quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O Iluminismo

 Idade Moderna

O iluminismo

         Com a formação dos Estados Nacionais, vários pensadores passaram a defender o Rei com diversas teorias. Muitas delas chegavam a dizer que o Rei seria ungido por Deus, outras ensinavam como deveria governar e agir, além de afirmar que ao seguir suas ordens, o povo seria civilizado. Com todas essas ideias, o Rei tornou-se absolutista, incontestável em suas decisões e centralizando todo o poder em suas mãos.

            Mas o século XVIII surgiram diversos pensadores e filósofos que propuseram novas formas de governar. Tais ideias incentivaram revoluções como a Americana e a Francesa, modificando todo o sistema político, econômico e social. Além disso, diversas outros reis adotaram algumas dessas propostas e surgiram novos países, ex-colônias, adotando um modelo político afinado com a mentalidade do século das luzes.

Desde a época das Grandes Navegações, no século XV, a Europa passava por diversas transformações. Muito conhecimento novo havia sido produzido desde o Renascimento, o cristianismo teve uma profunda divisão causada pelas Reformas religiosas e houve maior difusão de livros e ideias possibilitada pela invenção da pensa móvel por Gutemberg. No século XVIII, essas transformações contribuíram para o surgimento de um movimento filosófico conhecido como Iluminismo. Esse movimento se desenvolve em vários países da Europa e se caracterizou pela centralidade da razão como instrumento principal para a compreensão do mundo.           

“[Os pensadores iluministas] não seguiam uma única e coerente corrente de pensamento, pelo contrário, possuíam múltiplos discursos, não tinham nenhum manifesto ou programa de ideias, e muitos, inclusive, se contestavam mutuamente. [...] Todavia, a maioria desses pensadores compartilhava algumas ideias em comum: a defesa do pensamento racional, a crítica à autoridade religiosa e ao autoritarismo de qualquer tipo e a oposição ao fanatismo. [...] A maioria dos iluministas pregava o papel crítico da razão, considerando essa a única ferramenta capaz de esclarecer a humanidade. [...]” (K            arina Vanderlei Silva; Maciel Henrique Silva. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009, p. 210)

       As propostas iluministas agradaram principalmente à burguesia europeia, que desejava reformas sociais e políticas, como o fim das obrigações feudais, o fim dos privilégios da nobreza e do alto clero, a participação nas decisões do governo e maior independência comercial em relação ao Estado. As ideias iluministas exerceram grande influência sobre dois importantes movimentos revolucionários ocorridos no final do século XVIII: a Revolução Americana e a Revolução Francesa, que causaram profundas transformações políticas e sociais nos Estados Unidos e na França além de inspirarem muitos outros movimentos políticos e sociais pelo mundo afora.

O Iluminismo tinha um objetivo muito claro: combater o absolutismo. Filósofos iluministas como Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Locke entre outros, visavam descentralizar o poder, tirando todo o poder total das mãos do rei e dividi-lo sendo cada um autônomo. Esse modelo inicialmente implantado pelos EUA, foi copiado por diversos outros países que surgiram. Monarquias se tornaram constitucionais, mais um fator para limitar o poder do monarca.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

SILVA, Karina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009.

 

 

Fred Costa

 

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