Nazifascismo
A Juventude Nazifascista
No início da década de 1920, a
Alemanha atravessava uma profunda crise econômica com alta da inflação, além da
alta dívida contraída de acordo com o Tratado de Versalhes. Conforme esse
tratado, o governo alemão se comprometera a pagar os aliados pelos danos
causados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nessa situação crítica, foi
fundado o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães ou Partido Nazista.
A ideologia desse partido,
apresentava princípios semelhantes aos do fascismo, porém dava grande ênfase ao
racismo e ao antissemitismo, além de reprovar a democracia liberal da República
de Weimar, tendo como grande líder Hitler. Mesmo tentando liderar um fracassado
golpe para tomar o poder na cidade de Munique em 1923, Hitler foi preso onde
através de um livro (Mein Kampf – Minha luta) definiu alguns princípios da
ideologia nazista, entre eles, a necessidade de a “raça” ariana se constituir
como nação, o culto à personalidade do líder e a destruição da democracia. A política
foi utilizada como estratégia, ao combiná-la com ações armadas para atingir os
seus objetivos.
Já na Itália após a Primeira Guerra
Mundial, o cenário político era muito crítico. O sentimento nacionalista, que
havia sido estimulado durante a guerra, aumentava entre a população. Para alguns
grupos sociais, nem a ideologia socialista nem a libera era capaz de solucionar
os grandes problemas da sociedade. Nessa situação de crise, a ideologia do
fascismo adquiriu adeptos, atraindo desempregados, estudantes e a classe média,
formada por funcionários públicos, profissionais liberais, militares e pequenos
proprietários de terras, de fábricas e de estabelecimentos comerciais.
O fascismo promoveu a mobilização
das massas, mas também recebeu adeptos de grupos paramilitares (grupos armados
que não pertence às forças militares oficias do exército) nacionalistas e da
burguesia, temerosa pelo crescimento do socialismo. Seu principal líder era
Benito Mussolini, fundando em 1921 o Partido
Fascista. Suas propostas para os problemas sociais seria adoção de alguns
princípios básicos, como: o nacionalismo, com tendências a xenofobia
(sentimento de repulsa a tudo que seja estrangeiro) e ao racismo; a
militarização, com um governo autoritário e expansionista; e o corporativismo,
sistema em que os sindicatos de trabalhadores são substituídos por corporações
submetidas ao controle Estado, em que participam operários e patrões.
A Liga da Juventude do Partido
Nazista, fundada em 1922 tinha como objetivo treinar os futuros membros da SA
(sigla em alemão que significa Divisão Tempestade), organização essa que
protegia os membros do Partido Nazista e atacar movimentos políticos rivais. Em
1926, passou-se a denominar Juventude Hitlerista. Com a chegada de Hitler ao
poder, esse movimento serviu para doutrinar os jovens ideologicamente com as idéias
racistas e antissemitas pregadas pelo nazismo.
Exercícios com práticas esportivas e
militares eram praticas por essa juventude, divididas por células presente em
diversas cidades da Alemanha. Em 1936 o número de jovens inscritos ultrapassava
5 milhões, assim como era obrigatório a sua participação. A partir de 1943 com
a guerra indo mal para os alemães, essa organização passou a servir como
preparação de jovens para servirem ao exército. Uma divisão blindada era
composta somente por esses jovens preparados para a guerra.
Na Itália a Juventude Fascista tinha como objetivo o
adestramento e a preparação dos jovens para a vida militar. A partir do ano de
1934, passou a ser obrigatória para todos, a partir da idade de 8 anos a
instrução pré-militar aumentando o papel dessa organizações. A instrução de
caráter moral, com a finalidade de desenvolver o espírito militar e a paixão
pela vida militar, invocando as glórias e tradições bélicas eram o que
ensinavam os instrutores desse movimento.
Referências:
O
que era a Juventude Hitlerista, disponível em https://youtu.be/22cdCDhSNIc, acessado
em 24 de maio de 2020.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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