Brasil Império –
Literatura
A Contribuição da literatura na formação dos povos
Durante o período da história do
Brasil Imperial, a literatura europeia exercia forte influência na brasileira.
As escolas literárias e suas características eram exportadas para cá. Podemos
citar como grande exemplo o escritor cearense José de Alencar (1829-1877). O
“indianismo” como ficou conhecido o movimento que exaltava as belezas desse
povo e a natureza brasileira, e mostrava o indígena “civilizado”.
Fica claro que nesse estilo
literário e suas histórias faziam parte de um contexto de formatar uma nação
brasileira. A junção entre os europeus e o indígena submisso, mesmo com a
diferença cultural sempre demonstrada nos livros, o “bom índio” se curva a
religião e cultura dos portugueses. Utilizando-se de mitos e diversas outras
histórias para reafirmar como teria surgido e viria a ser os brasileiros.
Um clássico da literatura brasileira
é o livro Iracema do autor José de Alencar. É a história de um romance
indianista assim como O Guarani e Ubirajara. O encontro do português
colonizador Martim com a indígena Iracema e uma história conflituosa entre
indígenas e os colonizadores tomam conta dessa trama. Vários mitos são
utilizados assim como a representação do primeiro cearense Moacir, filho deles
dois. A união das duas raças, como pensava o autor na época e a justificativa
para a criação desse imaginário da formação da nação brasileira.
Apesar de fazer parte da literatura
brasileira, a história representa muitos fatos que ocorreram com a vinda dos
portugueses para terras brasileiras. Ao chegarem para colonizar, não só
encontraram com os indígenas, sendo muitas vezes esse encontro que poderia ser
pacífico ou não, assim como a união entre portugueses e indígenas lutando
contra outras tribos indígenas, fato contado no livro Iracema. As
características culturais das tribos indígenas, lendas e misticismo presente
entre esses dois povos demonstram o pensamento e modo de vida daqueles que
viveram no período colonial.
Outra obra literária que também
demonstra a formação de uma nação será Ilíada do poeta Homero (928 a. C. 898 a.
C.). Sua história trás uma narrativa da Guerra de Tróia, conflito que teria
ocorrido, mas suas histórias confirmam que não passaram de ficção,
principalmente da presença de semideuses como Aquiles e interferências dos
deuses gregos durante a guerra. O mais importante é que esse clássico da
literatura grega destaca a formação da civilização grega, apesar dos povos
envolvidos pertecerem a diferentes cidades-estados.
A Ilíada é escrita no formato de versos, característica
da literatura grega antiga. Apesar de serem transmitidos oralmente por longos
anos, os fatos contidos na narrativa são enriquecedores historicamente e
culturalmente. Nesse livro de Homero, é retratado a ira do semideus Aquiles,
devido a disputas com Agamemnon, comandantes dos exércitos gregos em Troia,
cidade que possuíam grandes muros sendo impossível transpassá-los. Creditavam
aos titãs a construção desses poderosos muros. Lembrando que o conflito teria
iniciado por Páris, príncipe de Tróia por ter seqüestrado Helena, esposa de
Menelau, irmã de Agamemnon.
Os gregos acreditavam que a Guerra de Troia teria
ocorrido por volta de 1.200 a. C. Historiadores modernos apontam a mistura
entre história e mito bastante presentes nas obras tanto quando Ilíada e Odisséia
para provar que foi uma história fictícia. Os aqueus que foram até Tróia
combaterem, eram um dos povos que formariam a grande nação grega.
Referências:
ALENCAR,
José de. Iracema. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Bestbolso, 2012.
HOMERO.
Ilíada. São Paulo: Scipione, 2002.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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