domingo, 24 de maio de 2020

A Juventude Nazifascista


Nazifascismo


A Juventude Nazifascista

  No início da década de 1920, a Alemanha atravessava uma profunda crise econômica com alta da inflação, além da alta dívida contraída de acordo com o Tratado de Versalhes. Conforme esse tratado, o governo alemão se comprometera a pagar os aliados pelos danos causados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nessa situação crítica, foi fundado o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães ou Partido Nazista.

     A ideologia desse partido, apresentava princípios semelhantes aos do fascismo, porém dava grande ênfase ao racismo e ao antissemitismo, além de reprovar a democracia liberal da República de Weimar, tendo como grande líder Hitler. Mesmo tentando liderar um fracassado golpe para tomar o poder na cidade de Munique em 1923, Hitler foi preso onde através de um livro (Mein Kampf – Minha luta) definiu alguns princípios da ideologia nazista, entre eles, a necessidade de a “raça” ariana se constituir como nação, o culto à personalidade do líder e a destruição da democracia. A política foi utilizada como estratégia, ao combiná-la com ações armadas para atingir os seus objetivos.


    Já na Itália após a Primeira Guerra Mundial, o cenário político era muito crítico. O sentimento nacionalista, que havia sido estimulado durante a guerra, aumentava entre a população. Para alguns grupos sociais, nem a ideologia socialista nem a libera era capaz de solucionar os grandes problemas da sociedade. Nessa situação de crise, a ideologia do fascismo adquiriu adeptos, atraindo desempregados, estudantes e a classe média, formada por funcionários públicos, profissionais liberais, militares e pequenos proprietários de terras, de fábricas e de estabelecimentos comerciais.

     O fascismo promoveu a mobilização das massas, mas também recebeu adeptos de grupos paramilitares (grupos armados que não pertence às forças militares oficias do exército) nacionalistas e da burguesia, temerosa pelo crescimento do socialismo. Seu principal líder era Benito Mussolini, fundando em 1921 o Partido Fascista. Suas propostas para os problemas sociais seria adoção de alguns princípios básicos, como: o nacionalismo, com tendências a xenofobia (sentimento de repulsa a tudo que seja estrangeiro) e ao racismo; a militarização, com um governo autoritário e expansionista; e o corporativismo, sistema em que os sindicatos de trabalhadores são substituídos por corporações submetidas ao controle Estado, em que participam operários e patrões.


      A Liga da Juventude do Partido Nazista, fundada em 1922 tinha como objetivo treinar os futuros membros da SA (sigla em alemão que significa Divisão Tempestade), organização essa que protegia os membros do Partido Nazista e atacar movimentos políticos rivais. Em 1926, passou-se a denominar Juventude Hitlerista. Com a chegada de Hitler ao poder, esse movimento serviu para doutrinar os jovens ideologicamente com as idéias racistas e antissemitas pregadas pelo nazismo.

      Exercícios com práticas esportivas e militares eram praticas por essa juventude, divididas por células presente em diversas cidades da Alemanha. Em 1936 o número de jovens inscritos ultrapassava 5 milhões, assim como era obrigatório a sua participação. A partir de 1943 com a guerra indo mal para os alemães, essa organização passou a servir como preparação de jovens para servirem ao exército. Uma divisão blindada era composta somente por esses jovens preparados para a guerra.


Na Itália a Juventude Fascista tinha como objetivo o adestramento e a preparação dos jovens para a vida militar. A partir do ano de 1934, passou a ser obrigatória para todos, a partir da idade de 8 anos a instrução pré-militar aumentando o papel dessa organizações. A instrução de caráter moral, com a finalidade de desenvolver o espírito militar e a paixão pela vida militar, invocando as glórias e tradições bélicas eram o que ensinavam os instrutores desse movimento.

Referências:

O que era a Juventude Hitlerista, disponível em https://youtu.be/22cdCDhSNIc, acessado em 24 de maio de 2020.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.


Fred Costa


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