sábado, 30 de maio de 2020

Amazônia - colonização e o século XX


Brasil Colônia – Amazônia

Amazônia – colonização e século XX

   A divisão do território brasileiro não foi sempre como conhecemos atualmente. Desde a primeira divisão que foi o Tratado de Tordesilhas (1494), as atividades econômicas e de povoamento eram  restritas. Os 3 ciclos econômicos do período colonial foram: Pau-brasil, cana de açúcar e mineração. Boa parte do povoamento se deu no litoral.

   Isso não impediu que o território amazônico fosse explorado. Diversas expedições foram enviadas tanto pela Espanha como Portugal para reconhecer os rios da região. Após uma fracassada tentativa dos franceses de invadir a colônia portuguesa fundando a Vila de São Luís em 1616, a coroa portuguesa em 1621 criou o Estado do Maranhão e Grão-Pará. Eram politicamente autônomas do Brasil, sendo o seu governante nomeado diretamente por Lisboa.


    Em 1637 e 1639, uma expedição realizada por Pedro Teixeira, visava estabelecer o limite territorial entre as coroas Portuguesas e Espanholas. Interessante que uma povoação Franciscana bem ao oeste, fundada por portugueses em terras espanholas, passariam a pertencer aos Espanhóis. O Tratado de Tordesilhas nesse momento deixava de ser cumprido, atravessando os portugueses essa linha imaginária.

     Já em 1647 e 1651, o bandeirante Antonio Raposo Tavares realizou uma das maiores expedições geográficas da história. Essa viagem que saiu da província de São Vicente percorreu mais de cinco mil quilômetros até chegar à Belém. A descoberta desse caminho, utilizando o Rio Madeira, tornou-se bastante utilizados por missionários desejosos de conquistar a conversão dos indígenas para a religião católica.

 Para garantir o povoamento desse território amazônico, várias fortificações foram criadas e garantir a sua posse como os fortes de São José de Marabitanas e São Gabriel da Cachoeira, no Rio Negro; São Francisco Xavier de Tabatinga, no Rio Solimões; São Joaquim, no Rio Branco; Santo Antonio do Içá, na desembocadura do Rio Içá com o Solimões; São José de Macapá, na foz do Rio Amazona; e Real Príncipe da Beira, no Rio Guaporé.

 As principais atividades realizadas foram à exploração das chamadas drogas do sertão – produtos nativos da região amazônica, como cravo, urucum, anil, cacau entre outros, utilizados como produtos medicinais, temperos ou tinturas. Não era um comércio tão forte que pesasse tanto na economia colonial, mas estrategicamente era muito importante para Portugal. A quantidade de fortes construídos garantiu o domínio dessa parte do território por parte dos portugueses.


No final do século XX e nos dias atuais notamos uma presença militar muito forte. A demarcação das terras indígenas, diversas ONGs nacionais e estrangeiras, madeireiros, garimpos ilegais além do tráfico de drogas. A partir da segunda década do século XXI vivemos por um período tenso na fronteira com países vizinhos. As Forças Armadas Brasileiras assume um papel importante não só na defesa, mas na realização de programas sociais do governo federal.

Referências:

MAGALHÃES, Gustavo Celso de; HERMETO, Miriam. História, 7° ano: Ensino Fundamental, livro 2. Belo Horizonte: Editora Educacional, 2017.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.


Fred Costa


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