Revolução Industrial
Do cercamento dos campos a maquinofatura
Entre os séculos XVI e XVIII,
burgueses ingleses realizaram os chamados cercamentos
das terras comunais, transformando-as em grandes propriedades privadas. Essas propriedades
passaram, então, a ser utilizadas para fins comerciais, principalmente com a
formação de pastagens para a criação de carneiros. Esses animais forneciam a lã,
matéria-prima essencial para as indústrias têxteis inglesas.
Esse tema Revolução Industrial já
foi tratado nesse blog história in loco
em outra ocasião (clique AQUI). A disponibilidade de mão de obra, já que os
camponeses perderam as suas terras e migraram para as cidades também motivaria
essa nova era industrial. Os recursos naturais disponíveis no solo inglês como
o carvão mineral que alimentaria as fábricas e o ferro para construírem as
máquinas. A burguesia capitalizada se utilizaria do seu dinheiro para
construírem as primeiras máquinas.
No século XVIII, os experimentos, as
invenções e os aperfeiçoamentos estavam em toda parte da Inglaterra e,
principalmente, no setor têxtil. Em 1735, foi inventada a lançadeira volante. A
partir dessa invenção, outras se tornaram necessárias, desencadeando o processo
industrial. A outra grande invenção inglesa no século XVIII foi a maquia a
vapor (aperfeiçoada por James Watt). Com isso, as máquinas deixaram de ser
movidas pela mão humana e passaram a ser movidas por motores a vapor. No século
XIX, máquina a vapor passou a ser usada também em outros setores, como
mineração, transporte (ferrovias e navegação a vapor), fundição de ferro e
outras metalurgias, e novas invenções ou aperfeiçoamentos apareceram em todos
os setores da economia.
Homens mulheres e crianças
trabalhavam desde a coleta da matéria-prima até as fábricas. A vida dos operários
ingleses não era fácil, não só apenas pela falta de direitos e regulamentação do
trabalho como ter que suportar uma longa jornada de trabalho, em locais
insalubres, ganhava péssimos salários e moradias precárias. Muitos foram os
movimentos que contestavam esse modo de vida e trabalho, levando a motins,
greves e até atos de vandalismo contras as fábricas.
Com o aumento da produção por causa das máquinas, os
preços de muitas coisas diminuíram devido a sua fabricação em larga escala. Ocorre
nesse período o aumento do consumo interno, por parte da burguesia e até dos
trabalhadores. Um operário já na transição da primeira para a segunda fase da
Revolução Industrial tinha mais conforto em sua casa do que um Rei durante a
Idade Média. Graças a produção industrial em larga escala que a vida de
milhares de pessoas melhoraram com relação não só a condições como também
conforto.
Referências:
MAGALHÃES,
Gustavo Celso de; HERMETO, Miriam. História,
8° ano: Ensino Fundamental, livro 1. Belo Horizonte: Editora Educacional,
2016.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
Fred Costa
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