segunda-feira, 1 de junho de 2020

Do cercamento dos campos a maquinofatura


Revolução Industrial


Do cercamento dos campos a maquinofatura

      Entre os séculos XVI e XVIII, burgueses ingleses realizaram os chamados cercamentos das terras comunais, transformando-as em grandes propriedades privadas. Essas propriedades passaram, então, a ser utilizadas para fins comerciais, principalmente com a formação de pastagens para a criação de carneiros. Esses animais forneciam a lã, matéria-prima essencial para as indústrias têxteis inglesas.
           


     Esse tema Revolução Industrial já foi tratado nesse blog história in loco em outra ocasião (clique AQUI). A disponibilidade de mão de obra, já que os camponeses perderam as suas terras e migraram para as cidades também motivaria essa nova era industrial. Os recursos naturais disponíveis no solo inglês como o carvão mineral que alimentaria as fábricas e o ferro para construírem as máquinas. A burguesia capitalizada se utilizaria do seu dinheiro para construírem as primeiras máquinas.

      No século XVIII, os experimentos, as invenções e os aperfeiçoamentos estavam em toda parte da Inglaterra e, principalmente, no setor têxtil. Em 1735, foi inventada a lançadeira volante. A partir dessa invenção, outras se tornaram necessárias, desencadeando o processo industrial. A outra grande invenção inglesa no século XVIII foi a maquia a vapor (aperfeiçoada por James Watt). Com isso, as máquinas deixaram de ser movidas pela mão humana e passaram a ser movidas por motores a vapor. No século XIX, máquina a vapor passou a ser usada também em outros setores, como mineração, transporte (ferrovias e navegação a vapor), fundição de ferro e outras metalurgias, e novas invenções ou aperfeiçoamentos apareceram em todos os setores da economia.

      Homens mulheres e crianças trabalhavam desde a coleta da matéria-prima até as fábricas. A vida dos operários ingleses não era fácil, não só apenas pela falta de direitos e regulamentação do trabalho como ter que suportar uma longa jornada de trabalho, em locais insalubres, ganhava péssimos salários e moradias precárias. Muitos foram os movimentos que contestavam esse modo de vida e trabalho, levando a motins, greves e até atos de vandalismo contras as fábricas.


      Com o aumento da produção por causa das máquinas, os preços de muitas coisas diminuíram devido a sua fabricação em larga escala. Ocorre nesse período o aumento do consumo interno, por parte da burguesia e até dos trabalhadores. Um operário já na transição da primeira para a segunda fase da Revolução Industrial tinha mais conforto em sua casa do que um Rei durante a Idade Média. Graças a produção industrial em larga escala que a vida de milhares de pessoas melhoraram com relação não só a condições como também conforto.

Referências:

MAGALHÃES, Gustavo Celso de; HERMETO, Miriam. História, 8° ano: Ensino Fundamental, livro 1. Belo Horizonte: Editora Educacional, 2016.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.


Fred Costa


Nenhum comentário:

Postar um comentário