Brasil Império -
Abolicionismo
O Movimento Abolicionista e o protagonismo de Luís Gama
No dia 13 de maio de 1888, a
princesa Isabel que ocupava o trono do Império interinamente assinava a Lei
Áurea. Após cerca de 350 anos de escravidão no Brasil, chegava ao fim. Não foi
uma luta fácil, exigindo bastante da sociedade guiada pelo movimento
abolicionista.
Surgido na década de 1870, várias
pessoas de grupo sociais diferentes, questionariam a escravidão, propondo o seu
fim. Já iniciava a substituição de mão de obra livre pela escrava. Surgiam os
Movimentos Abolicionistas.
Os membros desse movimento eram
profissionais liberais, como advogados, jornalistas e intelectuais. Pessoas ligadas
a monarquia como o republicanismo comungavam das mesmas idéias: “A cada dia
surgiam clubes abolicionistas, dedicados à coleta de recursos para alforria de
escravos, para os quais até mesmo grandes damas concorriam com jóias (sendo o
gesto quase sempre noticiado em folhas, para maior vaidade dos doadores),
crianças e estudantes com seus [trocados], cada qual segundo suas posses (Jorge
Caldeira e outros. Viagem pela história do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 1997. p. 118-119).
Os abolicionistas combatiam a
escravidão porque acreditavam no direito de liberdade. Além de que a sociedade
brasileira não se desenvolveria enquanto houvesse escravos. Já outros acreditavam
que com o fim da escravidão aumentaria a mão de obra livre e os altos custos
devido à compra de escravos poderiam ser investidos em outras coisas, como
modernização e maquinários das fazendas.
- Luís Gama
Luís Gonzaga Pinto da Gama, nascido em Salvador no
dia 21 de junho de 1830, era filho de uma escrava com um homem branco. Aos 10
anos de idade foi vendido como escravo pelo seu pai para pagar uma dívida de
jogo. Após ser alfabetizado, o que teria ocorrido após os 17 anos, percebeu que
sua condição de escravizado era ilegal, fugiu para a cidade, conquistando a sua
liberdade por vias judiciais.
Estudou direito
por conta própria, sendo aos 29 anos autor consagrado. Mesmo sem diploma,
passou a defender escravos nos tribunais. Foi um dos poucos intelectuais negros
no Brasil escravocrata do século XIX. Por ser um autodidata, demonstrou ser
possível o poder da educação em prol da liberdade.
Como jornalista junto a Ângelo
Agostini fundou o primeiro jornal ilustrado humorístico, em 1864. Defensor dos
ideais de liberdade fundou a Loja Maçônica América, juntamente com Ruy Barbosa
e dela também teria feito parte Joaquim Nabuco. Quando morreu, era Luís Gama o
Venerável da Loja. A partir de 2018 é considerado o patrono da Abolição da
Escravidão no Brasil.
Referências:
CALDEIRA, Jorge. Viagem pela história do
Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
FIRMINO,
Carolina; AGUIAR, Érica. Protagonista da resistência. In: História em Foco. Ano
4, n° 9, 2019.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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