República Velha – Guerra de
Canudos
A Guerra de Canudos
No início do período republicano, várias
pessoas participaram de movimentos que lutavam pro melhores condições de vida.
Esses movimentos ocorreram tanto nas cidades como no campo. Uma estiagem
prolongada dificultou os agricultores e principalmente a população que habitava
o interior e nordeste brasileiro.
O messianismo, crença em um salvador
para os problemas da população principalmente aquelas desassistidas, foi
bastante comum. Utilizava-se da esperança de um povo tão sofredor, ainda mais o
sertanejo. Um desses messiânicos que ganhou destaque foi Antônio Conselheiro
(1830-1897).
Antônio Vicente Mendes Maciel,
conhecido como Antônio Conselheiro, era um fanático religioso, beato da Igreja
Católica. Pregava uma vida melhor para aqueles que o seguiam. Em 1876 o jornal
O Rabudo o chamava de “homem santo”, tamanha era a impressão que muitos tinham
por ele, chamando-o de “bom santo” e até mesmo “profeta” enviado por Deus. Suas
críticas baseavam-se principalmente contra o governo republicano, ainda mais os
alto impostos que eram cobrados.
Em 1893, seus habitantes organizaram uma sociedade
comunitária, na qual as leis seriam baseadas nas palavras da Bíblia, a margem
norte do Rio Vaza-Barris, num pequeno arraial chamado Canudos. O local seria
batizado de Bello Monte. Seus habitantes plantavam feijão, milho, cana de
açúcar e mandioca, além de criarem aves e cabritos. Antônio Conselheiro era
como um administrador-geral da comunidade.
A quantidade de pessoas que chegavam
ao arraial passou a incomodar os latifundiários, já que muitos dos seus
trabalhadores deixavam suas terras carecendo assim de mão de obra, assim como
passavam a trabalhar para si próprio. Outra que se sentiu incomodada foi a
Igreja Católica, pois perdiam seus fiéis todos os dias, mas sem deixarem de
aprender a doutrina cristã. Em três anos de existência, 10 mil habitantes se
aglomeravam em cassas simples feitas de barro.
Com o incômodo da elite, uma pequena expedição
militar foi enviada e acabou sendo repelida. Assim também ocorreu com outras
duas expedições militares enviadas pelo governo federal. A bravura dos
sertanejos mostrou-se maior nessas ocasiões. Em 1897, foi enviada uma quarta
expedição, com milhares de soldados de todo país e as melhores armas que o
Exército possuía. Essa expedição dizimou o arraial de Canudos massacrando sua
população. Dias antes, Antônio Conselheiro havia morrido devido a uma doença.
Referências:
Antônio
Conselheiro, disponível em: https://acervo.estadao.com.br/noticias/personalidades,antonio-conselheiro,505,0.htm,
acessado em 11 de junho de 2020.
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
SCHENEEBERGER,
Carlos Alberto. Manual Compacto de
história: ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2010.
Fred Costa
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