Revolução Pernambucana de 1817
Insatisfeitas com as decisões
tomadas no Rio de Janeiro, que em quase nada diferiam das medidas impostas por
Portugal, as elites pernambucanas ressuscitaram os ideais separatistas do
período colonial, dando início a uma rebelião.
De um lado, grandes senhores rurais
desejavam instalar um Estado independente e autogovernado, sem o controle centralizado
dos portugueses sediados no Rio de Janeiro. De outro, indivíduos livres, pobres
e não proprietários queriam pôr fim aos altos preços dos produtos, decorrentes
dos monopólios comerciais portugueses nos portos nordestinos.
Dezenas de populares organizaram-se
para libertar-se do domínio português e instalar o regime republicano em
Recife. Entre os revoltosos, destacaram-se o comerciante Domingos José Martins
e o padre João Ribeiro. Eles derrubaram o governador e fundaram um novo
governo, decretando a extinção de impostos, a liberdade de imprensa e de
religião e a igualdade entre os cidadãos. Devido à pressão de alguns
proprietários, a escravidão foi mantida, embora a ala mais radical dos
revoltosos exigisse sua extinção.
Mesmo com a adesão de Alagoas,
Paraíba e Rio Grande do Norte, os revolucionários pernambucanos acabaram
cercados e derrotados pelas tropas reais. Os líderes do movimento foram presos
e executados. As elites locais, temerosas da atuação popular, acabaram aceitando
o domínio da Corte do Rio de Janeiro.
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 8° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 148.
Fred Costa
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