quarta-feira, 4 de maio de 2022

Os teóricos do Absolutismo

 Idade Moderna

Os teóricos do Absolutismo

            Durante a Idade Moderna, vários Reis possuíam muito poder controlados em suas mãos, como o de governar e criarem leis. E toda essa centralização do poder levou a denominação do termo Absolutismo. O Rei possuía poderes absolutos, em comparação com as democracias modernas.

         Apesar das características comuns aos Estados absolutistas, as teorias que justificavam esse regime apresentavam diferenças que variavam de acordo com cada Estado. Importantes escritores procuraram apoiar o poder absoluto dos reis, indicando justificativas teóricas que defendiam o poder do soberano. Essas teorias poderiam estar mais voltadas aos princípios políticos, religiosos ou filosóficos.

         O italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um desses escritores. Na obra O Príncipe, publicada em 1532, o autor debateu, entre outros assuntos, as estratégias que deveriam ser adotadas pelos governantes a fim de manter o domínio sobre um território já conquistado.

         O francês Jean Bodin (1530-1596) defendia a idéia do caráter divino dos reis, assim como sustentava que a obediência absoluta dos súditos ao rei era uma obrigação suprema. De acordo com Bodin, o poder do rei não poderia ser limitado pelo parlamento. Já para o religioso francês Jacques Bossuet (1627-1704), o poder do soberano era estabelecido por Deus para melhor governar os seres humanos. Assim, o rei seria a própria imagem de Deus na Terra e quem o traísse, trairia a Deus.

O inglês Thomas Hobbes (1588-1679), outro teórico do Absolutismo, afirmava que autoridade do rei era fruto de um contrato firmado entre ele e seus súditos. De acordo com Hobbes, esse contrato era estabelecido quando um grupo de pessoas transferia ao rei o direito de governar e administrar seus negócios. No caso do Absolutismo, esse poder era concedido ao Estado, representado na figura do soberano. Hobbes acreditava que os seres humanos tinham uma natureza má e egoísta. Em sua obra Leviatã, ele defendeu a necessidade de o Estado ser forte o suficiente para conseguir anularem os conflitos provocados pelos seres humanos.

Devido a esse embasamento teórico, tais ideias tiveram cada vez mais espaço entre os meios sociais. As pessoas a acabavam sendo submetidas a esses ideais, seja por quem estava em uma relação maior de poder, ou pelas demais instituições. Fato é que por muito tempo várias pessoas acreditavam em um poder supremo emanado do rei assim como obedeciam sem contestar sua autoridade.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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