domingo, 21 de junho de 2020

A Contribuição da literatura na formação dos povos


Brasil Império – Literatura



A Contribuição da literatura na formação dos povos

      Durante o período da história do Brasil Imperial, a literatura europeia exercia forte influência na brasileira. As escolas literárias e suas características eram exportadas para cá. Podemos citar como grande exemplo o escritor cearense José de Alencar (1829-1877). O “indianismo” como ficou conhecido o movimento que exaltava as belezas desse povo e a natureza brasileira, e mostrava o indígena “civilizado”.

      Fica claro que nesse estilo literário e suas histórias faziam parte de um contexto de formatar uma nação brasileira. A junção entre os europeus e o indígena submisso, mesmo com a diferença cultural sempre demonstrada nos livros, o “bom índio” se curva a religião e cultura dos portugueses. Utilizando-se de mitos e diversas outras histórias para reafirmar como teria surgido e viria a ser os brasileiros.


    Um clássico da literatura brasileira é o livro Iracema do autor José de Alencar. É a história de um romance indianista assim como O Guarani e Ubirajara. O encontro do português colonizador Martim com a indígena Iracema e uma história conflituosa entre indígenas e os colonizadores tomam conta dessa trama. Vários mitos são utilizados assim como a representação do primeiro cearense Moacir, filho deles dois. A união das duas raças, como pensava o autor na época e a justificativa para a criação desse imaginário da formação da nação brasileira.

       Apesar de fazer parte da literatura brasileira, a história representa muitos fatos que ocorreram com a vinda dos portugueses para terras brasileiras. Ao chegarem para colonizar, não só encontraram com os indígenas, sendo muitas vezes esse encontro que poderia ser pacífico ou não, assim como a união entre portugueses e indígenas lutando contra outras tribos indígenas, fato contado no livro Iracema. As características culturais das tribos indígenas, lendas e misticismo presente entre esses dois povos demonstram o pensamento e modo de vida daqueles que viveram no período colonial.


    Outra obra literária que também demonstra a formação de uma nação será Ilíada do poeta Homero (928 a. C. 898 a. C.). Sua história trás uma narrativa da Guerra de Tróia, conflito que teria ocorrido, mas suas histórias confirmam que não passaram de ficção, principalmente da presença de semideuses como Aquiles e interferências dos deuses gregos durante a guerra. O mais importante é que esse clássico da literatura grega destaca a formação da civilização grega, apesar dos povos envolvidos pertecerem a diferentes cidades-estados.

   A Ilíada é escrita no formato de versos, característica da literatura grega antiga. Apesar de serem transmitidos oralmente por longos anos, os fatos contidos na narrativa são enriquecedores historicamente e culturalmente. Nesse livro de Homero, é retratado a ira do semideus Aquiles, devido a disputas com Agamemnon, comandantes dos exércitos gregos em Troia, cidade que possuíam grandes muros sendo impossível transpassá-los. Creditavam aos titãs a construção desses poderosos muros. Lembrando que o conflito teria iniciado por Páris, príncipe de Tróia por ter seqüestrado Helena, esposa de Menelau, irmã de Agamemnon.

      Os gregos acreditavam que a Guerra de Troia teria ocorrido por volta de 1.200 a. C. Historiadores modernos apontam a mistura entre história e mito bastante presentes nas obras tanto quando Ilíada e Odisséia para provar que foi uma história fictícia. Os aqueus que foram até Tróia combaterem, eram um dos povos que formariam a grande nação grega.

Referências:

ALENCAR, José de. Iracema. 1ª ed. Rio de Janeiro: Bestbolso, 2012.

HOMERO. Ilíada. São Paulo: Scipione, 2002.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.


Fred Costa


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