quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

O Absolutismo Ibérico

 Idade Moderna

O Absolutismo Ibérico

        A centralização do poder na Espanha e em Portugal impulsionou a expansão marítima desses Estados e a conquista de territórios. No final do século XV, o casamento de Isabel I, do Reino de Castela, com Fernando II, do Reino de Aragão, permitiu a unificação política de boa parte do território espanhol. Fernando e Isabel procuraram transformar as regiões de fronteira em domínios da Coroa e, assim, manter um controle maior sobre o território.

           Eles estabeleceram a sede de seu governo na região de Castela e deram início a um movimento de expansão territorial. Uma das principais realizações desses reis foi promover, em 1492, a expulsão dos últimos muçulmanos que ainda permaneciam em Granada, região Sul da península Ibérica. Por esse motivo, Fernando e Isabel ficaram conhecidos como “reis católicos”.

            No século XVI a Coroa espanhola deu grande incentivo financeiro à expansão marítima e investiu na colonização de territórios distantes. A Espanha tornou-se um poderoso império, com colônias na América, na Ásia e na África. Nessa época, o regime absolutista espanhol se fortaleceu, apesar das várias guerras travadas entre espanhóis e outras nações europeias, como Inglaterra, Países Baixos e Suécia.

          No século seguinte, o Absolutismo espanhol continuou fortalecido, principalmente devido à intensa exploração de metais preciosos na América, que favoreceu o governo espanhol e a política econômica do metalismo. A sociedade espanhola do Antigo Regime, assim como nos outros Estados absolutistas, era divida em três camadas. A primeira camada era composta pelo clero, a segunda, pela nobreza, e a terceira camada era formada por burgueses, camponeses, artesãos e pessoas pobres. Este último grupo era o mais numeroso da Espanha.

         O absolutismo português começou a ganhar força no século XV, quando D. João II assumiu o trono português e reforçou a centralização do poder em suas mãos. Esse rei incentivou a expansão marítima de Portugal, contratando navegadores experientes e negociando com investidores para que eles financiassem a construção de navios. Durante o governo de D. João II foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que dividia o recém-descoberto continente americano entre Espanha e Portugal.

Em 1495 subiu ao trono português o rei D. Manuel I, que melhorou a organização do Estado, o que possibilitou maior concentração de poderes na figura do monarca. D. Manuel I, conhecido como o “o Venturoso”, continuou incentivando as navegações e, durante seu reinado, os portugueses chegaram ao Brasil, à Índia, à China e ao Japão, tornando-se importantes comerciantes de especiarias na Europa. Foi também nesse período que a Coroa portuguesa iniciou a colonização do Brasil.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

 

Fred Costa

 

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