A defesa dos trabalhadores feita por teóricos socialistas e a Igreja
Em 1848, Karl Marx e Friedrich
Engels redigiram o Manifesto do Partido
Comunista, que foi amplamente divulgado em sua época.
Quatro décadas depois, em 1891, o
papa Leão XIII escreveu e publicou uma encíclica chamada Rerum Novarum, em que a Igreja católica assumia posições bastante
diferentes daquelas pregadas por Marx e Engels.
Leia atentamente um trecho do Manifesto do Partido Comunista e outro
da encíclica Rerum Novarum.
Manifesto
do Partido Comunista (1848)
Sintetizando,
os comunistas dão seu apoio a qualquer atividade revolucionária que se
movimenta contra o atual estado de coisas, numa luta social e política, em
qualquer parte do mundo.
Como
prioridade desses movimentos, a questão fundamental que se coloca é a questão
da propriedade, revestida de que forma for, mais ou menos desenvolvida.
Concluindo,
os comunistas estão empenhados na união e no entendimento dos partidos
democratas de todo o mundo.
Os
comunistas não dissimulam suas opiniões e seus objetivos, e disso se orgulham. Pregam
abertamente que seus objetivos só serão alcançados com a destruição violenta de
toda ordem social existente. Que a classe dominante se sinta ameaçada na
iminência de uma revolução comunista! Que a classe operária nada perderá com
ela, a não ser a sua prisão. Mas terão um mundo a conquistar.
Proletários
de todos os países, uni-vos!
MARX, Karl;
ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido
Comunista. São Paulo: Global, 1984. p. 45.
Encíclica
Rerum Novarum (1891)
Deus
não a concedeu aos homens para que dominassem a terra confusamente todos juntos
Não
se oponha também à legitimidade da propriedade particular o fato de que Deus
concedeu a todo o gênero humano para a gozar, porque Deus não a concedeu aos
homens para que a dominassem confusamente todos juntos. Tal não é o sentido
dessa verdade. Ela significa, unicamente, que Deus não assinou uma parte a
nenhum homem em particular, mas quis deixar a limitação das propriedades à
indústria humana e às instituições dos povos. Aliás, posto que dividida em
propriedades particulares, a terra não deixa de servir à utilidade comum de
todos, atendendo a que ninguém há entre os mortais que não se alimente do
produto dos campos. Quem os não tem supre-os pelo trabalho, de maneira que se
pode afirmar, com toda a verdade, que o trabalho é o meio universal de prover
às necessidades da vida, quer ele se exerça num terreno próprio, quer em alguma
arte lucrativa cuja remuneração, apenas, sai dos produtos múltiplos da terra,
com os quais ela se comuta.
ENCÍCLICA, Rerum Novarum. Disponível em: www.montfort.org.br/documentos/propriedade.html.
Acesso em: 23 jan. 2015.
Referências:
ENCÍCLICA,
Rerum Novarum. Disponível em: www.montfort.org.br/documentos/propriedade.html.
Acesso em: 23 jan. 2015.
MARX,
Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do
Partido Comunista. São Paulo: Global, 1984. p. 45.
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 8° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 120-121.
Fred Costa
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