Os engenhos de açúcar
A palavra “engenho” pode denominar
tanto a “fábrica” onde se produzia o açúcar quanto toda a propriedade,
incluídos a casa-grande, a senzala, o canavial, a capela, etc.
As plantações de cana-de-açúcar
ocupavam extensas áreas desmatadas e apenas uma pequena parte da terra
destinava-se ao cultivo de subsistência: mandioca, milho, feijão, etc. o núcleo
central era a casa-grande, onde a família do proprietário morava. Era ali que
se concentravam todas as atividades administrativas.
O engenho, onde se moía a cana e o
açúcar era produzido, e a senzala, para alojar os africanos escravizados, eram
construídos perto da casa-grande. Em meio a essas construções ficava a capela,
simbolizando a presença do poder católico na colônia.
O engenho propriamente dito, onde se fabricava o açúcar, era composto de moenda, casa das caldeiras e casa de purgar. Na moenda, a cana-de-açúcar era esmagada, extraindo-se o caldo; na casa das caldeiras, esse caldo era engrossado no fogo em grandes tachos; finalmente, na casa de purgar, o melaço de cana era colocado em formas de barro para secar e alcançar o “ponto de açúcar”. Após algum tempo, esses blocos eram desenformados, dando origem aos “pães de açúcar”, blocos duros e escuros, semelhantes ao que hoje chamamos de rapadura. Depois de quebrados e encaixotados, os pães de açúcar eram enviados para Portugal e, de lá, para a Holanda, onde passavam por um processo de refino cujo produto final era o açúcar, pronto para ser vendido e consumido.
Referências:
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
mosaico: história – anos finais (ensino fundamental), 7° ano. 1ª ed. São
Paulo: Scipione, 2015. p. 303.
Fred Costa
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