quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A formação do Antigo Regime

 Idade Moderna

A formação do Antigo Regime

        Entre os séculos V e XV, o sistema feudal foi predominante na Europa. Nesse período, a maioria da população europeia vivia na área rural e trabalhava na produção agrícola. Os servos, como eram chamados os camponeses, deviam fidelidade aos grandes proprietários de terra e, em troca, recebiam deles proteção e permissão para trabalhar na terra.

         Os proprietários rurais eram chamados de senhores feudais. Eles eram nobres que recebia dos reis um grande lote de terras – o feudo – e ficavam comprometidos e garantir a defesa do território. Conforme os senhores feudais foram aumentando suas propriedades e o número de camponeses sob sua proteção, eles ficaram mais poderosos e adquiriram certa autonomia em relação ao rei.

         A partir do século XI, houve um aumento da produção agrícola, além de um rápido crescimento da população e do número de moradores nas cidades. A produção artesanal também cresceu com muitos artesãos trabalhando na fabricação de tecidos de lã, ferramentas, jóias, sapatos e objetos de madeira. O excedente agrícola e os produtos artesanais eram comercializados entre os feudos e também com os povos de outros continentes.

     Nessa época, os comerciantes, também chamados de burgueses, foram se tornando mais numerosos e mais influentes na economia medieval. Inicialmente, os burgueses ocupavam uma posição social intermediária. Porém, devido ao desenvolvimento da atividades urbanas no final da Idade Média, eles tiveram condições de prosperar e enriquecer, passando a ocupar uma posição destacada na sociedade. As cidades foram se tornando importantes centros comerciais e, com isso, os burgueses conquistaram maior autonomia em relação aos senhores feudais. Essas transformações sociais acabaram provocando uma profunda crise no sistema feudal.

       Nesse contexto de crise do sistema feudal, parte da nobreza e alguns grandes mercadores buscaram a proteção e o apoio dos reis. Os burgueses passaram a apoiar os reis promovessem mudanças que estimulassem as relações comerciais. O sistema feudal impunha diversos empecilhos ao desenvolvimento do comércio e não havia, por exemplo, uma moeda nem um sistema de pesos e medidas unificados.

Os reis estimularam os negócios burgueses desfazendo parte desses empecilhos feudais. Com isso, conseguiram arrecadar mais impostos, enriquecendo seus reinos e fortalecendo seu poder. Com os recursos vindos dos impostos, os reis passaram a manter uma administração centralizada. Os cargos das instituições administrativas do governo foram ocupados, em sua maioria, por nobres, possibilitando a eles a manutenção de diversos privilégios. Dessa maneira, assim como os burgueses, parte da nobreza tornou-se dependente do rei.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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