Rei seria ungido por Deus, outras ensinavam
como deveria governar e agir, além de afirmar que ao seguir suas ordens, o povo
seria civilizado. Com todas essas ideias, o Rei tornou-se absolutista,
incontestável em suas decisões e centralizando todo o poder em suas mãos.
Mas o século XVIII surgiram diversos
pensadores e filósofos que propuseram novas formas de governar. Tais ideias
incentivaram revoluções como a Americana e a Francesa, modificando todo o
sistema político, econômico e social. Além disso, diversas outros reis adotaram
algumas dessas propostas e surgiram novos países, ex-colônias, adotando um
modelo político afinado com a mentalidade do século das luzes.
Desde a época das Grandes Navegações, no século XV,
a Europa passava por diversas transformações. Muito conhecimento novo havia
sido produzido desde o Renascimento, o cristianismo teve uma profunda divisão
causada pelas Reformas religiosas e houve maior difusão de livros e ideias
possibilitada pela invenção da pensa móvel por Gutemberg. No século XVIII,
essas transformações contribuíram para o surgimento de um movimento filosófico
conhecido como Iluminismo. Esse
movimento se desenvolve em vários países da Europa e se caracterizou pela
centralidade da razão como instrumento principal para a compreensão do mundo.
“[Os
pensadores iluministas] não seguiam uma única e coerente corrente de
pensamento, pelo contrário, possuíam múltiplos discursos, não tinham nenhum
manifesto ou programa de ideias, e muitos, inclusive, se contestavam
mutuamente. [...] Todavia, a maioria desses pensadores compartilhava algumas
ideias em comum: a defesa do pensamento racional, a crítica à autoridade
religiosa e ao autoritarismo de qualquer tipo e a oposição ao fanatismo. [...]
A maioria dos iluministas pregava o papel crítico da razão, considerando essa a
única ferramenta capaz de esclarecer a humanidade. [...]” (K arina Vanderlei Silva; Maciel
Henrique Silva. Dicionário de conceitos
históricos. São Paulo: Contexto, 2009, p. 210)
As propostas iluministas agradaram
principalmente à burguesia europeia, que desejava reformas sociais e políticas,
como o fim das obrigações feudais, o fim dos privilégios da nobreza e do alto
clero, a participação nas decisões do governo e maior independência comercial
em relação ao Estado. As ideias iluministas exerceram grande influência sobre
dois importantes movimentos revolucionários ocorridos no final do século XVIII:
a Revolução Americana e a Revolução Francesa, que causaram profundas
transformações políticas e sociais nos Estados Unidos e na França além de
inspirarem muitos outros movimentos políticos e sociais pelo mundo afora.
O Iluminismo tinha um objetivo muito claro: combater
o absolutismo. Filósofos iluministas como Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Locke
entre outros, visavam descentralizar o poder, tirando todo o poder total das
mãos do rei e dividi-lo sendo cada um autônomo. Esse modelo inicialmente
implantado pelos EUA, foi copiado por diversos outros países que surgiram.
Monarquias se tornaram constitucionais, mais um fator para limitar o poder do
monarca.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
SILVA,
Karina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário
de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009.
Fred Costa
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