Idade Moderna
A formação do Antigo Regime
Entre os séculos V e XV, o sistema
feudal foi predominante na Europa. Nesse período, a maioria da população
europeia vivia na área rural e trabalhava na produção agrícola. Os servos, como eram chamados os
camponeses, deviam fidelidade aos grandes proprietários de terra e, em troca,
recebiam deles proteção e permissão para trabalhar na terra.
Os proprietários rurais eram
chamados de senhores feudais. Eles eram
nobres que recebia dos reis um grande lote de terras – o feudo – e ficavam
comprometidos e garantir a defesa do território. Conforme os senhores feudais
foram aumentando suas propriedades e o número de camponeses sob sua proteção,
eles ficaram mais poderosos e adquiriram certa autonomia em relação ao rei.
A partir do século XI, houve um
aumento da produção agrícola, além de um rápido crescimento da população e do
número de moradores nas cidades. A produção artesanal também cresceu com muitos
artesãos trabalhando na fabricação de tecidos de lã, ferramentas, jóias,
sapatos e objetos de madeira. O excedente agrícola e os produtos artesanais
eram comercializados entre os feudos e também com os povos de outros
continentes.
Nessa época, os comerciantes, também
chamados de burgueses, foram se
tornando mais numerosos e mais influentes na economia medieval. Inicialmente,
os burgueses ocupavam uma posição social intermediária. Porém, devido ao
desenvolvimento da atividades urbanas no final da Idade Média, eles tiveram
condições de prosperar e enriquecer, passando a ocupar uma posição destacada na
sociedade. As cidades foram se tornando importantes centros comerciais e, com
isso, os burgueses conquistaram maior autonomia em relação aos senhores
feudais. Essas transformações sociais acabaram provocando uma profunda crise no
sistema feudal.
Nesse contexto de crise do sistema
feudal, parte da nobreza e alguns grandes mercadores buscaram a proteção e o
apoio dos reis. Os burgueses passaram a apoiar os reis promovessem mudanças que
estimulassem as relações comerciais. O sistema feudal impunha diversos
empecilhos ao desenvolvimento do comércio e não havia, por exemplo, uma moeda
nem um sistema de pesos e medidas unificados.
Os reis estimularam os negócios burgueses desfazendo
parte desses empecilhos feudais. Com isso, conseguiram arrecadar mais impostos,
enriquecendo seus reinos e fortalecendo seu poder. Com os recursos vindos dos
impostos, os reis passaram a manter uma administração centralizada. Os cargos
das instituições administrativas do governo foram ocupados, em sua maioria, por
nobres, possibilitando a eles a manutenção de diversos privilégios. Dessa maneira,
assim como os burgueses, parte da nobreza tornou-se dependente do rei.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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