quinta-feira, 28 de maio de 2020

O fim da escravidão indígena no Brasil e negros nos EUA como estratégia para combater o inimigo

Brasil Colônia - Jesuítas


O fim da escravidão de indígena no Brasil e negra nos EUA como estratégia para combater o inimigo.

  A Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma ordem religiosa fundada em 1534, liderada pelo padre Inácio de Loyola, sendo um dos seus fundadores. Durante a colonização do Brasil, foram contrários à escravidão dos indígenas e defendiam que eles fossem reunidos nas missões para serem catequizados. Nessas missões, os indígenas aprendiam a língua e os costumes portugueses, além de realizarem vários trabalhos agrícolas e artesanais.

  Desde o início da colonização, os colonos portugueses escravizaram os indígenas, que foram obrigados a realizar das mais variadas tarefas nos canaviais. A maioria dos indígenas não aceitou viver nessas condições: [...] Descontentes, queimaram engenhos, acabaram com roças e povoados, obrigando os portugueses a recuar e fugir. [...] As revoltas indígenas destruíram os núcleos fundados pelos donatários do Espírito Santo, Ilhéus, Porto Seguro, Bahia e ameaçaram seriamente os de Pernambuco e São Vicente. [...] (MESGRAVIS e PINSKY, 2000)

    O Marquês de Pombal (1699-1782) acusavam os padres jesuítas todo o atraso e subdesenvolvimento de Portugal e das colônias. Não se sabe ao certo o motivo da raiva alimentada pelos membros da Companhia de Jesus, mas acredita-se que sua concepção de absolutismo real e a determinação em submeter à Igreja ao controle do Estado, diante do poder e influência que tinha sob a coroa portuguesa. Em 1759, quatro anos após a abolição da escravidão indígena pelo rei Dom José I (1714-1777), a ordem é expulsa de todas as colônias portuguesas, e como eram os responsáveis pelas escolas principalmente da colônia, fez-se necessário uma reforma educacional.


    A causa imediata da Guerra de Secessão nos Estados Unidos entre os anos de 1861 a 1865 foi a eleição para presidente de Abraham Lincoln (1809-1865). Político nortista, favorável a libertação dos escravos e ao aumento da taxa alfandegária, resultando em aumento de impostos para os estados do sul agrícolas. Pouco antes da sua posse, no início do ano de 1861, sete estados do sul proclamaram sua secessão (separação) da União. Formaram um novo país, os Estados Confederados da América, cuja capital era Richmond, no estado da Virgínia.

     Muitos acharam que a guerra poderia durar poucos meses o que não se confirmou. Mesmo sendo superior, os estados do norte que tinha a maioria da população, indústrias e ferrovias, a resistência bravamente dos sulistas contra os yankees (apelido dos nortistas). Em 1863 o presidente decretou o fim da escravidão, grande golpe aos estados confederados, já que era a principal mão de obra nas plantações, prejudicando assim a economia e fazendo com que os libertos se juntassem aos soldados nortistas. Em 1865, após a rendição do general Lee, a guerra chegou ao fim.


     Percebe-se que a influência junto ao Rei de Portugal do Marquês de Pombal ao proibir a escravidão dos indígenas como o fim da escravidão nos Estados Unidos pelo presidente Abraham Lincoln não passaram de estratégias. Já dizia Nicolau Maquiavel que “os fins justificam os meios”. Para enfraquecer o inimigo, decisões foram tomadas sendo de grande impacto social, independente dos motivos, mas que mudariam o curso da história.

Referências:

MESGRAVIS, Laima; PINSKY, Carla B. O Brasil que os europeus encontraram: a natureza, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

SCHNEEBERGER, Carlos Alberto. Manual compacto de história: ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2010.


Fred Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário