CEFET - GO (2009) Globalização
A atual crise financeira internacional é, em grande medida, o estouro de uma ´bolha especulativa´ envolvendo a valorização artificializada de ações de empresas privadas e de imóveis, bem como a securitização dos mesmos por diversas seguradoras e bancos privados. Assinale a alternativa cujo aspecto não corresponde às suas causas estruturais.
a) Empresas que operavam especulativamente em torno do dólar, a exemplo das empresas brasileiras que contraíam empréstimos internacionais de curto prazo em dólar; que os convertiam em reais internamente para adquirir títulos públicos e usufruir das elevadas taxas de juros e que pressionavam para a contínua desvalorização interna do dólar para reconverter reais em dólar e pagar as dívidas internacionais com base em um dólar desvalorizado internamente, ganhando duplamente às custas do país, levou a crise para o resto do mundo, além, é claro, da contração dos mercados internacionais às exportações.
b) A desregulamentação financeira rompeu com os diques impostos, desde a crise dos anos 1930, à ação dos bancos comerciais, que voltaram a operar como supermercados financeiros e passaram a se valer da “securitização” de créditos, o que antes era reservado somente aos bancos de investimentos.
c) A superprodução de comódites (minérios, produtos agropecuários etc., a serem comercializados anteriormente a sua produção), com a sua consequente desvalorização internacional, somada à profunda articulação entre os bancos centrais na coordenação da política financeira internacional e à elevada taxa de juros internacionais determinaram a súbita elevação dos custos de produção, das dívidas de empresas e consumidores e a recessão econômica internacional.
d) O Banco Central dos Estados Unidos, bem como os bancos centrais das principais economias industrializadas do mundo, não assumiu um papel e uma função reguladora, deixando a cargo da lógica competitiva e maximizadora de ganhos, que impulsiona as corporações econômicas e os bancos, o “controle natural do mercado”.
e) A política de juros extremamente baixos, que subia pela “escada”, conjugada com a especulação valorizada de ações, títulos e imóveis, que subia pelo “elevador”, estimula a classe média norte-americana e europeia a se endividar no sistema financeiro para adquirir ações e imóveis; quando ocorre a “perda de confiança” (ou o fim da ilusão) e as pessoas passam a vender suas “propriedades”, ocorre a desvalorização dessas propriedades, com a consequente a inadimplência junto ao sistema financeiro, a quebra de bancos e de seguradoras, a recessão etc.
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a) Empresas que operavam especulativamente em torno do dólar, a exemplo das empresas brasileiras que contraíam empréstimos internacionais de curto prazo em dólar; que os convertiam em reais internamente para adquirir títulos públicos e usufruir das elevadas taxas de juros e que pressionavam para a contínua desvalorização interna do dólar para reconverter reais em dólar e pagar as dívidas internacionais com base em um dólar desvalorizado internamente, ganhando duplamente às custas do país, levou a crise para o resto do mundo, além, é claro, da contração dos mercados internacionais às exportações. A especulação financeira em torno do dólar foi um dos motivos da crise.
b) A desregulamentação financeira rompeu com os diques impostos, desde a crise dos anos 1930, à ação dos bancos comerciais, que voltaram a operar como supermercados financeiros e passaram a se valer da “securitização” de créditos, o que antes era reservado somente aos bancos de investimentos. A operação realizadas pelos bancos sem controle por parte do governo motivou a crise financeira.
c) A superprodução de comódites (minérios, produtos agropecuários etc., a serem comercializados anteriormente a sua produção), com a sua consequente desvalorização internacional, somada à profunda articulação entre os bancos centrais na coordenação da política financeira internacional e à elevada taxa de juros internacionais determinaram a súbita elevação dos custos de produção, das dívidas de empresas e consumidores e a recessão econômica internacional. A crise ocorrida econômica na primeira década do
século XXI não possui relação com os comódites e sim com os bancos americanos e
as hipotecas realizadas nos Estados Unidos.
d) O Banco Central dos Estados Unidos, bem como os bancos centrais das principais economias industrializadas do mundo, não assumiu um papel e uma função reguladora, deixando a cargo da lógica competitiva e maximizadora de ganhos, que impulsiona as corporações econômicas e os bancos, o “controle natural do mercado”. A falta de regulação do BC estadunidense permitiu que a crise tenha ocorrido.
e) A política de juros extremamente baixos, que subia pela “escada”, conjugada com a especulação valorizada de ações, títulos e imóveis, que subia pelo “elevador”, estimula a classe média norte-americana e europeia a se endividar no sistema financeiro para adquirir ações e imóveis; quando ocorre a “perda de confiança” (ou o fim da ilusão) e as pessoas passam a vender suas “propriedades”, ocorre a desvalorização dessas propriedades, com a consequente a inadimplência junto ao sistema financeiro, a quebra de bancos e de seguradoras, a recessão etc. Os bancos que forneceram empréstimos a baixos juros permitiram o endividamento de parte da população e posteriormente a crise financeira.
Se você acertou PARABÉNS! Caso contrário espero que os comentários tenham ajudado a entender um pouco mais. Essa questão é fácil de resolver, por ser um tema atual, além das alternativas permitirem uma orientação diante do tema excluindo a alternativa que esta fora do contexto. Caso queira alguma questão comentada, deixe nos comentários.
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