Idade Moderna
Os teóricos do Absolutismo
Durante a Idade Moderna, vários Reis
possuíam muito poder controlados em suas mãos, como o de governar e criarem
leis. E toda essa centralização do poder levou a denominação do termo
Absolutismo. O Rei possuía poderes absolutos, em comparação com as democracias
modernas.
Apesar das características comuns
aos Estados absolutistas, as teorias que justificavam esse regime apresentavam
diferenças que variavam de acordo com cada Estado. Importantes escritores
procuraram apoiar o poder absoluto dos reis, indicando justificativas teóricas
que defendiam o poder do soberano. Essas teorias poderiam estar mais voltadas
aos princípios políticos, religiosos ou filosóficos.
O italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um desses escritores. Na obra O Príncipe,
publicada em 1532, o autor debateu, entre outros assuntos, as estratégias que
deveriam ser adotadas pelos governantes a fim de manter o domínio sobre um
território já conquistado.
O francês Jean Bodin (1530-1596) defendia a idéia do caráter divino dos reis,
assim como sustentava que a obediência absoluta dos súditos ao rei era uma
obrigação suprema. De acordo com Bodin, o poder do rei não poderia ser limitado
pelo parlamento. Já para o religioso francês Jacques Bossuet (1627-1704), o poder do soberano era estabelecido
por Deus para melhor governar os seres humanos. Assim, o rei seria a própria
imagem de Deus na Terra e quem o traísse, trairia a Deus.
O inglês Thomas
Hobbes (1588-1679), outro teórico do Absolutismo, afirmava que autoridade
do rei era fruto de um contrato firmado entre ele e seus súditos. De acordo com
Hobbes, esse contrato era estabelecido quando um grupo de pessoas transferia ao
rei o direito de governar e administrar seus negócios. No caso do Absolutismo,
esse poder era concedido ao Estado, representado na figura do soberano. Hobbes
acreditava que os seres humanos tinham uma natureza má e egoísta. Em sua obra Leviatã, ele defendeu a necessidade de o
Estado ser forte o suficiente para conseguir anularem os conflitos provocados
pelos seres humanos.
Devido a esse embasamento teórico, tais ideias
tiveram cada vez mais espaço entre os meios sociais. As pessoas a acabavam
sendo submetidas a esses ideais, seja por quem estava em uma relação maior de
poder, ou pelas demais instituições. Fato é que por muito tempo várias pessoas
acreditavam em um poder supremo emanado do rei assim como obedeciam sem
contestar sua autoridade.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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