Idade Moderna
O Absolutismo Ibérico
A centralização do poder na Espanha
e em Portugal impulsionou a expansão marítima desses Estados e a conquista de
territórios. No final do século XV, o casamento de Isabel I, do Reino de
Castela, com Fernando II, do Reino de Aragão, permitiu a unificação política de
boa parte do território espanhol. Fernando e Isabel procuraram transformar as
regiões de fronteira em domínios da Coroa e, assim, manter um controle maior
sobre o território.
Eles estabeleceram a sede de seu
governo na região de Castela e deram início a um movimento de expansão
territorial. Uma das principais realizações desses reis foi promover, em 1492,
a expulsão dos últimos muçulmanos que ainda permaneciam em Granada, região Sul
da península Ibérica. Por esse motivo, Fernando e Isabel ficaram conhecidos
como “reis católicos”.
No século XVI a Coroa espanhola deu
grande incentivo financeiro à expansão marítima e investiu na colonização de
territórios distantes. A Espanha tornou-se um poderoso império, com colônias na
América, na Ásia e na África. Nessa época, o regime absolutista espanhol se
fortaleceu, apesar das várias guerras travadas entre espanhóis e outras nações
europeias, como Inglaterra, Países Baixos e Suécia.
No século seguinte, o Absolutismo
espanhol continuou fortalecido, principalmente devido à intensa exploração de
metais preciosos na América, que favoreceu o governo espanhol e a política
econômica do metalismo. A sociedade espanhola do Antigo Regime, assim como nos
outros Estados absolutistas, era divida em três camadas. A primeira camada era
composta pelo clero, a segunda, pela nobreza, e a terceira camada era formada
por burgueses, camponeses, artesãos e pessoas pobres. Este último grupo era o
mais numeroso da Espanha.
O absolutismo português começou a
ganhar força no século XV, quando D. João II assumiu o trono português e
reforçou a centralização do poder em suas mãos. Esse rei incentivou a expansão
marítima de Portugal, contratando navegadores experientes e negociando com
investidores para que eles financiassem a construção de navios. Durante o
governo de D. João II foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que dividia o
recém-descoberto continente americano entre Espanha e Portugal.
Em 1495 subiu ao trono português o rei D. Manuel I,
que melhorou a organização do Estado, o que possibilitou maior concentração de
poderes na figura do monarca. D. Manuel I, conhecido como o “o Venturoso”,
continuou incentivando as navegações e, durante seu reinado, os portugueses
chegaram ao Brasil, à Índia, à China e ao Japão, tornando-se importantes
comerciantes de especiarias na Europa. Foi também nesse período que a Coroa
portuguesa iniciou a colonização do Brasil.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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